Todos os dias ao acordar, não passo directamente de deitado na cama para de pé no chão.
Faço as honras e uma iguaria do sentado.
Como se não fosse possível passar por cima dessa etapa do acto levantar.
Como se fosse imprescindível.
Depois, é sempre nessa posição anatómica intermediária, do deitado do sono para o de pé do dia, que algo se pode e deve estabilizar em mim.
É o momento em que sentado depois de deitado, me preparo para estar de pé.
Parece simples, até banal, mas advém-lhe uma enorme importância.
É que sobre esse momento repousa a forma de como eu vou estar de pé esse dia todo.
Como se fosse um pré-condicionamento ao dia que se adivinha.
Como se a forma dos breves instantes que antecedem o estar de pé, lhe emprestassem seus próprios sentidos.
Então se possível, agora cultivo até aos milésimos de segundos desse breve estar, e sobre eles debruço generosa reflexão.
Qual foi a qualidade do descanso do meu sono?
Como isso irá potencializar ou condicionar o dia que surge com o nascer do sol, sobre a minha vida, nesse qualquer dia de semana…
Por vezes é no chuveiro momentos depois, que meditando entre a espuma destrinço neles a mensagem para o meu dia.
É que cada breve instante intermediário, é o intermediador mais importante do onde vimos, para onde vamos.
A atenção dispensada centrada nesses precisos momentos, contínuos e em qualquer ocasião, é onde as coisas acontecem de verdade; depois de suas intenções e antes mesmo de suas realizações.
Agora
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