Para a autoconsciência desta migração constante de um para outro extremo, será interessante algumas propostas de reflexão.
Sendo dois estados opostos, ambos detém um centro comum e ao menos duas vias principais comunicantes entre eles.
Imaginemos na manifestação de vida e mais concretamente num humano, seria proposto o humano como o eixo ou centro, ou ainda consciência destes dois extremos, a um lado escuridão e sua via comunicante e a um outro luz e sua respectiva via comunicante.
A visualizar esta proposta como um balancé, temos nos opostos os assentos e nos seus prolongamentos em direcção ao centro onde está montada a estrutura que os suporta, o eixo ou ponto central de onde as forças são diametralmente opostas e semelhantes.
Assim, é a consciência centrada que detém o desvio de se deslocar para qualquer um dos extremos, originando desequilíbrios.
A luz proporciona a consciência do seu oposto e vice-versa.
Assim dentre estes dois extremos necessária se faz a consciência, que é o que devolve equilíbrio e equanimidade.
No ser humano ainda que sendo constituído na menor parte por matéria, sua densidade magnética é característica e fundamental para a constituição ou base expancional dos restantes atributos não materiais desta mesma constituição humana.
Tem por interesse para o mantenimento do posicionamento equilibrado e equidistante de ambos, luz e escuridão, o centro ou o igual afastamento do corpo da matéria de seus extremos.
Resumindo;
No decurso das actividades diárias humanas, a consciência pessoal secundada pela consciência colectiva, constituem a habitação do espírito.
Esta habitação ou corpo manifestado é consubstanciado nos extremos, estes por sua vez descaracterizados na periferia do ser.
A luz ambiciona os estados iluminados.
A escuridão ambiciona os estados caóticos.
O ser humano consciente ambiciona o equilíbrio entre estes dois de forma de perpetuar a espécie e a evoluir sustentavelmente.
Faz-se neste propósito todo o sentido, daqueles movimentos filosóficos que promovem o caminho do meio ou o Tao, como caminho de virtude e de transcendência.
No absoluto compromisso do correcto entendimento da transitoriedade humana, a promoção da espécie está correctamente garantida, sem tabus, mitos ou dogmas.
Somente no mergulho para dentro de si mesmo o Ser Humano almejará sair de si próprio para uma dimensão externa e expansionada. Mergulho tanto mais eficaz quanto mais autenticamente cultivado a sós, sem cultivo de grupo nem de piscina grupal.
Chega lá quem o funde em si ou seja por ele fundado.
Acredite...que ninguém é tão importante que se venha "salvar" a si próprio, isso seria o exemplo não dum céu, mas dum inferno de egoísmo de hordas conscienciais, felizmente em extinção afogados no seu próprio egocentrismo.
ResponderEliminarCada um é medido pelo que dá, e o que dá é multiplica-se em si mesmo em afluência de lucidez e expansão...para que mais possa dar...
Concordo em absoluto com tão lúcido comentário e agradeço muito, pois é exactamente nessa medida que estou reaprendendo agora mesmo ao ler estas linhas.
EliminarNamastê
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