quinta-feira, dezembro 14, 2017

terça-feira, novembro 28, 2017

Evangelho (Lc 21,5-11):

Evangelho (Lc 21,5-11): Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a respeito do templo, que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: «Admirais essas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído». 

Mas eles perguntaram: «Mestre, quando será, e qual o sinal de que isso está para acontecer?». Ele respondeu: «Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu!, e ainda: O tempo está próximo. Não andeis atrás dessa gente! Quando ouvirdes falar em guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que essas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim?. E Jesus continuou: «Há de se levantar povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terremotos, fome e pestes em vários lugares; acontecerão coisas pavorosas, e haverá grandes sinais no céu».

quinta-feira, novembro 09, 2017

o amor

Quando propus a teoria da relatividade, muito poucos me entenderam... E o que te vou agora revelar, para que transmitas à humanidade, também chocará o mundo, com sua incompreensão e preconceitos. 

Peço ainda que aguardes todo o tempo necessário, anos, décadas, até que a sociedade tenha avançado o suficiente para aceitar o que te explicarei em seguida. 

Há uma força extremamente poderosa para a qual a ciência até agora não encontrou uma explicação formal. É uma força que inclui e governa todas as outras, existindo por trás de qualquer fenómeno, que opera no universo, e que ainda não foi identificada por nós. 

Esta força universal é o AMOR. 

Quando os cientistas procuravam uma teoria unificada do Universo esqueceram a mais invisível e poderosa de todas as forças. O Amor é Luz, dado que ilumina aquele que dá e o que recebe. 

O Amor é gravidade, porque faz com que as pessoas se sintam atraídas umas pelas outras. 

O Amor é potência, pois multiplica (potencia) o melhor que temos, permitindo assim que a humanidade não se extinga em seu egoísmo cego. 

O Amor revela e desvela. 
Por amor, vivemos e morremos. 
O Amor é Deus e Deus é Amor. 
Esta força tudo explica e dá SENTIDO à vida. 

Esta é a “variável” que temos ignorado por muito tempo, talvez porque o amor provoca medo, sendo o único poder no universo que o homem ainda não aprendeu a dirigir a seu favor. 

Para dar visibilidade ao amor, eu fiz uma substituição simples na minha equação mais famosa: 

Se em vez de E = mc², aceitarmos que a energia para curar o mundo pode ser obtida através do amor multiplicado pela velocidade da luz ao quadrado _ (energia de cura = amor x velocidade da luz ²), chegaremos à conclusão de que: < O AMOR É A FORÇA MAIS PODEROSA QUE EXISTE, PORQUE NÃO TEM LIMITES. > 

Após o fracasso da humanidade no uso e controle das outras forças do universo, que se voltaram contra nós, é urgente que nos alimentemos de outro tipo de energia. «Se queremos que a nossa espécie sobreviva, se quisermos encontrar sentido na vida, se queremos salvar o mundo e todos os seres sensíveis que nele habitam, o amor é a única e a última resposta.» 

Talvez ainda não estejamos preparados para fabricar uma “bomba de amor”_ uma criação suficientemente poderosa para destruir todo o ódio, egoísmo e ganância que assolam o planeta. 
No entanto, cada indivíduo carrega dentro de si um pequeno, mas poderoso gerador de amor, cuja energia aguarda para ser libertada. 

Quando aprendermos a dar e receber esta energia universal, Lieserl querida, provaremos que o amor tudo vence, tudo transcende e tudo pode, porque o amor é a “quintessência da vida”. 

Lamento profundamente não ter sido capaz de expressar mais cedo o que vai dentro do meu coração, que toda a minha vida tem batido silenciosamente por ti. 

Talvez seja tarde demais para pedir desculpa, mas, como o tempo é relativo, preciso dizer-te que te amo e que, graças a ti, obtive a última resposta. 

Teu pai, 
Albert Einstein

terça-feira, outubro 31, 2017

Evangelho (Lc 13,18-21):

Naquele tempo, Jesus dizia: A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? É como um grão de mostarda que alguém pegou e semeou no seu jardim: cresceu, tornou-se um arbusto, e os pássaros do céu foram fazer ninhos nos seus ramos. Jesus disse ainda: Com que mais poderei comparar o Reino de Deus? É como o fermento que uma mulher pegou e escondeu em três porções de farinha, até tudo ficar fermentado.

terça-feira, setembro 05, 2017

Cantando saudades...

É comum nos darmos conta do valor de quem conviveu próximo a nós, quando essa pessoa realiza a sua viagem para o Grande Além.

É como se de repente tudo o que ela representava nos assomasse à memória, numa sucessão de cenas.

É o momento em que temos, ao lado do sentimento de perda física, um misto de arrependimento por não termos usufruído um tanto mais daquela presença.

E, na medida que ouvimos comentários de outros a respeito dos benefícios realizados por aquele que se foi, da influência salutar de sua vida em outras vidas, mais aumenta esse sentimento de quem perdeu alguém muito precioso.

Alguém que nem sabíamos que nos faria tanta falta.

Possivelmente, iremos recordando e repassando uma vez, e mais outra, os momentos vividos ao seu lado, os conselhos recebidos, as histórias ouvidas.

E, ao lado do arrependimento por ter deixado passar tantas oportunidades, uma leve tristeza nos toma a alma.

Uma saudade dolorida se instala.

Talvez sentindo exactamente isso, é que aquele compositor escreveu: Naquela mesa ele sentava sempre e me dizia o que é viver melhor.

Naquela mesa ele contava histórias que hoje na memória eu guardo e sei de cor.

Naquela mesa ele juntava gente e contava contente o que fez de manhã.

E nos seus olhos havia tanto brilho que mais que seu filho eu fiquei seu fã.

E descrevendo a dor da ausência, continua nos versos seguintes:

Eu não sabia que doía tanto uma mesa num canto, uma casa e um jardim.

