quinta-feira, setembro 17, 2009

O amor é uma ciência?

Algumas definições de ciência:

- A ciência é o esforço para descobrir e aumentar o conhecimento humano de como a realidade funciona.

- Saber, conhecimento de certas coisas que servem à condução da vida ou à dos negócios.

- Conjunto dos conhecimentos adquiridos pelo estudo ou pela prática.

- Hierarquização, organização e síntese dos conhecimentos através de princípios gerais (teorias, leis, etc.)

O amor é uma ciência?

A grande maioria das pessoas adultas confrontadas com esta questão, revelam não saberem muito bem o que pensar sobre o assunto. Muitas delas nem se terão debruçado ainda sobre o tema. As que de escrutínio reportam na sua maioria reacções mais emocionais que intelectuais, são dignas de registo dado que apesar de ser um tema algo inesperado é no mínimo consensualmente sentido.
As reacções mais verificadas e desafio desde já a fazerem uma experiência com pessoas de vossa confiança, sempre é um estudo mais conclusivo (obtenção de dados mais fiáveis), foram as seguintes, segmentadas em grupos:

1. As pessoas ficam atónicas e em silencio, como se subitamente desarmadas.

2. As pessoas olham fixamente nos teus olhos, imóveis e algo hostis.

3. As pessoas ficam como se não entendessem a questão, agitadas e distraídas tipo - diz lá?

4. Umas minorias das pessoas, ainda sem terem pensado objectivamente na questão, mostram-se receptivas e curiosas.

Esta desequilibrada proporção foi a motivação que conduziu ao desenvolver do tema e assim chegar às seguintes conclusões.

Os três primeiros grupos, confrontados com a questão estão em número de pessoas questionadas com relação ao quarto grupo, mais que na proporção de 3 para 1

Em termos muito genéricos verifiquei quanto ao primeiro grupo, que é constituído por pessoas acostumadas a condicionar o seu pensamento e raciocínio sem questionar muito, às fontes de informação de maior proximidade, acesso ou de maior peso cultural e social, de forma que estão estruturadas elas próprias para um tipo de raciocínio que não se coaduna com informações e conteúdos muito fora desta “rede condicionada” de pensamento.
Ao serem confrontadas com questões intelectuais para as quais não estão preparadas para “desmontar”, apresentam-se surpreendidas e é fisicamente verificável.
Um grupo com tendência à extinção.

No segundo grupo, as pessoas ainda que apresentem maioritariamente características do primeiro grupo, distinguem-se pelas suas reacções à questão. Identifico aqui personalidades que para além de se auto-limitar em termos de conhecimentos, em consequência de necessidades várias, ainda apadrinham de forma muito especial alguma linha específica de pensamento. São os filiados, os sócios, os membros, os adeptos, os profissionais, etc., pessoas que ao serem confrontadas com a questão portam uma postura limitadora de auto-defesa, algo excitada e logo tendem a assumir uma postura de quem está a ser encurralado ou posto em causa e em consequência que pondera prontificar o ataque. Está entre estes, aquele que faz a guerra para conseguir a sua paz. Para além de ter uma diminuta abertura, auto impõe-se a um fundamentalismo em algum ponto do seu sistema, ao nível do essencial. Tudo que fuja muito a este dogma é uma ameaça. Pessoas com o ego algo descontrolado. Um grupo com tendência a decrescer.

O terceiro grupo também com características do primeiro diferencia-se sobretudo do segundo, devido a uma dualidade que sem uma expressão intelectual verdadeiramente desenvolvida, objecto de estudo ou raciocínio, acaba agindo de forma espontânea e constatável. São pessoas que navegando ainda em velhas águas, já uma parte ou mais de si próprias emerge timidamente, em resposta a estímulos exteriores, com uma abertura crescente direccionada algo que sentem mais do que raciocinam e que sentem estar a mudar suas vidas. Um propósito maior, algo que ainda que não estejam a compreender em absoluto, encontra em si próprias uma receptividade, uma atracção magnética muito forte. São pessoas em que a sua unicidade já se confere por suas dualidades hiper-estimuladas. Estas pessoas sem se filiarem facilmente em coisa alguma, até porque já desconfiam de todos os propósitos que se revelem condicionantes, sentem crescente necessidade de contribuir de alguma forma para a promoção do ambiente, de interagir fora dos modelos ultrapassados de coordenação social, familiar, profissional, etc.
Procedem divididas entre as expressões: “Vai contar essa história a outro” e “Ora diz lá outra vez, para ter a certeza que estou a ouvir bem”.
Um grupo com tendência mista, onde as pessoas tanto tendem a migrar para o primeiro grupo como para o terceiro. Em última estancia, um grupo também destinado à extinção por esvaziamento.

