segunda-feira, outubro 12, 2015

Da escuridão para a Luz

Para a autoconsciência desta migração constante de um para outro extremo, será interessante algumas propostas de reflexão.

Sendo dois estados opostos, ambos detém um centro comum e ao menos duas vias principais comunicantes entre eles.

Imaginemos na manifestação de vida e mais concretamente num humano, seria proposto o humano como o eixo ou centro, ou ainda consciência destes dois extremos, a um lado escuridão e sua via comunicante e a um outro luz e sua respectiva via comunicante.


 A visualizar esta proposta como um balancé, temos nos opostos os assentos e nos seus prolongamentos em direcção ao centro onde está montada a estrutura que os suporta, o eixo ou ponto central de onde as forças são diametralmente opostas e semelhantes.

Assim, é a consciência centrada que detém o desvio de se deslocar para qualquer um dos extremos, originando desequilíbrios.

A luz proporciona a consciência do seu oposto e vice-versa.

Assim dentre estes dois extremos necessária se faz a consciência, que é o que devolve equilíbrio e equanimidade.

No ser humano ainda que sendo constituído na menor parte por matéria, sua densidade magnética é característica e fundamental para a constituição ou base expancional dos restantes atributos não materiais desta mesma constituição humana.

Tem por interesse para o mantenimento do posicionamento equilibrado e equidistante de ambos, luz e escuridão, o centro ou o igual afastamento do corpo da matéria de seus extremos.

Resumindo;

No decurso das actividades diárias humanas, a consciência pessoal secundada pela consciência colectiva, constituem a habitação do espírito.

Esta habitação ou corpo manifestado é consubstanciado nos extremos, estes por sua vez descaracterizados na periferia do ser.

A luz ambiciona os estados iluminados.

A escuridão ambiciona os estados caóticos.

O ser humano consciente ambiciona o equilíbrio entre estes dois de forma de perpetuar a espécie e a evoluir sustentavelmente.

Faz-se neste propósito todo o sentido, daqueles movimentos filosóficos que promovem o caminho do meio ou o Tao, como caminho de virtude e de transcendência. 

No absoluto compromisso do correcto entendimento da transitoriedade humana, a promoção da espécie está correctamente garantida, sem tabus, mitos ou dogmas.

Somente no mergulho para dentro de si mesmo o Ser Humano almejará sair de si próprio para uma dimensão externa e expansionada. Mergulho tanto mais eficaz quanto mais autenticamente cultivado a sós, sem cultivo de grupo nem de piscina grupal.

Chega lá quem o funde em si ou seja por ele fundado.

3 comentários:

  1. Acredite...que ninguém é tão importante que se venha "salvar" a si próprio, isso seria o exemplo não dum céu, mas dum inferno de egoísmo de hordas conscienciais, felizmente em extinção afogados no seu próprio egocentrismo.
    Cada um é medido pelo que dá, e o que dá é multiplica-se em si mesmo em afluência de lucidez e expansão...para que mais possa dar...

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    1. Concordo em absoluto com tão lúcido comentário e agradeço muito, pois é exactamente nessa medida que estou reaprendendo agora mesmo ao ler estas linhas.

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