terça-feira, março 21, 2006

Anjo

Olá… então tu pensaste que apesar de estar enfiado nesta carcaça eu me esquecia de ti?... também como podia? Tu passas o tempo todo arejando-me a fronte com as tuas asas brancas. Olha quero te dizer algo que tu não vais esquecer não. Por aqui ainda que não possa voar assim como costumávamos fazer, tem algo que é de verdade um enorme estimulo. Tu sabes…, tem a fraqueza humana. Aqui tem mais emoções escondidas que à flor da pele. A gente costuma esconder o que sente. Sabes, ainda penso no que me trouxe aqui desta vez e parece-me que vamos conseguir. È não tarda todos estaremos juntos de uma forma jamais antes conseguida colectivamente. Não vejo a hora de sentar como sentaram as crianças no colo de Jesus, nas percepções desconfundidas e amorosas das hierarquias superiores. É por aqui a batalha vai ruim, ruindo a casca grosseira destes corações, onde em breve muito em breve, ressoarão melodias celestiais, hinos fraternos ao encontro entre todos os homens, onde não restará mais gente só. Continua nos amando sim, que isso é bom demais….

quarta-feira, março 01, 2006

reflexões...

Parece que as pessoas muitas vezes se identificam demasiado com personagens que criam de e para si próprias, caindo numa espécie de fascínio de si mesmas, que só pode originar esquecimento e destreinamento sobre as coisas reais. Dá para conferir nas sociedades modernas e altamente desenvolvidas estes comportamentos, que infelizmente são as bitolas das hierarquias e o quotidiano das instituições. Bem preciso é formar pessoas melhores a começar de dentro das paredes de nossos próprias casas, de nosso quarto, de nossa própria intimidade, onde tudo tem uma importância nuclear em nossa vida. Polémico? É bem verdade.
E nosso coração, nossos sentidos e experiência até nos confirmam no quotidiano estas coisas.
Muitas vezes não o percebemos ou aceitamos, porque estamos demasiado cingidos ou atados a um objectivo em concreto e acabamos penalizando (expressando-me como um fotografo) a própria objectiva de “grande angular”. A capacidade de olhar em volta, perifericamente, enquanto nos dirigimos em frente. Aliás esta capacidade de tomar nas mãos um determinado propósito com firmeza, mas simultaneamente não perder o domínio de si próprio e acabar correndo o risco de enrijecer, é uma característica forte, das pessoas que procuram encontrar o sentido das suas existências sobre o plano dos dias.