O quarto grupo, em minoria relativamente aos restantes é o que parece conter mais solidamente o gérmen do crescimento sustentado. Neste grupo as pessoas evolucionam em suas reacções de uma forma que origina a expansão de seus centros de conhecimento. Muito receptivas, adoptam posturas muito focalizadas em seu aprendizado e é com ele que esperam desenvolver suas capacidades. Apresentando elevados níveis de auto-confiança, transmitem também elevada capacidade de colaboração, de assertividade, de transparência e abertura. Neste grupo de pessoas que cresce porque se desenvolve, a dualidade está enfraquecida.
Neste grupo, as pessoas já adquiriram competências suficientes para adentrarem a si mesmas sem dolo, sem grande perturbação, de maneira crescente, natural e espontânea. Dentre estas pessoas é fácil reconhecer o adestramento em seus relacionamentos, a grande necessidade como se em resposta a si mesmas, de respeitar o ambiente, adoptar posturas sãs, tolerantes e disciplinadas, reconhecer enfim no que as rodeia os mesmos processos que em si mesmas afloram.
Pessoas assim, dinâmicas expansivas e multifacetadas, exemplificam bem o prisma de cristal em sua imagem sólida. Este cristal sendo um só, encontrou em cada uma das suas faces forma, de cada uma das faces sem se ocultarem entre si, reflectirem captando para um mesmo centro as diferentes cores do espectro luminoso, harmoniosamente. Este parece ser o candidato de alguma forma com maiores aptidões naturais para entender em níveis cada vez mais elevados, a natureza expansiva de toda a manifestação sobre o plano.

O amor é uma ciência?

O amor deve ser contextualizado na génese de tudo de verdadeiramente grandioso na história do ser humano. O amor surge como a primeira grande revelação cósmica nas necessidades do próprio ser humano. Os primeiros hominídeos agrupam-se por necessidade de se protegerem e de se alimentarem, num mundo ainda inóspito. Em suas primeiras colónias e em virtude da própria procriação, através dos afectos cada vez mais evoluídos e de interesses partilhados em comunidade, evoluíram através dos tempos até aos dias de hoje em nós.

A semente grandiosa desta evolução germinou no que conhecemos como Amor.
Mais do que por um mero acaso, todas as relações humanas evoluíram sem excepção, levando em conta o favorecimento do próprio ser humano. Em termos correctos e naturais, é na sublimação dos afectos que as manifestações amorosas se formulam mais depuradas e equilibradas, aceites e reconhecidas por todos, mais que as paixões abrasadoras, desequilibradas e passageiras.
Desta forma as sociedades evoluíram para lá das necessidades básicas e cultuando mesmo a satisfação da “alma”. Assim, se por exemplo o humano desenvolveu o conceito da aprendizagem como a conhecemos nas escolas, onde é posto ao serviço de um indivíduo os conhecimentos necessários para o próprio benefício da comunidade, também se encontrou espaço para o desenvolvimento das Artes como as conhecemos, para o próprio prazer mais ou menos subjectivo e desenvolvimento criativo do indivíduo e da comunidade.
Afinal o homem em observância às suas necessidades e em harmonia com a sua natureza e criatividade chegou àquilo que é hoje.

Pela sua caminhada evolutiva, tomou posse dos processos que estimulam à própria evolução, sendo que o Amor pela causa desde logo ele acarinhou, tanto para o bem como para o menos bem do busílis.