Sim, todo lugar que olhamos, grita a ausência daquela presença que conferia um toque especial a cada recanto.

A mesa, materialmente falando, é a mesma. No entanto, falta-lhe brilho, porque o amigo, o familiar, o amado não está ali.

A casa, o jardim tudo pode continuar a ser conservado, cuidado. Mas tiveram diminuídos seus valores porque quem os abrilhantava, não mais se faz presente.

É a ausência do riso, da fala, da alegria, da voz.

Conforme o inspirado compositor: Hoje ninguém mais fala do seu bandolim...

Naquela mesa está faltando ele e a saudade dele está doendo em mim.

*   *   *

A saudade é recíproca. Quem fica a sente intensificar a cada dia. E quando pensa que não poderá doer mais, descobre que o peso daquela ausência ficou muito maior.

Por outro lado, os que partem também sentem saudades. Saudades do ninho onde foram felizes, das brincadeiras com os filhos, dos mil nadas do matrimónio, que fazem a grande diferença.

Eles, de certa forma, se ressentem, quando nos visitam, nos abraçam, nos enviam todo o seu amor em vibrações e nós não os percebemos.

Nunca será demais insistirmos em como se faz de importância, nesse mundo de transitoriedades, usufruirmos da companhia dos amores, enquanto estamos a caminho com eles.

Gravar na retina da alma os momentos de felicidade. Os primeiros passos do filho, as alegrias das festas em família, o aconchego do lar.

Pensemos nisso e não percamos essas oportunidades que enchem a alma, hoje. E, amanhã nos servirão para abrandar a imensa saudade das ausências...

com citação de versos da música Naquela mesa, de Sérgio Bittencourt.

segunda-feira, setembro 04, 2017

o cair do muros

Cada uma das actividades humanas é desde sempre marcada por inúmeros preconceitos, marcas regionais, de género, de estatuto social, uma panóplia de manchas nos relacionamentos naturais entre pessoas, que lhes trouxe como que uma roupagem sobre si próprias, uma espécie de uniforme de guerra, interface ou casca, que lhes permitisse comunicar uns com os outros e simultaneamente, de forma o mais segura possível, nivelar e identificar os encontros e as respectivas actividades. 

Este proceder é fonte de praticamente todos os maus entendimentos e desavenças, pois permite actuações falsas, mal-sãs e de-simuladas, além de desentendimentos de toda a ordem.

Nos novos e actuais padrões energéticos de enorme transparência, terão de ser demolidos estes muros obtusos por força maior, ou darão origem a enorme desconforto e sofrimentos a quem neles persistir...

Nos relacionamentos entre as pessoas, nos objectivos de vida e seus gestos diários, a energia avassaladora não abrandará sua pressão pelo contrário, e não mais os velhos padrões serão suportados.

A onda criativa e crescente não permitirá mais escudos de sentimentos. As pessoas terão agora de se purificar, se lavar, antes de se apresentarem socialmente, publicamente.

Quem mais será afectado a opor-se a este processo? - As vidas falsas, não resolvidas.

ser-se um guru do amor, 
não assegura o curso de sobre amar

Deixar os olhos comunicar, 
é olhar de frente as pessoas e as coisas.

Tenho muita pena de quem não é feliz, eu sou não porque o seja mas porque o desejo ser; é uma esperança, uma fé. Isso permite ir até onde não fui, sem sair do lugar.

O mais magnifico; olhar uma pessoa, qualquer pessoa, alguém, no decurso de uma actividade qualquer, e sem receios reflectir.
No final ficar sobre essa pessoa a impressão de a achar tão bonita que se lhe deseja todo bem do mundo.
Se ela sente? - não sei não interessa.

Uma enorme sensibilidade sem abertura de espírito, de compreensão pelos outros, de nada serve. A não ser, para cerrar os cantos da boca, em prantos de solidão, a de quem deixa e a de quem deixou.


quinta-feira, agosto 31, 2017

quarta-feira, agosto 30, 2017

Sete sábios cegos

Numa cidade da Índia viviam sete sábios cegos.

Como seus conselhos eram sempre excelentes, todas as pessoas que tinham problemas os consultavam.

Embora fossem amigos, havia uma certa rivalidade entre eles que, de vez em quando, discutiam sobre o qual seria o mais sábio.

Certa noite, depois de muito conversarem acerca da verdade da vida e não chegarem a um acordo, o sétimo sábio ficou tão aborrecido que resolveu ir morar sozinho numa caverna da montanha. Disse aos companheiros:

- Somos cegos para que possamos ouvir e compreender melhor do que as outras pessoas a verdade da vida. E, em vez de aconselhar os necessitados, vocês ficam aí brigando como se quisessem ganhar uma competição. Não aguento mais! Vou-me embora.

No dia seguinte, chegou à cidade um comerciante montado num elefante imenso. Os cegos jamais haviam tocado nesse animal e correram para a rua ao encontro dele.

O primeiro sábio apalpou a barriga do animal e declarou:
- Trata-se de um ser gigantesco e muito forte! Posso tocar os seus músculos e eles não se movem; parecem paredes...

- Que bobagem! - disse o segundo sábio, tocando na presa do elefante. - Este animal é pontudo como uma lança, uma arma de guerra...

- Ambos se enganam - retrucou o terceiro sábio, que apertava a tromba do elefante. - Este animal é idêntico a uma serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na boca. É uma cobra mansa e macia...

- Vocês estão totalmente alucinados! - gritou o quinto sábio, que mexia as orelhas do elefante. - Este animal não se parece com nenhum outro. Seus movimentos são ondeantes, como se seu corpo fosse uma enorme cortina ambulante...

- Vejam só! - Todos vocês, mas todos mesmos, estão completamente errados! - irritou-se o sexto sábio, tocando a pequena cauda do elefante. - Este animal é como uma rocha com uma cordinha presa no corpo. Posso até me pendurar nele.

