sábado, agosto 15, 2009

Voltei

Cheguei de férias, o interregno de trabalhos rotinados, aqueles dias diferentes vivenciados e submetidos a mesmos horários.

Não posso revelar de melhor modo o meu interesse pela mudança, que pela imensa melhoria ao nível das relações comigo mesmo, mais descontraídas, com os meus entes queridos… mais descontraídas. Descontraído embato no brilho do sol que imenso tento controlar sobre mim, e doseio ao custo de bronzeador e semelhantes, ver as crianças crescer, ver o mar azul…

Verão… férias, um par de dias que se repetem desta vez no dialogo dos que se amam pela procura de um tempo que quebre o restante do ano que passou.

Uma disponibilidade, para entregar desta vez tudo, não à chuva ao vento ou ao frio, mas ao sol. Ao imenso e enorme Sol. Ao mar, ao salgado e imenso Mar…

Abrir os olhos debaixo de água, habituar as orbitas do olhar ao imenso do profundo mar, tentar destrinçar-lhe os limites, as profundidades, nadar, sacudir os membros e soltar os acúmulos contidos numa suavidade reencontrada de saudade e de felicidade, de temor pelo mar. Ansiar suas criaturas, vislumbra-las, assemelhar-se secretamente a elas, no seu mundo puras e misteriosas.

Sei que nestas férias de verão, reaprendi a lição que me ensina que todos temos que encontrar o nosso caminho. Que este caminho não é nosso, mas exclusivamente teu. Que cada um em sua única expressão se deve deleitar com o prazer e beneficio com que presenteia ao seu.

Tem nestas férias uma frase, solta em brincadeira e momento de genial inspiração, frase que a minha queridíssima filha pronunciou, livre e sem condicionalismos, em perfeita fusão com a Lua mãe que se fazia lá fora.

Declamou ela no auge de seus 10 anos de idade, em plena pose teatral improvisada, soerguendo-me do meu estado de então, de há uns dias até agora mesmo e quiçá depois:

"- Como é que se sente a Luz no olhar do Céu?"

Fiquei eu desde lá, cheio de perguntas e de amor pelas respostas…

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