Por amor os processos naturais encontram a sua melhor expressão. É assim que tudo cumpre o que para si foi manifesto.

(o ser humano) É a ferramenta que o trabalhador (a vida) utiliza (através da sua expressão perceptível, a energia, o plasma, o chi, etc.,) para arar o solo (como veiculo de compreensão e sustentação do universo).
(o ser humano é a obra prima pelo qual a energia cósmica manifesta a sua expansão)
Que diríamos da ferramenta que se recusa e trabalhar, estéril em sua razão?

Todas as grandes tragédias causadas pelos humanos estão na razão directa de sua falta de amor, de seu egocentrismo transviado e apartado das correntes vivificantes da natureza. Muitas das grandes patologias que assolam a humanidade, grande parte dos conflitos sociais, dos indesejáveis desequilíbrios, acontecem por esta mesma razão. É algo latente e constatável tanto em nossa consciência, como em nossos próprios meios de comunicação. Toda a publicidade enganosa, enfim toda a criação porta em si a energia própria que lhe está associada, suas características estão vinculadas, daí os resultados desastrosos quando “a cara não dá com a careta” Não vale mesmo a pena enganar pois é caminhar investindo, em direcção a um beco sem saída.

Quando a desarmonia causada pela falta de amor afecta (infecta) os comportamentos de pessoas especialmente vocacionadas para cargos de elevada responsabilidade nas comunidades, juízes, governantes, progenitores, autoridades de toda a espécie, será fácil antever os resultados infecciosos que daí advém. Os custos estéreis a suportar pelas estruturas, a subversão à sua própria origem fomenta um anátema, um grave prejuízo para o individuo e toda a natureza em todos os níveis da existência.

Creio entender, que humanos inconscientes, com tendências especialmente perversas souberam habilmente desde cedo e ao longo dos tempos, camuflar em proveito próprio estes mecanismos de conhecimento para serventia de todos, e como ladrões confundirem os incautos com derivações destes mecanismos naturais e maravilhosos, para com estatutos de poder, maledicência, perversidades sexuais de toda a forma e maneira, em resultado mais ou menos esperado, chegarmos ao que encontramos hoje na maioria dos estados modernos; corrupção, injustiça, insaciedade e descontentamento.

O corpo humano transcendente.
Para que o todo da própria humanidade se mantenha coeso, tem que as partes se manterem limpas, puras e arejadas. E isto só é possível aliando o conhecimento da experiência humana, com a sua natureza primordial sublimada a um expoente maior, o AMOR incondicional.

Sem este AMOR incondicional, não tem empresa, organismo, departamento, família, o que quer que seja a funcionar sadiamente. Não adianta formação técnica de excelência por si só em seus colaboradores, se não estiver salvaguardada e algo estimulada até, a sua frágil mas essencial formação moral e ética.
Num planeta cada vez mais globalizado e com tendências uniformizantes, só uma ciência que demonstre resultados concretos ao nível do funcionamento das sociedades, que respeite e agilize a cada uma das identidades participantes dentro de princípios integrantes aceites por todos, onde os consensos sejam encontrados no âmbito da natureza, seu estudo e sua conservação, ao estar integrado naturalmente nesta dinâmica o homem tem uma oportunidade única e sublime de sintonizar uma linguagem comum e universal. Parece pouco?

Só o feito de encontrar esta linguagem comum, faria de todos os homens de imediato irmãos e co-responsáveis pela totalidade de suas acções, algo que não acontece actualmente. Seus empreendimentos obedeceriam a esta estratégia, e sobre ela desenvolveriam suas actividades e encontrariam suas oportunidades e parceiros de negócios.
Porque haveria o homem de insistir nas fortunas individuais ou corporativas, quando podem todos sem excepção ter uma vida digna, benéfica e produtiva para o planeta. Porquê investir a todo custo a curto prazo se este coloca em causa a sustentabilidade a longo prazo?
O que difere no homem são as suas escolhas, suas políticas ou pelo menos a maneira de as fazer. Uma espécie de ostracismo regional, de estrabismo no objectivo global, na conservação e protecção a todo custo se necessário com a própria vida, pelo planeta GAYA, nosso lar, nossa mãe.