E assim ficaram horas debatendo, aos gritos, os seis sábios. Até que o sétimo sábio cego, o que agora habitava a montanha, apareceu conduzido por uma criança.

Ouvindo a discussão, pediu ao menino que desenhasse no chão a figura do elefante. Quando tacteou os contornos do desenho, percebeu que todos os sábios estavam certos e enganados ao mesmo tempo. Agradeceu ao menino e afirmou:

- Assim os homens se comportam diante da verdade. Pegam apenas uma parte, pensam que é o todo, e continuam tolos...!

História do Folclore Hindu

sexta-feira, agosto 04, 2017

fui...

O fim está anunciado desde a data do inicio;

Como uma etérea fagulha de uma fogueira que ao arder se eleva no ar e em derradeiro suspiro brilha de um belo intenso antes de apagar, como irás tu tomar a tua vida?

Neste instante final que tão bem se mistura com o momento original, que vais tu querer ser?

- A flor incandescente que desabrocha para o Universo enquanto se finda?, ou aquele tanto de teimoso, que será fértil adubo do mundo que se regenera, reformula...


quinta-feira, julho 20, 2017

Os anjos

O menino voltou-se para a mãe e perguntou: Os anjos existem mesmo? Eu nunca vi nenhum.

Como ela lhe afirmasse a existência deles, o pequeno disse que iria andar pelas estradas, até encontrar um anjo. É uma boa ideia, falou a mãe. Irei com você. Mas você anda muito devagar, argumentou o garoto. Você tem um pé aleijado. A mãe insistiu que o acompanharia. Afinal, ela podia andar muito mais depressa do que ele pensava.

Lá se foram. O menino saltitando e correndo e a mãe mancando, seguindo atrás.

De repente, uma carruagem apareceu na estrada. Majestosa, puxada por lindos cavalos brancos. Dentro dela, uma dama linda, envolta em veludos e sedas, com plumas brancas nos cabelos escuros. As jóias eram tão brilhantes que pareciam pequenos sóis. Ele correu ao lado da carruagem e perguntou à senhora:

Você é um anjo?

Ela nem respondeu. Resmungou alguma coisa ao cocheiro, que chicoteou os cavalos e a carruagem sumiu na poeira da estrada. Os olhos e a boca do menino ficaram cheios de poeira. Ele esfregou os olhos e tossiu bastante. Então, chegou sua mãe que limpou toda a poeira, com seu avental de algodão azul.

Ela não era um anjo, não é, mamãe?
Com certeza, não. Mas um dia poderá se tornar um, respondeu a mãe.

Mais adiante uma jovem belíssima, em um vestido branco, encontrou o menino. Seus olhos eram estrelas azuis e ele lhe perguntou: Você é um anjo?

Ela ergueu o pequeno em seus braços e falou feliz: Uma pessoa me disse ontem à noite que eu era um anjo. Enquanto acariciava o menino e o beijava, ela viu seu namorado chegando. Mais do que depressa, colocou o garoto no chão. Tudo foi tão rápido que ele não conseguiu se firmar bem nos pés e caiu. Olhe como você sujou meu vestido branco, seu monstrinho! Disse ela, enquanto corria ao encontro do seu amado. O menino ficou no chão, chorando, até que chegou sua mãe e lhe enxugou as lágrimas com seu avental de algodão azul. Aquela moça, certamente, não era um anjo. O garoto abraçou o pescoço da mãe e disse estar cansado.

Você me carrega?

É claro, disse a mãe. Foi para isso que eu vim. Com o precioso fardo nos braços, a mãe foi mancando pelo caminho, cantando a música que ele mais gostava. Então o menino a abraçou com força e lhe perguntou: Mãe, você não é um anjo? A mãe sorriu e falou mansinho: Imagine, nenhum anjo usaria um avental de algodão azul como o meu.

*   *   *

Anjos são todos os que na Terra se tornam guardiães dos seus amores. São mães, pais, filhos, irmãos que renunciam a si próprios, a suas vidas em benefício dos que amam. As mães, sobretudo, prosseguem a se doar e velar por seus filhos, mesmo além da fronteira da morte, transformando-se em Espíritos protectores daqueles que na Terra ficaram, como pedaços de seu próprio coração.

com base no cap. sobre anjos, de O livro das virtudes, v. 2, de William J. Bennett, ed. Nova Fronteira.

quinta-feira, julho 13, 2017

Claro como a água

Ligado desde jovem por irresistível interesse e atracão, sempre me interessaram imenso as terapias de cura, de ajuda, de promoção do meu semelhante. Por essas guias filantrópicas e fraternas, sempre me guiei, e nos dias de hoje até virou um modismo este pensamento, o que não considero necessáriamente negativo, muito pelo contrário. No entanto devo partilhar o que para mim, sempre foi o pilar central de minha actuação, e atrevo-me mesmo a considerar uma regra ou recomendação universal. 

Evangelho (Mt 10,7-15): Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «No vosso caminho, proclamai: O Reino dos Céus está próximo. Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expulsai demónios. De graça recebestes, de graça deveis dar! Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro à cintura; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, pois o trabalhador tem direito a seu sustento. Em qualquer cidade ou povoado em que entrardes, procurai saber quem ali é digno e permanecei com ele até a vossa partida. Ao entrardes na casa, saudai-a: se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber, nem escutar vossas palavras, saí daquela casa ou daquela cidade e sacudi a poeira dos vossos pés. Em verdade, vos digo: no dia do juízo, a terra de Sodoma e Gomorra receberá uma sentença menos dura do que aquela cidade».


quinta-feira, junho 08, 2017

Yesua

Sobre as dúvidas de a cada instante estar mais fácil; Yesua conhecia o Pai integralmente, para dar de seu testemunho foi selvaticamente e cobardemente assassinado por nossos antepassados em Jerusalém. Seus directos discípulos conheceram o Senhor em vida, e por seus ensinamentos um pouco por todo mundo, perseguidos foram selvaticamente assassinados. Comparativamente tu hoje, não conheces a nenhum Humano dessa estirpe mas, tu próprio tens um ambiente propício a adorares e transformares a tua vida, como nenhum deles anterior a ti teve, e para que isso aconteça, nem és perseguido nem tens que dar a vida,... apenas que ser feliz ❤️

sexta-feira, maio 19, 2017

terça-feira, maio 09, 2017

Ando devagar porque já tive pressa

Ando devagar porque já tive pressa... Pressa de ter tantas coisas, de chegar a tantos lugares, pressa do ter, do parecer.

