sexta-feira, fevereiro 25, 2011

retorno...

 
aquilo que usando, aprendeste a reconhecer de grande valia...
verá seu expoente multiplicado N de vezes...
logo o entregues para de onde o recolheste e abrigaste.

é que o sem forma não escolhe, nem está confinado a conteúdos.
identifica-se e gera-se até de seus opostos...

não deseja reconhecimento, bastando-se a si próprio
na sem forma que a todos reconhece como sendo seus próprios
para logo os admirar assim mesmo, como se fazem percepcionáveis...

para logo mais os esquecer, entregando-os à vida,
... que os viu nascer...

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Lisa Gerrard & Pieter Bourke - The Unfolding

and heaven came....

A PRÓXIMA TAREFA

A próxima tarefa é aprenderes a vibrar pelo que és.
Sem máscaras, sem falsos atributos, sem revestimentos.
A próxima tarefa é seres quem és. Sem desvios nem omissões.
Sem rasgos de oportunismo juvenil. Sem arestas.
Seres quem és exige de ti agora todo o empenho deste
mundo. Seres quem és, respeitares o que sentes, vai exigir
muita energia de ti agora, nesta fase da tua vida.
Ou porque nunca respeitaste a tua essência, e está na
hora de mudar o rumo das coisas, ou porque tens treinado
bem, e agora está na hora de dar o grande salto.
Só tu podes responder a essa questão. Tu… e eu, claro.
Por isso, fixa bem o que te vou dizer. Põe o pensamento
no peito e sente. Sente, simplesmente. Mais nada.
E quanto mais te acostumares a só sentir, sem pensar
em nada, mais rapidamente te vais ligar à tua alma e descobrir,
finalmente, quem és e o que andas por cá a fazer.

O LIVRO DA LUZ – Pergunte, O Céu Responde,
de Alexandra Solnado

Eles viverão

A Espiritualidade Superior ensina que os planetas funcionam como educandários.

Os Espíritos neles encarnam para ter as experiências evolutivas de que necessitam.

A Terra por ora serve de morada e escola para Espíritos de reduzida evolução.

Embora, em geral, não falte inteligência aos habitantes do orbe, eles ainda vacilam no quesito da moralidade.

Têm facilidades de raciocínio, mas possuem dificuldades nos planos do sentimento, da conduta.

Certamente incontáveis se esforçam para viver com dignidade e o conseguem.

Entretanto, ainda é comum o triste espectáculo da leviandade, da corrupção e da crueldade.

Em um mundo imperfeito, a impunidade dos espertos e dos poderosos costuma ser frequente.

Não raro, esse panorama de vício aparentemente vitorioso causa indignação.

Muitos desanimam quando se deparam com certas cenas.

Pode ser o político corrupto que segue livre, mediante a adopção de estratagemas legais.

Ou quem, para enriquecer, não se incomoda de destruir o meio ambiente.

Talvez seja quem abusa da inocência ou oprime os fracos.

Ou então quem vence demandas na justiça contando com testemunhos falsos.

Não faltam exemplos de maldade vitoriosa, ao menos na aparência.

Seguramente, todos devem agir, no limite de suas forças, para que o bem se instale no mundo.

Mas, quando o mal parece vencer, não há razão para raiva ou desânimo.

Não há necessidade de desejar o mal para os que semeiam a desgraça nos caminhos alheios.

Para manter o coração em paz, basta reflectir que eles viverão.

Sim, a morte não existe e todos seguirão vivos para sempre.

A vida dispõe de recursos para produzir arrependimento nos que se fizeram culpados.

Cedo ou tarde, chega o momento de rever a própria conduta e de enfrentar as consequências do que se fez.

Tal pode se dar na mesma encarnação, mediante importantes decepções, ignoradas da colectividade.

Ou no plano espiritual, onde não há disfarces possíveis quanto à própria realidade íntima.

Ou mesmo em outras existências, nas quais se experimentem as dores que se semeou na vida do próximo.

A vida constitui o melhor remédio para qualquer gênero de decadência.

Todos viverão para sempre e cada qual será feliz ou desgraçado, conforme as opções que fez.

A cada um segundo suas obras, como bem disse Jesus.

