segunda-feira, março 18, 2013

BOM DIA...

... faz de cada um dos teus momentos, dos teus espaços na tua vida,...
um momentos e um espaço sempre novo, sempre renovado.

Vê todos os teus caminhos, experiências, anos volvidos sejam quantos, .... vê,
como quem de fora para dentro e sente-os como motivação para neste preciso momento,
te relacionares com a tua experiência com absoluto reconhecimento pela novidade que ela representa,
pela imensa possibilidade de maravilhosos ganhos que poderás obter...




terça-feira, março 12, 2013

balanço...


hoje tive um dia cheio... sinto um vazio tão grande
hoje tive um dia vazio... sinto-me tão cheio...


hoje tive um dia cheio, desde que levantei, não parei quase um segundo, levei a cabo imensas tarefas, cumpri requisitos, levei todas as sardinhas a suas respectivas brasas, mal parei para almoçar, todos os seres que encontrei, mesmo no tráfego enquanto me desloquei entre olhares fugazes ficaram retidos apenas como as memórias de um tempo que passou a correr. Agora preparo para receber o fim do dia, .... curioso, gostaria de ter entre tanto que fiz, um bocadinho que fosse para meditar, para reflectir  para saciar o dia brotado de mim... mas nada encontro... somente um vazio enorme... um dia tão cheio de tudo menos de mim...

hoje tive um dia cheio... sinto um vazio tão grande
hoje tive um dia vazio... sinto-me tão cheio...

hoje tive um dia parado, daqueles dias em que não fiz nada, não consegui limpar a prateleira do pó eterno da indiferença sobre o móvel, não reguei o quintal nem enviei aquele e-mail que está em atraso... passou o dia devagar, passou lento e sem nada em especial ter feito, nem sobre mim nem sobre ninguém, apenas a rotina lenta e disforme de uma vida aparentemente a deriva... e nesta altura, no momento em que me preparo para me deitar, o fluxo deste dia parado sobra sobre a minha mente, vasto e abundante, tantos detalhes, tantos momentos diferentes recortados em pequenos espelhos onde outros mais reflexos se vislumbram..., enfim tão vazio o dia e tão inesperada a sensação de satisfação pelas informações e dados que detenho para trabalhar à vontade, sem esforço...

entre dois pontos equidistantes e tão diferentes entre si, onde no seio de cada um germina o outro, resta o suspiro e a questão: 

Onde me situarei eu então?




sexta-feira, março 08, 2013

as pessoas comprimidas


as pessoas comprimidas, pressionadas e espoliadas de escolha, obrigadas a submeterem-se às regras de um regime social e económico, para poderem adquirir aquilo que consideram os seus direitos,  revoltam-se…

as pessoas revoltadas necessitam de controlo para que comummente aceite, a anarquia não contamine e prejudique o funcionamento do que  as limita, mas permite que manifestem seu desagrado.

a necessidade de controlo legitima um sistema, que regula e elege os seus próprios elementos que legitimados por esta necessidade de controlo, constituem uma espécie de anátema social, com regalias próprias e poderes privilegiados, algo comparável ao que se verifica na religião católica com sua Cúria Romana no Vaticano, na pele do ser humano, com uma borbulha infecta, ou verruga disforme e incómoda.

então o sistema gera a compressão sobre as pessoas…

para que as pessoas ocorram na manifestação da revolta, para depois o mesmo sistema por consequência apoderar-se da legitimidade da repressão dessa revolta e simultaneamente sobre si próprio, recair a auréola de uma espécie de benfeitor desinteressado, onde regras próprias e adversas são permitidas e toleradas por todos...

assim as pessoas nem se dão conta, mas na ausência das suas livre escolhas, na entrega consciente ou preguiçosa que outorgam a outros do que lhes cabia a si mesmos, liberdades e direitos acabam por justificar e retro-alimentar a existência daquilo que as comprime e em ultima instância  daquilo que tanto se queixam enquanto manifestantes…

(reflexões acerca da psicose-colectiva)