Mas hoje ando a passo lento, pois já entendo que a vida é uma busca de si mesmo, do ser: ser melhor, ser amável, ser amigo, ser sensível, ser compassivo, ser caridoso...

Hoje compreendo que é preciso paz para poder sorrir, pois o sorriso verdadeiro, a felicidade autêntica, vem da paz de espírito, a paz de consciência, de quem segue o caminho do bem a todo custo.

Entendo também que as chuvas são bem-vindas, e que sem elas não há floradas, pois é preciso chuva para florir.

A dor nos esculpe a alma, quando bem entendida, quando bem absorvida nos passos diários da lida.

Ando devagar porque já tive pressa... Pressa do sucesso a qualquer custo, pressa de ser popular, de ser o primeiro, de agradar a todos...

Mas hoje ando tranquilo, percebendo mais as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs, absorvendo a vida em toda sua plenitude.

O viver pode ser o mesmo, as circunstâncias podem permanecer inalteradas, mas minhas lentes são outras. Enxergo tudo de outra forma.

E o mais importante de tudo: descobri que para cumprir a vida, para cumprir meu papel, minha missão aqui, preciso compreender minha própria marcha.

Sêneca, antigo sábio, afirmou que nenhum vento é a favor para quem não sabe para onde ir. Então, compreender a marcha é fundamental. Precisamos saber para onde estamos indo, precisamos saber o que é nossa marcha, nossa vida.

Só então posso ir tocando em frente, com simplicidade e devoção, com alegria e coração.

Pois todos temos talento, todos carregamos o dom de ser capaz e ser feliz.

A felicidade não é para poucos, não, é para todos. E cada um a vai encontrando no seu tempo, no seu momento, da sua forma.

Ando devagar porque já tive pressa... Pressa de partir, já quis desistir de tudo, em alguns momentos, mas hoje ando como que em câmera lenta, com a coragem de quem quer ficar e ver tudo até o fim.

Carrego esse sorriso porque já chorei demais, mas isso não quer dizer que não voltarei a derramar alguma gota dos olhos. Significa apenas que os sorrisos serão a regra. A lágrima, exceção.

Ando devagar no passo curto dos meus filhos, pois se resolver andar acelerado, os deixarei para trás.

Ando devagar para perceber o sabiá cantador, pois se torno minha vida uma bomba-relógio, passo a não perceber a vida que passa ao largo de meus passos, e assim, os sabiás passam a não existir mais.

Ando devagar para ainda conseguir olhar onde piso, e não esmagar nada, nem ninguém com minha desatenção ou deselegância.

Ando devagar para pensar um tanto mais antes de agir, para escolher as palavras certas, para digerir uma ideia nova, para escolher um caminho, para silenciar a mim mesmo por alguns instantes.

Ando devagar... porque já tive pressa.

*   *   *

A vida é especialmente rica para que se passe por ela, às pressas, sem atentar para os detalhes.

O mundo é pleno de belezas para que se o percorra aos saltos, sem nos determos a descobrir as belezas das flores, o segredo das matas, o encanto das fontes.

Pensemos nisso!

quarta-feira, abril 19, 2017

Evangelho (Lc 24,13-35):

Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos iam para um povoado, chamado Emaús, a uns dez quilómetros de Jerusalém. Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. Os seus olhos, porém, estavam como vendados, incapazes de reconhecê-lo. 

Então Jesus perguntou: «O que andais conversando pelo caminho?». Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: «És tu o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes dias?». Ele perguntou: «Que foi?». Eles responderam: «O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e diante de todo o povo. Os sumos sacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele quem libertaria Israel; mas, com tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos assustaram. Elas foram de madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que ele está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém viu». Então ele lhes disse: «Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram!. Não era necessário que o Cristo sofresse tudo isso para entrar na sua glória?». E, começando por Moisés e passando por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, as passagens que se referiam a ele. 

Quando chegaram perto do povoado para onde iam, ele fez de conta que ia adiante. Eles, porém, insistiram: «Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!». Ele entrou para ficar com eles. Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles. 

Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles. Então um disse ao outro: «Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?». Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros discípulos. E estes confirmaram: «Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!». Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como o tinham reconhecido ao partir o pão.

quarta-feira, março 08, 2017

AS CHAVES DA ASCENSÃO ESPIRITUAL

Mensagem do Mestre Sananda. 
Abril de 2009 

Envio o meu mais profundo afecto a todos os que buscam a conexão e expansão do seu Ser Espiritual. 

Hoje procurarei explicar-vos as principais chaves da ascensão espiritual, pois existe muita confusão e ambiguidade a esse respeito. É necessário compreender o significado real e a finalidade da ascensão espiritual, para saber por onde seguir, estabelecer uma metodologia adequada e desenvolver a perseverança e inspiração para obter êxito no processo. 

A ascensão espiritual é um estado de transformação interior mediante a qual somos conscientes da diferença que existe entre o nosso Ser Divino e as expressões físicas densas ou subtis da energia cósmica (os nossos corpos materiais e subtis e os seus diferentes fenómenos e características particulares). 