Assim, não convém praguejar contra quem fere, rouba, ilude ou mata.

Basta saber que os corruptos, os mentirosos e os defraudadores da paz alheia também viverão.

A cada homem incumbe o dever de ser digno e solidário, de esclarecer, amparar e socorrer.

Os desvios incontornáveis, segundo a óptica humana, ficam por conta da Lei Divina, sempre perfeita e actuante.

Pense nisso.

Doce...

se eu fosse um doce?...

seria um doce de crépito...



amigos ...


Sem os amigos o tempo custa a passar cada hora parece um dia...

Embora tenhamos beijos, abraços, ninguém cura a ausência de um amigo... pois eles fazem parte do nosso passado e do nosso futuro...

São a luz que fazem o dia brilhar sem eles vivemos no escuro...

...os amigos merecem tudo de bom... e através destas letrinhas silenciosas transmito todo o carinho que tenho por ti...

domingo, fevereiro 20, 2011

Peter Gabriel & Paula Cole / Don't Give Up

Gabriel ... the Angel, and Paula Cole

VOYAGE OF BRAN - Brendan Perry

a spiritual song to regarding the heart as a light ...

Martin Grech - Push



Não adianta querer mudar o trajecto fora de teu próprio trajecto. 
O que virá será origem do que é...

Dead Can Dance - The Carnival Is Over

the comedy of life as it hides a lot of drama, the feeling of an orphan ... a castaway ... the desire to find a port, the longing for home ...

Sara Tavares - Ponto de Luz

Olá amiguinha... Agradeço-te do meu coração a tua deslumbrante musica, a tua mensagem como uma coisa sagrada e linda e sobretudo tão antiga, que tu libertas do teu peito desde o centro de tua juventude. Desejo muito que passe rápido as tuas provações de saúde, e brevemente compareças a deixar os caminhantes menos sós um pouco, tu que aconchegas com tua entrega pura, os sóis de luz que desejam arder dentro do coração. Estou olhando por ti mana...

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Solilóquio


Velhice é quando os desequilíbrios que acontecem na mente, surgem no corpo espontâneos sem teres tempo para refinar.

Sabedoria quando a tua mente inicia o processo de aprender com os gestos do corpo, aquilo que ele reflecte espontaneamente como sendo o mais puro legado da mente.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Siddartha Gautama e o Sermão de Benares

"- (...) Oh monges, a sublime verdade que o ser humano, uma vez que nasce neste mundo, não consegue escapar dos seguintes sofrimentos:
 
- o nascimento;
- o envelhecimento;
- o confronto com aqueles que contrariam seus desejos;
- a perda de quem se ama;
- a impossibilidade de se obter tudo o que se deseja;
- as enfermidades e a morte.

(...) enquanto meditava, descobri que nossas vidas são eternas, mas nascem neste mundo, carregadas de Skandhas (virtudes, moralidade, nossas tendências positivas) e Nidânas (vícios, defeitos, nossas tendências negativas), acumulados em vidas anteriores, e esta é a verdade sublime da causa de todo sofrimento humano: 

- o desejo pelo prazer dos sentidos e a luta para obter poder e assim gozar a vida física, arroja as almas a seguidos renascimentos(Sansara).

Queimar todo mau karma, fonte do sofrimento, e aumentar o próprio Dharma é possível ao ser humano, evitando levar a vida em busca de prazeres físicos e reconhecendo que o eu e o outro somos na verdade somente um. 

Os sofrimentos da vida física gerados pelo apego à temporaneidade, podem ser dominados através do cultivo da compaixão, da sabedoria e da prática da meditação. 

Pelo seu esforço pessoal o homem pode libertar-se de todas as servidões e sofrimentos. 

Aprende, pois, o que é o sofrimento, embora não haja nada para aprender; abandona as causas do sofrimento, embora não haja nada para abandonar; concentra-te na cessação, embora nada possa cessar; pratica os meios de chegar à cessação embora não haja nada a praticar; despertando assim a consciência não para o conhecimento apenas, mas sobretudo para a sabedoria que revela a realidade última, o Nirvana, que pode ser alcançado trilhando o dourado caminho do meio (saúde perfeita, mente perfeita, integração com o mundo perfeita). 

