terça-feira, abril 04, 1989

Dia da Mãe

Uma Mãe chora, a dor lancinante da angústia. e o seu choro fere e pela frente purifica, as gangrenas do dia a dia, inesperado… Uma Mãe encarquilha-se no peso dos anos como um caracol, para acomodar melhor o jugo de seus filhos, seus cadilhos, sua feroz libertação. Uma Mãe rasga o peito em sangue vivo, em sangue tão vivo! como a luz, que os seus filhos como vampiros, disputam entre si, entre gritos violentos, de inconsciência. Uma Mãe desespera nas marés, não tanto pelas ondas que trás, mas pelas que leva. Como disse o meu irmão: Uma Mãe é um Sol, de um brilho Divino, onde dependentes gravitam mil planetas e estrelas, cheios de vida! Mãe que disforma o seu ser graciosamente, para albergar em seu ventre, um novo ser, um novo mundo. E tantas Mães são um único Pai!... …Mamã!...