No momento actual, os seres humanos existem em dois planos que coexistem simultaneamente: o plano físico ou material e os planos espirituais. A ascensão espiritual, ao contrário do que frequentemente se afirma, não está relacionada com a transubstanciação (subtilização) da matéria, embora este fenómeno seja uma consequência do processo de ascensão. 

Há muitas pessoas associadas à ideia da Nova Era que pensam que: 

1. A ascensão espiritual se fará pela passagem do corpo físico para uma dimensão superior. Apesar de este fenómeno poder ocorrer (eu fui um exemplo vivo disso), ele não é nem a essência nem a finalidade do processo. 

2. Outras pessoas acreditam que a ascensão espiritual consiste em habitar dimensões superiores para experimentar e desfrutar a vida desses planos. De igual forma, isto também é uma consequência da expansão e depuração da consciência, mas não a sua natureza ou objectivo. 

A ascensão espiritual está associada com a transformação e expansão da consciência e a sua conexão com a Presença Divina (Eu Superior, Mónada, Espírito) e com Deus (a Consciência Logóica). 

Isto implica que certos valores e atitudes deverão ser assumidos permanentemente na vida e não apenas em algumas circunstâncias ou momentos específicos. 

Para os seres de evolução superior não existe qualquer diferença entre os momentos de introspecção ou conexão com o plano do Ser e a Fonte Divina e as suas actividades diárias porque vivem num estado de conexão plena e constante. Mas, essa dicotomia existencial acontece ainda com os humanos encarnados pois flutuam permanentemente entre polaridades e não se encontram alinhados com a Fonte Divina. 

Os seres que vivem nas dimensões superiores conquistaram esses níveis de evolução através do seu esforço pessoal, integridade e conhecimento da dinâmica da evolução cósmica. 

Muitos de vós ainda associam ascensão espiritual com melhores condições de vida e existência materiais. Isto, amados irmãos do cosmo, é uma forma de compreensão distorcida que nada tem a ver com a realidade. Evidentemente, quando se vibra em sinergia e sintonia com o plano cósmico da evolução e com o Criador Infinito, as condições existenciais são optimizadas e existe uma sensação de harmonia, paz e bem-aventurança interior inexplicáveis. 

Neste momento da vossa evolução é importante que compreendam que a finalidade da ascensão espiritual consiste em instalar nas vossas vidas os paradigmas aquarianos onde predominam o espírito fraternal e solidário para com todas as formas de vida e a abdicação dos interesses e conveniências pessoais. O serviço fraternal e desinteressado sem expectativas de nenhum tipo é a tónica dominante que direcciona e fundamenta a existência dos seres que vibram a este nível. Todavia, muitos ainda não compreenderam que tudo o que pensam e sentem afecta a sua sensibilidade e consciência espiritual. As vossas acções não correspondem aos paradigmas que a Hierarquia Cósmica já vos transmitiu. Existe uma incongruência entre o que decidem, fazem e pensam, pois continuam alimentados pela ilusão (centrar a vida na materialidade e no egocentrismo) que o vosso ego utiliza com frequência. 

A Hierarquia Espiritual deseja ajudar-vos, mas não devem pensar que conseguirão alcançar a ascensão espiritual sem reunir os pré-requisitos necessários. A magnanimidade e a possibilidade de vos conceder dispensações especiais estão presentes em Nós, mas se não cumprirem esses pré-requisitos, será a própria dinâmica evolutiva (karma) a impedir-vos de ascender. 

Se falo nesses termos é para que estejam conscientes da importância do tema e para que sejam honestos e sinceros consigo mesmos. É importante não se deixarem cair na ilusão, nem se deixarem iludir por falsas propostas espirituais (aparentemente inspiradoras), mas que não nada tem a ver com a realidade, pois limitam-se a estimular (de forma muitas vezes disfarçada e sedutora) o ego e a complacência para com o erro. 

Uma vez mais vos digo que, nos tempos presentes e para testar a vossa integridade espiritual, “A Obscuridade Disfarça-se de Luz”. Os meios e estratégias utilizados pelos seres da sombra são múltiplos, diversos, inteligentes e sedutores. Assim, estejam permanentemente alerta e sejam perseverantes no desejo de melhorar e renovar plenamente as estruturas dissonantes da vossa evolução que ferem e bloqueiam a vossa sensibilidade espiritual. 

Assim, enumerarei agora as chaves fundamentais da ascensão espiritual para os que estão realmente interessados em formar parte do novo colectivo aquariano e colaborar com a implantação dos paradigmas de Aquário. 

1ª Chave: aprender a discernir a informação real da fraudulenta, mesmo que esta pareça sedutora e interessante. A falsa informação não estimula a transformação interior, a consciência da compaixão e o assumir de responsabilidade pessoal pelos actos ou falhas próprias, procurando encorajar (disfarçadamente) o comodismo, o auto-elogio, o amor-próprio, a vaidade e orgulho pessoais. 

2ª Chave: compreender claramente que devem modificar os maus hábitos que afectam o corpo físico, emocional e mental. A dieta é um factor extremamente importante porque o que ingerem tem uma determinada frequência vibratória e energética que influenciará os corpos inferiores. O consumo de carnes, pescados e outras substâncias tóxicas (álcool, tabaco, café, drogas, etc.) são muito nocivos para a saúde e estimulam a agressividade. Quando consomem estes alimentos e substâncias, transgridem a lei cósmica da evolução por não respeitarem a vida dos outros seres vivos que evoluem na Terra, vossos irmãos menores que devem amar e proteger. Se não compreenderem este conceito, dificilmente poderão entender e integrar conceitos de índole superior. Há um amplo grupo de seres supostamente ligados à Luz que não estão conscientes da importância de uma dieta livre de violência e que seja o mais pura e simples possível. 