A libertação de cada ser depende da sua própria compreensão da verdade. Cada um é responsável pela sua felicidade ou pelo seu infortúnio. Quem souber descobrir dentro de si a verdadeira natureza dos laços que determinam o encadeamento sem fim das causas e dos efeitos, quebrará o círculo infernal e atingirá a libertação. 

Feliz daquele que no período de vida desenvolve skandas, pois cria os próprios meios de evolução; infeliz daquele que desenvolve nidânas, pois dificulta a sua evolução e, ao morrer, assume formas demoníacas.

A partir desse momento, oh monges, meu espírito está liberado para sempre. 

Com toda segurança vivo esta minha última reencarnação.

Depois de minha morte, nunca me reencarnarei neste universo de homens.

Por favor, escutai atentamente este conselho: Decadência é inerente a todas as coisas existentes. 

Somente o Dharma perdurará para sempre.

Oh monges, busquem, com todo afinco, por sua liberação."

  Siddharta Gautama - Buda 
 

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Tudo está certo

Conta uma antiga lenda norueguesa que um homem cuidava com muito zelo de uma capela, num distante povoado.

Haakon era seu nome e via, todos os dias, muita gente adentrar a ermida e orar, com devoção, frente a uma cruz muito antiga.

Certo dia, Haakon, impulsionado por um sentimento de generosidade, ajoelhou-se diante da cruz e fez uma oferta ao Crucificado.

Senhor, desejo padecer por Vós. Deixai-me ocupar o Vosso lugar.

O Senhor da cruz abriu os lábios e falou:

Amigo, posso atender a tua rogativa, mediante uma condição.

Qual é, Senhor? Será uma condição muito difícil? Estou disposto a cumpri-la.

Então, lhe disse o Cristo: Escuta-me. Aconteça o que acontecer, não importa o que vejas, terás que guardar sempre absoluto silêncio.

O homem, resoluto, respondeu: Eu prometo, Senhor!

Fizeram a troca sem que ninguém viesse a perceber. O tempo passou e aquele que substituía o Crucificado conseguia cumprir o seu compromisso de sempre se manter calado.

Um dia, porém, um rico foi até a capela orar. Ao sair, esqueceu a sua bolsa sobre um dos bancos.

Haakon viu e se calou. Também não disse nada quando, umas duas horas depois, alguém que também viera orar, encontrou a bolsa e a levou para si.

Ainda ficou calado quando um rapaz veio pedir as graças dos céus antes de empreender uma longa viagem.

Contudo, o rico retornou em busca do que esquecera.

Como não encontrasse sua bolsa, pensou que o rapaz se teria apropriado dela. Voltou-se para ele e o interpelou, com raiva, exigindo que lhe devolvesse o que lhe pertencia.

Não peguei nenhuma bolsa! – Defendeu-se o jovem.

Mentiroso! – Gritou o homem rico. E arremeteu furioso contra ele, no intuito de agredi-lo.

Então, uma voz forte soou: Pára! 

E a imagem falou, defendendo o jovem e censurando o rico pela falsa acusação.

Este saiu aniquilado do local. O jovem, porque tinha pressa para empreender a sua viagem, saiu logo em seguida.

Quando a ermida ficou vazia, Jesus dirigiu-Se a Haakon e lhe disse: Desce da cruz. Não serves para ocupar o meu lugar. Não sabes guardar silêncio.

E, ante as justificativas do servidor, trocaram de lugar, concluindo o Cristo: Tu não sabias que era conveniente para aquele homem perder a bolsa que trazia o preço de muita maldade.

Quanto ao rapaz, que iria receber alguns golpes, as suas feridas o teriam impedido de fazer a viagem que, para ele, foi fatal.

Faz uns minutos seu barco soçobrou e ele se afogou.

Tu não sabias, mas eu sabia. Por isso, eu sempre me calo.

*   *   *

Toda vez que acreditares que as tuas preces não foram ouvidas porque não foram atendidas, pensa que tudo está certo.

Logo mais ou um pouco depois descobrirás que Deus estava certo em Se manter silencioso.

Tenha certeza: nada te acontece que não seja o melhor para ti, naquele momento.

Isso porque Deus nunca Se engana.

com base em lenda norueguesa