O amor é uma ciência. É a linguagem da natureza, do cosmos. Ela é a arca de todos os tesouros desde sempre almejados, de todo o equilíbrio, toda a harmonia, toda a razão em cada um de nós, em cada um de nossos filhos e filhas, de cada uma das nossas acções.

Proceder fora deste princípio, que não é meu nem de nenhum iluminado mas da natureza deste lugar, faz de qualquer existência no presente e no futuro de Gaia uma breve e frustrante passagem, uma vã existência destinada ao exílio, por incumprimento das leis naturais de atracção gravitacional que estão na própria origem de nossa manifestação física.

Seguindo os princípios da física quântica, deveríamos iniciar a projecção em nossas mentes, de organizações humanas que pautassem cada vez mais suas actuações sobre estes desígnios, por exemplo: visualizar as empresas de vanguarda, aquelas que toda a gente observa a fim de copiar o modelo, a investir criando departamentos com claros objectivos na obtenção de rendimentos extraordinários nesta área, do amor por si próprio e pelo ambiente. A desenvolver projectos extensíveis ao lar de cada um, onde a empresa poderia acompanhar cada um de seus colaboradores em dinâmicas integrantes, tanto ao nível pessoal como ao nível social e comunitário. A criar em cada empresa convénios com seus clientes, fornecedores e colaboradores, onde se obtivessem claros benefícios por objectivos claramente regulamentados, do foro ambiental e cultural. Colaboradores dinamizados, em actividades que lhes permitissem dissipar algum do stress profissional, com valências promovidas pela empresa. Daria certamente um resultado fabuloso, tanto para os objectivos da empresa como para a qualidade do colaborador e em consequência para o meio ambiente. Colaborador respeitado o mais possível em cada aptidão e qualificação, sempre orientado num programa tolerante mas exigente ao nível da honestidade e transparência de processos, áreas de alto investimento. Visualizemos por exemplo as empresas públicas com semelhantes características …

A competição desenfreada e inconsequente deverá ser quanto antes desmascarada e revelada ao olhar de todos. Para que seja aconselhado o seu abandono, sua esterilidade e alto custo.

Parece complicado mas inicia-se por exemplo, com apenas um bom dia de olhos nos olhos, de coração a coração.
O custo inicial desta operação deveria ser de bom ânimo e em primeiro lugar, assumido pelos principais responsáveis do actual estado de coisas, que além de alguma justiça ser resposta, outros lhe pudessem seguir o exemplo. Empresas mais contidas em sua sede de expansão, mais ecológicas e interventivas na região de sua implementação, sobretudo mais generosas e correctas com relação às pedras preciosas do meio ambiente à sua responsabilidade: os colaboradores e sua comunidade por consequência.

A política, o capitalismo e os demais modelos de governação chegaram ao fim útil de sua existência. Pelo caminho, em nome de uma urbanização selvagem e desmedida, criaram demasiados excluídos, demasiados desequilíbrios, demasiados estragos ambientais e sobretudo uma cultura déspota, egoísta e suicida.

Tem que ser cada um de nós dentro de si próprio a fazer um esforço, a não segurar mais esta rede de poder podre. E apesar de o processo não evitar alguma contestação, a inquietação e as dores serão as do parto e não as da morte.

