quarta-feira, maio 26, 2010

Abrindo os olhos

Quando não há nada mais a ser dito, silencia.

Quando não há mais nada a ser feito,

permite apenas ser, apenas estar,

e fica na companhia do teu coração e este indicará o momento apropriado para agires.

Quando a lentidão dos dias acomodar tua vontade, enlaçando-te com os nós

da intranqüilidade, descansa

e refaz tua energia.

Não há pressa, a prioridade é que encontres novamente a tua essência para que tenhas presente em ti a alegria de ser e estar.

Quando o vazio instalar-se em teu peito,

dando-te a sensação de angústia e esgotamento, repara tua atenção e

encontra em ti mesmo a compreensão

para este estado.

É necessário descobrirmo-nos em tais estados, para que estes não se transformem no desconhecido, no incontrolável.

Tudo pode ser mudado,

existe sempre uma nova escolha para

qualquer opção errada que tenhas feito.

Quando ouvires do teu coração que não há nenhuma necessidade em te preocupares

com a vida, saibas que ele apenas quer que compreendas que nada é tão sério a ponto de te perderes para sempre da tua divindade, ficando condenado a não ver mais a luz que é tua por natureza.

Não te preocupes; se estiveres atento a ti mesmo verás que a sabedoria milenar está contigo, conduzindo-te momento a momento àquilo que realmente

necessitas viver.

Confia e vai em teu caminho de paz.

Nada é mais gratificante que ver alguém emergir da escuridão apenas por haver acreditado na existência da luz.

Ela sempre esteve presente...

Era só abrir os olhos.

quarta-feira, maio 19, 2010

Necessidade da meditação‏

A meditação é recurso valioso para uma existência sadia e tranquila.

Você medita?

Caso sua resposta tenha sido não, é sempre tempo de começar. Através dela o homem adquire o conhecimento de si mesmo, penetrando na sua realidade íntima e descobrindo recursos que nele dormem inexplorados.

Meditar significa reunir os fragmentos da emoção num todo harmonioso que elimina as fobias e ansiedades, liberando os sentimentos que aprisionam o indivíduo, impossibilitando-lhe o avanço para o progresso. As pressões e excitações do mundo agitado e competitivo, bem como as insatisfações e rebeldias íntimas, geram um campo de conflito na personalidade. Esse campo de conflito termina por enfermar o indivíduo que se sente desajustado.

A meditação propõe a terapia de refazimento, conduzindo-o aos valores realmente legítimos pelos quais deve lutar. Não se faz necessária uma alienação da sociedade. Tampouco a busca de fórmulas ou de práticas místicas ou a imposição de novos hábitos em substituição dos anteriores. Algumas instruções singelas são úteis para quem deseje renovar as energias, reoxigenar as células da alma e revigorar as disposições optimistas.

A respiração calma e profunda, em ritmo tranquilo, é factor essencial para o exercício da meditação. Logo após, o relaxamento dos músculos, eliminando os pontos de tensão nos espaços físicos e mentais, mediante a expulsão da ansiedade e da falta de confiança. Em seguida, manter-se sereno, imóvel quanto possível, fixando a mente em algo belo, superior e dinâmico. Algo como o ideal de felicidade, além dos limites e das impressões objectivas.

Esse esforço torna-se uma valiosa tentativa de compreender a vida, descobrir o significado da existência, da natureza humana e da própria mente. Por esse processo, há uma identificação entre a criatura e o Criador, compreendendo-se, então, quem somos, por que e para que se vive. Esse momento não deve ser interrogação do intelecto. É de silêncio.

Não se trata de fugir da realidade objectiva mas de superá-la.

Não se persegue um alvo à frente. Antes, se harmoniza o todo.

O indivíduo, na sua totalidade, medita, realiza-se, libera-se da matéria, penetrando na faixa do mundo extrafísico.

* * *

Crie o hábito da meditação, após as fadigas.

Reserve alguns minutos ao dia para a meditação, para a paz que renova para outras lutas. Terminado o seu refazimento, ore e agradeça a Deus a bênção da vida, permanecendo disposto para a conquista dos degraus de ascensão que deve galgar com optimismo e vigor.

Com base no Cap. 16 do livro Alegria de viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

terça-feira, maio 18, 2010

Arrojo

É um arrojo... um arrojo retirar das paredes da tua alma todos os enfeites.


É um arrojo, despir o que torna insuportável a tua nudez .


É um arrojo mergulhar nesse abismo e depois esbarrar em sólidas paredes... feitas de carne, de osso... e sangue...


Afinal não é muito mais suportável o labirinto das futilidades?
Não escondem no seu ruído brilhante e cinzento, a dores legitimas de um coração aprisionado?
Quem não deseja as paredes de sua prisão decoradas e enfeitadas, como se em cada um desses enfeites encontra-se, um sentido para o próprio esquecimento.


Afinal, quem deseja ter como decoração de seus muros, um  singular traço de cimento?


Um arrojo pensar que se não tem muros...