3ª Chave: utilizar metodologia adequada e diária (práticas espirituais diversas) para desenvolver a renovação interior e a expansão da consciência e sensibilidade espiritual. Não devem ser preguiçosos ou complacentes e investir neste processo o mínimo de tempo possível. Os resultados serão proporcionais ao tempo investido no trabalho interior. Aqueles que mais compromisso pessoal e tempo dedicam são os que alcançam maiores níveis de crescimento pessoal. É importante que, com o tempo, incorporem nos vossos hábitos e práticas o “Factor Qualidade”, porque é normal instalar-se a inércia nas práticas diárias. Para isto, é necessário que compreendam que o compromisso que assumiram é com vós mesmos. Nem a Hierarquia Espiritual nem o Criador Infinito recebem qualquer benefício deste facto, porque Eles já vibram na tessitura da luz infinita e primordial que tudo impregna de amor, beleza e harmonia. 

4ª Chave: estar disposto a despojar-se de tudo o que constitua um lastro e obstáculo para a evolução espiritual e aceitar o que contribua para a estimular, sem que isso seja sentido como um desagradável incómodo, pois é parte inevitável do processo de depuração e crescimento interiores. As crises, os desafios e a adopção e integração de hábitos, práticas e paradigmas espirituais que estimulam a conexão com o Eu Superior e com o Divino deve ser a finalidade central do vosso trabalho interior. 

5ª Chave: não se iludir. É necessário permanecer num estado de alerta constante porque o ego utiliza múltiplas estratégias para vos convencer de que os erros e a complacência não são graves nem importantes. Um dos sintomas da ilusão revela-se na ausência temporária de crises e convulsões internas que levam (erradamente) a pensar que os padrões discordantes que mais desagradam e magoam já estão resolvidos. Não se iludir é sinónimo de ser-se íntegro e sincero consigo mesmo, saber discernir se se progride na direcção adequada e não compactuar com as zonas obscuras do ego nem com aqueles ou aquilo que as estimulam. 

6ª Chave: aprender a seleccionar as pessoas com quem se relacionam. Infelizmente, nem todos os trabalhadores de luz vibram realmente na Luz, na frequência adequada, nem a sua conduta e carácter são harmónicos. Se realmente desejam progredir espiritualmente devem buscar e conviver com os que se encontram num nível de evolução superior, cuja conduta e carácter sejam virtuosos e um exemplo para os demais. Seres que continuamente auto-evoluem e se renovam, sem pactuar com o ego, nem com dinâmicas e práticas fraudulentas, por muitas sugestivas e agradáveis que possam parecer. Neles não existe dicotomia entre o que dizem, pensam ou fazem, porque estão alinhados e vibram em sintonia e sinergia com os paradigmas aquarianos. Não fazem concessões evolutivas de nenhum tipo e estão sempre dispostos a honrar e amar a verdade. 

7ª Chave: compreender que nem tudo o que parece luminoso tem origem no Divino. As forças da sombra observam e atacam permanentemente e os fracos e imprudentes são presas fáceis dos seus hábeis estratagemas disfarçados de luz, harmonia e amor. A vossa perspectiva e integridade deve ser tal que possam discernir entre a ficção e a realidade, a luz e a obscuridade, sendo capazes de ver além das aparências. Nos tempos actuais, a polaridade negativa criou uma grande variedade de formatos e esquemas de sedução e ilusão para enganar os que carecem de visão, discernimento e integridade espiritual. Assim, pois, é importante que permaneçam em alerta e vigilância constantes e que sejam completamente sinceros e honestos, ferramentas vitais para singrar com êxito a senda da ascensão espiritual. 

8ª Chave: desenvolver a humildade e simplicidade de propósitos. No vosso nível de evolução ninguém é imune à vaidade, lisonja, orgulho e amor-próprio, erros que afectam e cegam a maioria dos trabalhadores da Luz. Devem ser implacáveis e perseverantes na expulsão de qualquer vestígio de soberba porque esse é um vírus cancerígeno que produz disfunções dolorosas e destrutivas no vosso desenvolvimento espiritual. Só os tranquilos e humildes podem captar a atenção do Criador Infinito ao compreenderem que são meros instrumentos e manifestações do seu poder criativo, desenhados para colaborar em sinergia e sintonia com o plano cósmico da evolução. 

9ª Chave: desvincular-se de tudo o que promove a exploração, especulação e manipulação do ser humano e dos recursos energéticos do planeta. Quanto mais alinhados estão com os paradigmas aquarianos e com a vossa Presença Divina, mais simplificarão a vossa vida e menos necessidades materiais sentirão. O consumismo infringe as leis da vida e da evolução, pois fundamenta-se na exploração dos semelhantes, de outras formas de vida e dos recursos energéticos do planeta. O consumismo conduz à especulação, da especulação à fraude e da fraude à violência e frustração – estados que afectam os vossos corpos inferiores e paralisam a vossa sensibilidade espiritual. Por isso, é imperativo que abandonem estas dinâmicas discordantes com a vida superior. 

10ª Chave: promover o respeito para com todos os seres humanos e desenvolver uma atitude conciliadora, onde a colaboração fraternal e solidária seja a base da interacção com os semelhantes. No planeta, cada um está onde deve estar, mas num mundo onde se instalam os códigos e paradigmas da ascensão aquarianas, a convergência e diálogo entre todos será uma realidade. As diferenças devem afastar-se quando existe uma finalidade comum e, por isso, é imperativo que se instalem e activem os arquétipos aquarianos para que o consenso, o respeito, o amor, a harmonia e a paz imperem na vida da Terra. Só assim poderão honrar o estatuto de “Trabalhadores da Luz” – o único que vos permitirá transmitir amor, paz e harmonia a todos aqueles que convosco se relacionam – só assim a Luz Divina resplandecerá e nutrirá o vosso coração e Presença Divina. 