quinta-feira, setembro 10, 2009

Um olhar puro

Em seu famoso Sermão da Montanha, Jesus afirmou que a candeia do corpo são os olhos. Também disse que, se os olhos forem bons, todo o corpo terá luz. Mas se eles forem maus, todo o corpo será trevoso. A candeia era um utensílio utilizado para iluminação. Devia ser colocada em local alto e de destaque, a fim de que sua luz se espraiasse ao longe. Consoante antigos ditados populares, os olhos são a janela ou o espelho da alma. Esses adágios revelam a importante correlação existente entre os olhos e a essência da criatura. De ordinário, é preferencialmente por eles que o ser humano percebe a realidade que o cerca. A partir dessa percepção, ordena seu sentir e seu proceder. O que ele focaliza, o que elege como importante para prestar atenção, dá o tom de seu viver. Como disse Jesus, se os olhos são bons, todo o corpo é luminoso. O mundo é rico de distrações. Sem uma orientação firme, é possível perder-se nelas e tornar-se alguém fútil. Novelas e séries de TV, Internet e revistas são apenas alguns dos passatempos à disposição. Não possuem nada de intrinsecamente errado, mas não constituem o objectivo da existência. Justamente por isso, não podem consumir tempo em excesso. O Espírito não toma um corpo de carne para se distrair, mas para se aperfeiçoar. O tempo mais bem aproveitado é o despendido no burilamento intelectual e moral. Em conversas instrutivas, no aconchego da família, com os amigos do coração. Ou no aprendizado de uma língua, na meditação sobre um texto de moral ou filosofia. Também possui grande valor a dedicação a uma causa, a atenção dada a pessoas carentes ou enfermas. Entretanto, não é apenas com o excesso de distracções que se deve ter cautela. Pior do que gastar tempo com banalidades é fixar a atenção em coisas deletérias. Vive-se na Terra uma época de grande permissividade e vigora o discurso de que quase tudo é normal. Assim, pode não parecer chocante gostar de pornografia, manter conversas picantes ou ficar acordado por conta de noitadas. Mas é preciso cuidado com aquilo em que se fixa detidamente o olhar, para não comprometer a própria dignidade. O gosto pela podridão, ainda que socialmente aceito, conspurca a essência do ser. Para não ter um corpo trevoso, conforme o dizer evangélico, importa ter bons olhos. Ou seja, focar a atenção no que de belo e puro há no mundo. Tomar gosto por conversações e leituras sadias. Gastar o próprio tempo em actividades construtivas e dedicar-se a obras sociais. O resultado dessa opção pelo bem será uma formosa luz que revestirá todo o ser. Pensemos nisso.

