segunda-feira, setembro 19, 2011

depressa e bem não há quem.


Em toda a actividade humana, não existe melhor e mais preciso instrumento de avaliar um desempenho, senão pela simples observação do seu “timming”, do seu ciclo de manifestação.

A manifestação de um desempenho é transversal às áreas que a circunscrevem e até envolvem, assim serve perfeitamente para a caracterizar.

Na espiral dos acontecimentos existe um padrão que ao repetir-se, ainda que seu actual momento possa e até é desejável, tecer particulares considerações, existe no padrão espiralado dos eventos, que constituem a contagem do tempo, uma sobreposição de ciclos que constituem um padrão.


A percepção destes maravilhosos eventos misteriosos, que a conduta do desempenho humano gera, são mesuráveis pela observação do padrão rítmico de suas sobreposições.


Apesar de suas origens serem indetectáveis no tempo que antecede o observador do desempenho, assim como o seu destino evolutivo, pela singularidade da espiral dos eventos, pelo amor e pela oportunidade, torna-se o ritmo como uma canção cósmica acerca deste próprio desempenho, um testemunho e espécie de assinatura.

É assim que se confirma o método e o motivo de todo o desempenho sábio, tomar o seu tempo, e numa aparente lentidão relativamente ao mundo moderno, consegue sobreviver à precipitação dos eventos e seus indesejáveis efeitos.

Assim sobre a exclusividade humana, quando alguém age aceleradamente, precipitadamente, está unicamente a ignorar padrões de si mesmo que consequentemente, terá que repetir até entender as suas sobreposições, de modo a naturalmente integrar ou conscientemente assumir, a sua própria razão de ser.

Em analogia, repare-se o trajecto dos humanos reconhecidamente sábios, tendencialmente desacelerados, como quem deseja saborear uma boa refeição sem pressas. 

São estes humanos assertivos sobre as considerações do seu desempenho e em resultado detentores de uma clarividência a toda a prova. Podem determinar com exactidão os precisos momentos dos eventos, suas implicações múltiplas, onde se desarmonizam, onde se dissipam por cumprimento.

Num mundo manifestado onde o corpo e a alma trocam mimos, estes procedimentos são factores de uma imensa e natural auto-realização.
Porque para a integração de um determinado evento ou momento, não deixam de considerar os eventos ou momentos que os derivam (impulsionam), em espiral sobreposição.


Devagar, em absoluto controle espiral vital que os nutre, evoluem evoluindo à sua passagem.


Todo o afastamento do momento em que tudo acontece a seu tempo, é uma ficção antinatural que não raras vezes se paga caro, senão com a própria asfixia do porvir.

Aquele que em nome do que quer que seja, para o fazer incidir sobre si ou os demais esqueça, ignore ou despreze o padrão que o conduziu até então, está a espetar a faca do anátema em suas próprias costas à traição, enquanto tenta convencer o mundo e a si próprio, de algum tipo de salvação.

2 comentários:

  1. Duas são as forças que estabilizam e impulsionam as espirais:
    - A Mecânica, pelo esforço e superação dos corpos - espirais terrestres
    - A Subtil, pela sublimação consciencial (amor) – espirais celestes
    O que as diferencia é o grau de aprendizado.
    Em ambas, a única avaliação deve ser a AUTO-AVALIAÇÃO.

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  2. A integração que a auto-avaliação pressupõe, elimina por completo a separação destas duas referidas forças, uma vez que a mecânica não se realiza sem a subtil e o inverso também é verdade.

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