Arrojo fazer deles companheiros de viagem...
até ao dia ou à noite em que como um suspiro,
um balão de luz irrompa súbito e estoure...
no que o entendimento chama de entrega total.

quarta-feira, maio 12, 2010

Levar o amor

Que eu leve o amor... A mim, em primeiro lugar.
 
Que eu leve o amor para dentro de mim e que todo auto-ódio

se converta em chance, em nova chance.

 
Que eu me dê novas chances... De amar de novo,

de acertar de novo, de dar ao menos um pequeno

passo adiante, afastando-me da estagnação.

 
Onde houver ódio em mim, que eu leve o amor;

não esse amor de plástico, disfarçado de complacência,

que mais me engana do que me enobrece.

Que seja um amor maduro, que proclama seguro:

Eu sei quem sou! Eu sei quem quero ser!
 
* * *

Que eu leve o amor... À minha família.

Onde houver ódio em minha família, que eu leve o amor...

Que eu seja a luz, mesmo que pequenina,

a iluminar a escuridão dos dias difíceis em meu lar.

 
Que eu leve o amor aos que sofrem em silêncio

e não querem falar de suas mazelas.

Que minhas preces e meu sorriso os guarde em paz...

 
Que eu leve o amor quando seja ofendido, maltratado,

menosprezado, esquecido.

Que eu lembre de oferecer a outra face do ensino do Cristo.

 
Que eu leve o amor quando meus filhos sejam ingratos.

Que minha ternura não seque tão facilmente.

 
Que eu leve o amor quando meus pais não me compreendam

e não sejam os pais que gostaria de ter.

Que minha compreensão desperte de seu sono e perceba

que eles buscam acertar, que buscam dar o melhor de si,

embora nem sempre tenham êxito.

São os pais que preciso.

São os pais que me amam.

 
Que eu leve o amor quando o romance esfriar e algumas

farpas de gelo me ferirem o coração.

São os espinhos da convivência.

Não precisam se transformar em ódio

se o amor assim desejar.

 
Que eu leve o amor... Aos meus inimigos.

 
Que eu leve o amor mesmo a quem não me tem amor.

Que eu respeite.

Que eu compreenda.

Que eu não me entregue ao ódio tão facilmente.

 
Que eu leve o amor aos que me querem mal,

evitando aumentar seu ódio com meu revide,

com minha altivez.

 
Que ore por eles.

 
Que lhes peça perdão em prece, mesmo muitas vezes

não recordando dos equívocos que macularam seus corações.

Que lhes mostre que ontem errei,

mas que hoje estou diferente, renovado,

disposto a reconstruir o que destruí.

 
Que eu leve o amor... A minha sociedade.

Que eu leve o amor aos que não conheço,

mas que fazem parte de meu mundo.

Que eu aprenda a chamá-los todos de irmãos...

 
Que eu leve o amor ao mundo,

perfumando a Terra com bons pensamentos,

com optimismo, com alegria.

 
Que eu leve o amor aos viciados em más notícias,

aos pessimistas, aos que já se entregaram à derrota.

Que meu amor os faça ver a beleza da vida,

das Leis de Deus, do mundo em progresso

gerido por Leis de amor maior.

 
Que eu leve o amor aos carentes,

do corpo e da alma. Que meu sorriso

seja a lembrança de que ainda há tempo

para mudar, para transformar.

 
Sou agente transformador.

Sou agente iluminador.

Sou instrumento da paz no mundo.

 
Que eu leve o amor...


segunda-feira, maio 03, 2010

Um passo a mais

Há momentos onde parece difícil prosseguir... Algo como se não mais houvesse chão para caminhar, nem palavras para falar, nem risos para compartilhar, nem amor para dar... Estes momentos, onde perdemos o contato com nós mesmos, com a fina centelha que nos banha com sua eterna amorosidade, são suficientes para que o referencial seja esquecido, colocando-nos numa redoma onde a luz parece não estar presente, pois nossos olhos estão cerrados pelos lenços úmidos da ilusão. Observando, aprendemos que um passo a mais em nossa própria direção é suficiente para recobrarmos a memória daquilo que somos, daquilo que representamos. Um passo a mais e tudo a nossa volta se transforma. A coragem é a bênção daqueles que são determinados em crescer. E quando o desejo é evoluir no amor, na criação, a oportunidade é dada, e a nós cabe usufruí-la ao máximo. Dê mais um passo, apenas um, antes de pensar em desistir.

Mistério

Todo o lugar onde uns olhos pousam, perde o seu mistério.
Porque ganha uma história, porque deixa de ser intacto…

Porque mostra um caminho, para que possa ser compreendido…

Porque se deixa vislumbrar…

Haverá vezes poucas, onde uns olhos humanos,  conseguindo olhar imaculadamente…

Observem a plenitude de um mistério, suas histórias sem julgar.

Então abençoados podem ser considerados, aqueles que pelo olhar de alimento servem a alma, do néctar de luz…

Na claridade desvendada…