quarta-feira, setembro 09, 2009

Quebrando antigos padrões e Resgatando seu potencial divino

No mundo globalizado de hoje, no qual imperam valores distorcidos, esmagadores interesses económicos, falta de ética e uma infinidade de problemas reais que perturbam profunda e especialmente os cidadãos de mente aberta e bom senso, precisamos realizar com mais afinco e coragem, -imunes à infinitude de desgraças anunciadas pelas várias mídias que tentam nos massificar, controlar e derrubar-, nossa singular e preciosa participação aqui na Terra. Devemos, com lucidez e competência, mantendo nossa vibração elevada, nos transformar num ponto de Luz, num farol que espalha à nossa volta a palavra da verdade, absolutamente livre de condicionamentos, medo e culpa. Cada vez mais conscientes e recebendo energias de busca directo da Fonte, orientados pelos Guias, balizados pelas irrevogáveis leis naturais, estaremos avançando na direcção correta, encontrando na jornada outros seres em sintonia fina, com os quais trocar, de forma consciente ou inconsciente, as informações e as experiências que nos permitem desvendar e depurar o poderoso campo de força interior. O centro onde se encontram latentes todas as sementes e as possibilidades de criação que poderemos escolher e manifestar: novas atitudes, conceitos, eventos, reacções, estados de espírito e mentais. É a conhecida força da co-criação que, posta em movimento, inexoravelmente transmuta tudo que estava parado, inerte, estagnado, dentro e fora de nós. É necessário identificar o que, muitas vezes, nos atrasa na jornada, e isso fica cada vez mais claro durante as sessões de constelações familiares ou de imagens mentais: a perpetuação de padrões adversos adquiridos, como -por exemplo- a desconfiança em relação às mulheres por parte de homens, em função da rejeição que muitos sentiram por parte da própria mãe, fato recorrente que deixa profundas marcas na alma e que é automaticamente transmitido os filhos. Vale aqui sublinhar também o atraso que a religião tem nos provocado com seu distorcido doutrinamento, marcado por sentimento de culpa, de medo -decorrente de um Deus vingativo e distante-, impedindo o ser humano de viver com total dignidade, ciente de sua verdadeira natureza. Estes acontecimentos e as falsas ideias disseminadas à exaustão desde a infância costumam gerar sentimentos de impotência, inadequação e negatividade. Devem ser finalmente colocadas em seu devido lugar (a lixeira), abrindo o espaço para contactarmos nossa divina realidade, o eterno ser Cósmico que pode ser `ouvido no silêncio interior´, na imobilidade provisória das emoções, serenadas pela manifestação, pela percepção arrebatadora da nossa essência de Luz. Devemos em primeiro lugar mudar nossos padrões mentais. O pensamento leva à intenção que conduz à acção. A intenção correta precisa se espalhar, impregnar as camadas mais profundas de nossa consciência, mas temos de actuar com inteligência e determinação, para finalmente deixar para trás a barreira do "Não consigo" em prol do novo reino que sugere: "Sim, eu posso". É preciso também -sempre é bom lembrar, pois muitos têm dificuldade em concordar-, assumir plena responsabilidade pela nossa vida, por tudo que nos acontece. Inúmeros bloqueios derivam desta resistência, e as manifestações, os casos, ou "amostras", na vida dessas pessoas são normalmente inequívocos, claros. A existência revela sempre, a quem é observador, quais são as crenças e as atitudes individuais subjacentes. É inevitável, é da lei. Desactivar este conceito tão nocivo, este mecanismo que não nos leva à parte alguma, requer grande energia e foco. A dissolução deste campo de força travado, bloqueado, levará a redireccionar enorme fluxo de energia em distintas obras positivas, compatíveis com as leis divinas. Passos e ferramentas básicas a serem usados -me desculpem por insistir tanto neste ponto-, são a meditação, a oração e o perdão. É algo muito simples, prático e permite remodelar nossa mente. E tudo é interligado: o consciente e o inconsciente começam a conviver cada vez mais serenamente, deixando mais frequente e confortante a passagem entre as duas realidades. Posso começar com uma oração, passar para um pedido de perdão ou uma afirmação, um mantra repetido como: "um, um, um, somos todos um", e de repente me encontrar onde os cinco sentidos não actuam, na profundidade do meu ser, aquela parte sábia, que sente estar permanentemente conectada, pertencer ao "Todo que está em tudo", como nos diz Wagner Borges. As duas vozes cada vez mais próximas, o consciente e o inconsciente, os dois aspectos de nossa mente, devem ser finalmente postos face a face e será a parte consciente a tomar a decisão final em cada questão, como o sábio soberano que, após consultar a sagrada essência, escolherá o que deve ser feito de acordo somente com a lei do amor. Assim procedendo, aos poucos abandonaremos definitivamente a dúvida, a auto-destrutividade, a baixa auto-estima, a insegurança e os medos que impediam a passagem da Luz, a manifestação divina em nós. Desistir de exercer nosso poder inato será coisa do passado, a divina presença será companhia permanente, acompanhada da bem-aventurança, da fé verdadeira, de anseios de amor, de honestidade e de felicidade. Sim, se fomos capazes de conviver com os aspectos negativos da dor e da culpa, suportando-os durante anos a fio, poderemos tranquilamente conviver com tantos bons sentimentos! Nada mais poderá ofuscar a Luz emanada da Fonte; uma nova força vital, desta vez apontando pra cima e pra frente, trará realização crescente, sentido à vida, alegria, paz e amor. Não se trata aqui de utopia ou de algo abstracto, distante, um simples pensamento positivo. São atitudes concretas e práticas para serem incorporadas no dia-a-dia. Não mais seremos subordinados aos desejos dos outros, mas manifestaremos somente nosso ser sagrado, o divino. Teremos, portanto, somente relacionamentos verdadeiros, não de dependência. Este é o nosso destino final. Cabe a cada um escolher quando torná-lo real. Que tal começar a reconhecer a manifestação dessa sublime presença dentro de nós? Sou grato aos Guias por sua sabedoria, ao Rodolfo, Lidiane, Sandra e Teresa pelo apoio decisivo que me é dado. Somos um só! Eu sou o outro Você. Sérgio

