Saudações,
Existe um diálogo no rico em significados livro de Lewis Caroll, Alice no País das Maravilhas, onde Alice pergunta ao sempre sorridente gato falante, que caminho ela deve seguir sendo que ela não se importa muito com o caminho. Daí o enigmático gato dá-lhe a solução: se o caminho pouco importa, qualquer caminho serve.
Esta é a lógica das pessoas que desejam algo, mas não sabem o que exactamente, e com isto, se apegam a uma insatisfação infundada, pois o que lhes falta na verdade, é tão somente ter objectivos e nada mais.
Estas geralmente vivem lamentando e dizendo para si mesmo: queria tão somente ser feliz. No entanto, em momento algum se perguntam: o que posso fazer para ser feliz? Ou, o que é felicidade para mim?
São aqueles que vivem querendo ser o outro, ter a alegria do outro, o caminho do outro, viver o que viu ser vivido pelo outro, sem nunca se dar conta que cada estrela tem seu brilho e cabe a cada um reflectir e construir o seu próprio caminho.
Que caminho eu devo tomar? O caminho para onde você quer chegar. O que devo fazer para ser feliz? Primeiro saber o que é felicidade para você. Ou seja, não há respostas sem perguntas.
Pergunte-se.
Ao responder, terás um objectivo e aí, será bem mais fácil começar a construir um caminho para atingi-lo. Isto, quando você é feliz e apenas não sabe, que é o que ocorre com as pessoas que deixam sua alma se apequenar como dizia falecido Cazuza: “Senhor piedade, para as pessoas de alma bem pequena, remoendo pequenos problemas, querendo sempre aquilo que não tem”. Estas sofrem do mal do desejo de desejar, que se alimenta dele mesmo num círculo vicioso e doentio, sem nenhuma lógica ou, a lógica do “tanto faz”.
E você?
Só para registo e reflexão.
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