segunda-feira, julho 21, 2014

Sem competição

Desde cedo, o homem é educado para a competição. Os pais fazem questão de enumerar as qualidades dos seus filhos, que são ou devem ser os mais inteligentes, os mais espertos, os mais ágeis.

Nas idas ao parque, eles esperam que seus filhos sejam os que demonstrem melhores habilidades na bicicleta, no escorrega, sejam os primeiros na corrida, um craque da bola.

Nas festas de aniversário, melhor é aquele que consegue apanhar mais brinquedos na hora do estouro dos balões recheados de mil coisas que fazem o encanto da criançada.

Os destaques são, na escola, para os que conseguem as notas mais altas, aprendem mais rápido ou, de alguma forma, se sobressaem nos estudos ou nos jogos.

Para os não tão hábeis, nem tão inteligentes, resta verem os irmãos em evidência, os colegas sendo laureados e, se não tiverem uma boa estrutura emocional, admitirem o adjectivo de incapazes ou de tolos.

Bela é a experiência daquela professora recém-formada, chamada Mary, que foi leccionar em uma reserva de índios navajos.


Todos os dias ela pedia a cinco dos jovens alunos navajos que fossem até o quadro e resolvessem um problema simples de matemática de seu dever de casa.

Eles ficavam ali em silêncio, sem querer cumprir a tarefa. Mary não conseguia entender.

Nada do que Mary havia estudado em seu currículo pedagógico ajudava e ela não sabia como lidar com a situação.

O que estou fazendo de errado? Será possível que eu tenha escolhido cinco alunos que não sabem resolver o problema?

Finalmente, ela perguntou a eles o que havia de errado. E, na resposta de seus jovens alunos índios, aprendeu uma surpreendente lição sobre auto-imagem e noção de valor próprio.

Eles explicaram que queriam se respeitar uns aos outros. E, como sabiam que uns eram mais capazes e outros encontrariam dificuldade em resolver os problemas, não queriam exibir isso publicamente.

Apesar de muito jovens, entendiam como era inútil e desrespeitoso a competição do tipo perde-ganha na sala de aula. Pensavam que ninguém sairia ganhando se algum deles se exibisse ou ficasse encabulado diante de toda a turma.

Então se recusavam a competir uns com os outros em público.

navajos em 1902

Quando entendeu aquilo, Mary mudou o sistema, de modo a poder corrigir, individualmente, os problemas de matemática de cada criança, dedicando-se mais aos que tinham dificuldades.

E mudou muitas coisas em sua vida ao compreender que todos nós queremos aprender – não para nos sobressairmos diante dos outros, mas para sermos mais felizes.

*   *   *

Não estimule a competição no seu filho. Cultive nele a consciência dos valores reais.

Ensine-o a respeitar os que apresentam dificuldades, reconhecendo que o importante não é chegar em primeiro lugar a qualquer preço, mas completar com honra o percurso, e nunca a sós.

Por fim, estimule-o a conquistar a mais bela e brilhante medalha que deverá ostentar no peito: a do amor fraterno, que significa se importar com o outro, em todas as circunstâncias.

com base no cap. O que há de errado, de O manual do orador, do livro Histórias para aquecer o coração dos adolescentes, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen e Kimberly Kirberger, ed. Sextante

TODO...

Olho nos olhos a vida da terra...
sou remetido ao mistério da sua perfeição...

depois reflexiono sobre a existência humana... 
não consigo apartar de mim uma espécie de nojo...

O que poderia ser a existência humana sem a necessidade da maldade, aquela maldade que se tenta justificar com todo o tipo de patologia, até mesmo no seu cúmulo com a evolução natural da espécie alma num processo reencarnatório. 

Que vómito dá pensar na existência do sublime descortinado pelo pensamento daquilo que sou e meus pares. 

Todos infectados como um pus imundo sobre um plano transcendente, cósmico e sagrado.

Algures dentro da capacidade de se manter quieto, de contemplar no humano, reside alguma capacidade para sentir como um sonho o que lhe é impossível de compreender com o cérebro.

É uma capacidade cósmica, transcendente e não inteiramente terrestre, como todas as restantes actividades humanas.

Tudo que a humanidade fará num ciclo perpetuado pela sua incapacidade de se regenerar é extinguir-se após extinção, até que somente despida de tudo, arrancada de tudo que entretanto inventou para se destruir, de todo o tipo de ego, de todo o tipo de maldade, de ambição, de animalidade predatória, possa por fim ascender a um estado de ser vibracionalmente superior. 

Estes são os tempos da escravatura tecnológica, do deus pagão electrónico e de seus súbditos e seguidores, de seus sacerdotes de circuitos adulterados, de vírus em copula infernal contagiando a tudo e a todos.

Frase do dia, positiva que baste; Salve-se quem puder ou seja o primeiro que der um passo, que o resto por ora está todo tomado.

quinta-feira, julho 17, 2014

RESPIRAR... um alimento da alma

respirar demoradamente... compassadamente... profundo..., inteiro.



Inspirar o ar, suas fragrâncias etereas como uma geleia fresca e aromatizada pelas fragrâncias invisíveis dos lugares cósmicos inimagináveis, solitários... cheios da presença inalterada do Todo.

Inspirar contraindo o espaço infinito das presenças, Divinas, de todas as suas Criaturas, para dentro de si mesmo, de seu corpo que dilata ao expandir de dentro para fora, quebrar as barreiras do corpo físico.

Inspirar, inebriar de vida, extasiar celular, vivificar de imortalidade pelo abandono do conhecido rumo a estados íntimos alterados, expandidos por tanto receber, tanto invisível a saborear a alma.

Expirar profundamente, rápida ou demoradamente as fossas deletérias do corpo, empurrar para fora as frustrações, vergonhas, pecados, falhanços, desamores, expurgar o sem uso como uma roupa molhada que se torce para que se enxugue, cravar o ar interno do corpo numa seta que se dispara percorrendo todos os cantos do corpo, e se regurgita como entranhas que se expõem à força desinfectante do sol, expirar como de um verme se libertasse, como um ultimo e defunto suspiro que matasse e fizesse acordar o mundo transcendente, a sua possibilidade ao menos..., que arrepiasse, expirar como um estalar de ossos, de articulações que se soltassem para o acordar do corpo renovado.

respirar, inspirando.... expirando.... como uma refeição bem saboreada, como uma integração de todos os ciclos naturais onde as coisas belas se harmonizam...



respirar..... como quem nasce, morre, renasce e volta a morrer, num trajecto de sonho, num lugar maravilhoso de percepções despertadas... respirar como quem se coloca como alimento no seio de quem deu a vida...  vida espiritual.

respirar como quem ama, como um ato de amor, um testemunho de paixão pela vida... um amor declarado por todas as manifestações naturais de vida.

respirar para o acordar espiritual, tal como um alimento da alma....