Amados irmãos do Cosmos, uma vez mais repito que o mais intenso e sincero desejo da Hierarquia Espiritual do Universo é que o vosso planeta Terra e o colectivo humano cruzem o umbral evolutivo que conduz à nova civilização aquariana. 

Só assim atingirão a Felicidade permanente e a plenitude, o amor e a paz reinarão na Terra e no coração dos seres humanos. 

quarta-feira, fevereiro 08, 2017

Evangelho (Mc 7,14-23)

Chamando outra vez a multidão, dizia: «Escutai-me, vós todos, e compreendei! Nada que, de fora, entra na pessoa pode torná-la impura. O que sai da pessoa é que a torna impura». 

Quando Jesus entrou em casa, longe da multidão, os discípulos lhe faziam perguntas sobre essa parábola. Ele lhes disse: «Também vós não entendeis? Não compreendeis que nada que de fora entra na pessoa a torna impura, porque não entra em seu coração, mas em seu estômago, e vai para a fossa?». Assim, ele declarava puro todo alimento. E acrescentou: «O que sai da pessoa é que a torna impura. Pois é de dentro, do coração humano, que saem as más intenções: imoralidade sexual, roubos, homicídios, adultérios, ambições desmedidas, perversidades; fraude, devassidão, inveja, calúnia, orgulho e insensatez. Todas essas coisas saem de dentro, e são elas que tornam alguém impuro».

domingo, janeiro 29, 2017

ARMAGEDDON

EU SOU Sanat Kumara. Om. 

Hoje decidi trazer à vossa consciência certas coisas que não são muito agradáveis. Pensei longamente sobre isso e cheguei à conclusão de que isso será importante para vos ajudar a fazer as vossas escolhas de uma forma mais consciente. O tempo em que viveis pode ser caracterizado pelo termo "guerra espiritual” - uma batalha feroz entre a Luz e a escuridão. 
Apesar de vos poder parecer que o céu está pacífico e que não existe devastação nas vossas proximidades, Amados, muitos de vocês têm um entendimento errado e muito limitado sobre a batalha que está a ocorrer. 
Esta batalha pode manifestar-se no plano físico sob a forma de guerra, explosões, bombardeamentos ou ataques de artilharia. 
No entanto, a batalha que está a decorrer pela conquista das vossas almas é muito mais assustadora. Esta é a batalha que está em pleno andamento agora. 
Talvez alguns de vocês não estejam conscientes desta batalha. Aquilo que vos preocupa é tentarem proteger-se daquilo que vos parece pior - uma guerra convencional ou actos de terrorismo semelhantes aos que decorrem em tantos cantos do mundo. 
Não, Amados. Esta guerra, esta batalha que agora se trava é muito mais perigosa porque vocês nem sequer se apercebem que se encontram no meio dela e que o seu alvo é a conquista das vossas almas para as trevas ou para a Luz. 
Permitam-me aqui desviar-me brevemente do tópico para que possam compreender melhor como as forças da Luz funcionam e como as forças opostas operam. 
Vocês sabem que no início deste século fizemos uma tentativa de trazer o Nosso Ensinamento para a Rússia sob a forma de Mensagens. Dissemos muitas vezes que esta é uma oportunidade absolutamente sem precedentes e uma grande misericórdia dos Céus. Repetimos uma e outra vez que cada Mensagem é acompanhada por um enorme dispêndio da energia Divina. E assim é, Amados. Por que terão os Céus feito tais esforços? Terão sido justificados? 
Só agora vos posso dizer parte da verdade sobre o propósito para o qual o Ensinamento foi dado. Nós estávamos a preparar o Nosso Mensageiro a um ritmo acelerado. Regozijávamo-nos com o facto de tudo aparentemente estar a correr bem. O navio estava pronto para transmitir a energia da Luz. Começamos a libertar a Ensinamento e a libertar a Luz que o acompanha. 

A transmissão do Ensinamento durou mais de 10 anos. 
Como disse, só agora estou pronto para vos trazer parte da verdade acerca das razões que levaram a que estas transmissões fossem tão necessárias. Cada vez que um ciclo cósmico chega ao fim, chega o momento em que as almas devem fazer uma escolha. Em função dessa escolha, elas continuarão a sua evolução num novo nível evolutivo, ou perderão as suas realizações e continuarão sua evolução num nível muito mais baixo, ou a evolução terminará completamente e os anjos da morte farão a sua colheita. É por isso que no final de cada ciclo cósmico a humanidade tem a oportunidade de receber o Ensinamento de uma forma renovada que permitirá às almas ter os pontos de orientação apropriados e manter a capacidade de continuar a evolução. Começamos a nossa missão na Rússia. Este país foi seleccionado de propósito, pois exactamente no tempo presente, as melhores almas que haviam sido especialmente seleccionadas para esta missão aí encarnaram. 
Várias centenas de almas se ofereceram voluntariamente para salvar milhões de almas não só na Rússia, mas em todo o globo. 

Começamos a nossa missão na Rússia. Uma quantidade tremenda de Luz foi libertada. No entanto, algo que não tínhamos planeado aconteceu: o corpo da Rússia rejeitou o nosso Mensageiro. O Nosso Mensageiro teve que deixar o território russo. Esperamos por mais quatro anos com a esperança de que os portadores de Luz viessem a seus sentidos e pudessem trabalhar juntos e mudar a situação. 

No entanto, isso não aconteceu. 
Como sabem, a natureza abomina o vácuo. Assim que as Nossas energias deixaram de iluminar o território da Rússia, as forças opostas inundaram-no como um poderoso fluxo de lama. As forças escuras apoderaram-se directamente do país. Este foi o resultado da escolha feita pela parte mais consciente da sociedade, pelos portadores de Luz que escolheram não cumprir a sua missão. Os portadores de Luz retiraram-se sob um pretexto ou outro, desde a traição directa até a inactividade silenciosa. O corpo da Rússia foi tomado pelas forças que se nos opõem. Amados, a guerra está em pleno andamento. É a guerra espiritual com o final mais doloroso. As almas das pessoas são mortas usando os meios mais insidiosos. 
Os jovens são o alvo especialmente preferido. Eles são o foco das tecnologias que atingem a alma e não permitem que ela continue a sua evolução espiritual.