segunda-feira, setembro 07, 2009

Dialogo entre dois irmãos

- desistir de procurar os mais básicos caminhos de sobrevivência parece ser algo parecido com insensibilidade de alma. - E se me permites sobretudo em dias de hoje com patologias diversas. Doenças e manifestações psicofísicas, tanto resultado de desvios nesta encarnação, como em final de queima karmica para este momento decisivo.
- ... assim é, se os sintomas forem indiferença a quase tudo do dia a dia. não é normal que se desista da procura das pequenas coisas que dão satisfação à vida. desistir do bem estar pessoal; profissional,social, desistir de lutar, de competir, de se afirmar.
- Aqui neste segmento que bem referes, posso separar do que se lhe segue, serem sobretudo características “fisiológicas”. Se assim for, nem sempre aguardar algo prudentemente apesar de manter alguma atenção, será fugir de coisa alguma. Eu explico: Imagina uma manada desordenada em desenfreada correria em direcção a um abismo que nesse momento não se consegue ver ainda. Então os jovens animais lutam para ganhar a dianteira, calcorreando e sacudindo até os mais experientes que naturalmente são vencidos. Quando os mais velozes e mais audazes saírem disparados na dianteira, seguidos por toda essa turba superexcitada, vão reparar tarde de mais o precipício. E ao quererem virar de direcção, não o vão conseguir por força da energia que imprimiram em seu bando, cego, espavorido e ruidoso. Com alguma sorte, algumas crias e algumas mães, junto com alguns animais doentes ou cansados, ficaram para trás a salvo desta tragédia. E alguns naturalmente prudentes, apesar de perfeitamente normais.
- deixar de procurar os "porquês"da imortalidade, da vida após morte,
- Acredito que o véu há-de cair naturalmente, quer seja procurado quer seja negada a sua existência. Recorda-me a filosofia oriental que chama ao que referes, o véu de Maya. Que já iniciou sua viajem descendente através dos próprios chacras dos humanos e não só, e que independente da vontade dos humanos vai cumprir o seu propósito, é em minha sensibilidade, um facto inegável. Acredito ser essa a causa crescente, tanto de seres que se afeiçoam a estes novos tempos, como de seres que os consideram cada vez mais impróprios para si mesmos. Estes últimos, cabe rapidamente rectificarem suas trajectórias ou em breve se sentirão como aquele mergulhador de alta profundidade, que calculou mal o ar que leva em sua garrafa, e começa a sentir a vida a esgotar-se em seus pulmões. Deverá rapidamente ascender para águas menos profundas onde obterá mais hipóteses de respirar novamente por efeito do alívio da pressão e da proximidade com a atmosfera.
- parar de procurar uma vida melhor(como se isso fosse coisa que se pudesse procurar) desistir de procurar,algum grande amor,que porventura alguma vez eu tivesse imaginado que poderia ter existido, desistir de buscar todo tipo de desejo ou realização física e terrena, desistir de pedir à Vida futilidades caprichosas do ego adoentado, mas talvez todo (quase) este desinteresse de procura se deva ao facto de nunca ter procurado nada.
- É verdade. Seguindo o exemplo do mergulhador, se ao invés deste aceitar seu defeituoso cálculo de ar em sua garrafa de mergulho, e continuar descendo ainda mais ou mesmo imobilizar-se ralhando com a garrafa, com todo mundo a quem decide atribuir as responsabilidades de sua própria incúria, cedo vai padecer muito, sozinho e desligado, um apagão resoluto com direcção ao reinício de todas as lições que rejeitou aprender. Quem dentre todos, rejeitar em pleno acto de auto consciência a sua origem solar, a sua consciência muito santissímamente representada pelos Avatares, dos quais destaco Jesus pela dádiva da sublimação do Amor, está agindo contra seu próprio ADN, com sua própria constituição transcendente e mesmo física. (a razão de tantas patologias). A missão do ser humano é conscientizar em si mesmo a si próprio, para por consequência durante sua permanência terrestre vivificar em si mesmo sua filiação Solar. Ao unir-se a esta consciência, assim como os santos, aprenderá a conhecer e comunicar com outras dimensões e a receber instruções especialmente direccionadas para si. Ninguém cumpre sua existência terrestre sem ganhar seu GPS espiritual. Acredito ser essa a ÙNICA verdadeiramente importante tarefa a cumprir, claro está, sob os alicerces da fraternidade, caridade, solidariedade e colaboração entre todos. Resumindo com AMOR