Desde os jogos de computador, a música destrutiva, as drogas, os falsos ideais morais, a instigação dos desejos e a motivação permanente dos jovens para cumprir esses desejos por qualquer meio, sem parar em nada - até mesmo o assassinato. O nível de vibrações do espaço circundante fica reduzido a tal ponto que as Nossas energias não são mais capazes de penetrar no espaço de qualquer grande cidade. Sem a Nossa ajuda, as pessoas ficaram completamente desamparadas contra a traição das forças opostas. 
Podem agora compreender o ponto essencial que Nos levou a trazer-vos as Nossas Mensagens. Nós esforçamo-nos para tentar retornar as vossas almas ao caminho evolutivo do desenvolvimento. Esse caminho é impossível sem Deus. Deus não vive num templo ou igreja. Deus reside no coração das pessoas. 

Quando a maioria crítica de pessoas rejeita o Divino, então toda a sociedade se torna cativa das forças opostas…e o Caminho fecha-se. Todos os dias, a chama morre nos altares de mais e mais novas igrejas, templos e mesquitas. Todos os dias, centenas de milhares de pessoas perdem as chamas queimadas nos altares de seus corações. Todos os dias, centenas de milhares de pessoas ficam privadas da oportunidade de continuarem a evolução. Esse é o resultado da vossa escolha colectiva. Este é o resultado de recusarem o Divino e a Sua orientação. É triste ouvir isso. No entanto, é ainda mais lamentável trazer esta triste verdade para a vossa consciência - o mundo inteiro move-se inexoravelmente em direcção à morte da alma. 

"Não só a Rússia, mas o mundo inteiro." Esta profecia foi anunciada no início deste milénio e está-se a tornar uma realidade diante dos vossos olhos. 

Nada menos do que a perfeição Divina pode entrar no próximo estágio do desenvolvimento evolutivo. Um grande ciclo cósmico está a chegar ao fim. Tudo o que não estiver em sintonia com o Divino estará sujeito à destruição. Para testar o estado das almas, Deus permite a intervenção maciça das forças opostas. O seu trabalho é higienizar o planeta do lixo que a humanidade criou. 

EU SOU Sanat Kumara. Om. 

terça-feira, janeiro 10, 2017

A sabedoria do bem

Quando, na Antiguidade, alguém queria matar um urso, pendurava uma pesada tora de madeira em cima de uma vasilha com mel. O urso empurrava a tora com força, a fim de afastá-la do mel. A tora voltava e o atingia. O urso ficava irritado, feroz, e empurrava a tora com mais força ainda, e esta o atingia por sua vez com muito mais força. Isso continuava até o urso ser morto.

Se nos fixarmos neste fato, numa reflexão rápida e despretensiosa, poderíamos afirmar que fazemos o mesmo quando pagamos o mal com o mal que recebemos dos outros. Pensamos então: Será que nós, seres humanos, não podemos ser mais sábios do que os ursos?

Empurramos a tora cada vez com mais força, mesmo sabendo que ela irá retornar e nos ferir! As leis de Deus - em especial a lei de causa e efeito – é muito precisa ao nos revelar esta sua característica. Todas nossas ações são causas que irão gerar uma consequência no mundo. Quando retribuímos, com voz alterada e raivosa, uma palavra agressiva que nos fere o íntimo, estamos apenas empurrando a tora, e esquecendo o mel. Nesta analogia, o mel seria o entendimento com o outro, a felicidade, a paz que tanto desejamos. Só que, comummente, nos entretemos tanto com os empurrões da tora, que acabamos deixando o mel, a felicidade, esquecida num canto.

O objectivo do urso nunca será empurrar a tora. Sua meta é o mel, o alimento. A tora é um obstáculo a contornar, um desafio apenas. Se o animal pudesse raciocinar como o ser humano, nessa situação em particular, certamente pensaria numa forma de cortar a corda que sustenta a tora, ou num jeito de retirar o pote de mel debaixo dela.

Esta é a sabedoria do bem. Procurar outra alternativa que não a de retribuir o mal com o mal. A sabedoria do bem proporciona, ao recebermos palavras amargas, uma pequena reflexão antes da reacção iminente. A sabedoria do bem busca compreender o momento do outro, a dor do outro, a angústia e infelicidades íntimas que o moveram a soltar pela boca o veneno que guarda na alma. A sabedoria do bem nunca é conivente com o mal, e nem mesmo tolerante com ele. É, sim, compreensiva com o outro ser. Tolerante, indulgente com seu irmão. A sabedoria do bem requisita criatividade, para que consigamos abrir a mente e pensar em outras soluções para resolver nossos problemas, que não a vingança. A vingança será sempre a acção mais reactiva, menos pensada, e que trará, sem dúvida alguma, a tora de volta para nos machucar tantas e tantas vezes. A sabedoria do bem requisita amor. Amor pela vida, pelo Criador, sabendo que nenhum desastre, nenhum mal nos alcança sem razão.

Só quem ama o Criador confia em seus desígnios, confia que tudo acontece para nosso bem e, dessa forma, não cultiva ódio por seus opositores na Terra, apenas compaixão. Só a sabedoria do bem consegue eliminar os círculos viciosos nos quais nos aprisionamos ao longo dos milénios. Só a sabedoria do bem em acção irá expulsar deste mundo a guerra, o ódio e a violência.

O verdadeiro ensinamento do amor é forte: ele mata o mal antes que o mal possa crescer e tornar-se poderoso.

Com base em trechos do livro Pensamentos para uma vida feliz,de Léon Tolstói, ed. Prestígio.