quinta-feira, setembro 03, 2009

Fronteiras sem fim da amizade

Até onde vai a amizade? Diz-se que, por vezes, temos amigos que são mais do que irmãos.

São eles que nos sustentam nas crises, nos auxiliam na enfermidade, nos oferecem o ombro para chorar, a qualquer dia, a qualquer horário.

Pessoas há que, decepcionadas com pretensos amigos, afirmam que é muito difícil existir, hoje, amizade desinteressada.

No entanto, todos os dias, se ouvem histórias de pessoas que devem sua vida a algum amigo.

As gémeas Rita e Ruth nasceram, em 1988, numa cabana de barro na África Central.

Seus pais eram agricultores da tribo Tutsi e temiam pela vida das filhas, porque os rebeldes Hútus, da oposição ao governo, atacavam constantemente os Tutsis.

Por isso, o casal decidiu ir para Uganda, 240 quilómetros ao norte.

Cada um com uma filha às costas, alguns poucos pertences e a tia das meninas, de apenas 11 anos, começaram a grande viagem.

O pai foi o primeiro a ser assassinado, na tentativa de conseguir alimentos em uma aldeia. A mãe, quando ia à frente, tentando verificar se era seguro prosseguir a jornada, desapareceu para sempre.

Durante dois meses, Katie, na floresta com as duas crianças, esperou a volta da mãe das meninas.

Então, amarrou as gémeas ao seu corpo e saiu andando. Depois de dez meses, chegaram a Uganda.

Estavam sozinhas, dormindo ao relento e vivendo de restos de alimentos. Um dia, Jane, uma agricultora, as encontrou e as levou para sua casa, condoída de sua triste situação.

Jane tinha somente uma filha de 4 anos e, por três vezes, enfrentou os rebeldes Hútus, escondendo as crianças.

Quando as gémeas estavam com 11 anos, Katie ganhou uma passagem para longe da África, para o asilo no estrangeiro.

Naquela noite, Rita e Ruth ficaram abraçadas a Katie, chorando. Ela fora o centro de suas vidas desde sempre.

Mas, ao partir, Katie prometeu que mandaria alguém para buscá-las.

Para uma moça de 21 anos, como Katie, se adaptar à vida aonde quer que fosse, levaria tempo. E mais tempo ainda levaria para conseguir alguém que buscasse as gémeas.

Os meses se sucederam, sem qualquer notícia. Os Hútus matavam e sequestravam dezenas de Tutsis.

As meninas pensavam: Será que ela nos esqueceu?

Três anos se passaram. Com 15 anos, Rita e Ruth já tinham se resignado à vida de medo e incerteza em Uganda.

Então, elas foram apanhadas em casa por um agente estrangeiro e levadas ao aeroporto.

Quatorze horas depois, estavam em Londres, abraçando Katie. Ela explicou como tinha sido difícil conseguir que elas fossem levadas para a Grã-Bretanha antes de milhares de outros refugiados.

Mas disse: Espero que saibam que eu nunca as abandonaria.

As gémeas passaram o restante da sua adolescência morando com Katie.

Para elas, Katie é a grande amiga a quem agradecem por terem o privilégio de viverem num país de oportunidades.

Diz Rita: Apesar de tudo o que passei, sinto como se tivesse ganhado na loteria.

Amigos... Preciosidades que Deus coloca em nossas vidas para nos atapetar a estrada de ternura, a fim de nos tornar menos áspera a jornada.

com base no artigo Cuidem de mim,

de Rita Komunda, conforme contado a Nick Morgan, publicado na

Revista Seleções Reader’s Digest, de março de 2009.

Em 10.07.2009.