terça-feira, outubro 04, 2016

Aprender a amar

De que vale a vida? Qual o motivo de estarmos aqui? São tantos os problemas, que temos dificuldades em responder a essas perguntas.
Ouve-se, com frequência, os noticiários das catástrofes naturais, que nos assustam. Outras vezes, são crimes hediondos que chocam.

Dias há em que a saúde nos falta, outros em que o nosso amor se despede e parte para onde os olhos não enxergam. E ainda outros são dias de problemas no seio da família e no trabalho.

Jesus, ao afirmar que neste mundo só teríamos aflições, lembra-nos que a vida é escola a nos dar lições, nem todas permeadas pela alegria e a satisfação.

Porém, qual a finalidade dessas lições? O que a vida espera de cada um de nós, ao nos impor desafios pesados, aflições que nos perturbam e nos exigem tanto da alma? Em outras palavras, o que a vida quer de nós?

Jesus foi indagado a respeito, quando, utilizando o linguajar da época, alguém lhe perguntou qual o maior mandamento da Lei de Deus.

Para o religioso que o indagara, entender o mandamento da Lei de Deus significava entender o próprio objectivo da vida.

E Jesus foi claro ao responder que o objectivo maior da vida é o de amar. Seja o amor a Deus, o amor ao próximo ou o amor a si mesmo, devemos aprender a amar.


Dessa forma, seja o que for que nos ocorra, essas situações serão sempre dádivas da vida a nos oferecer possibilidades para o aprendizado do amor.

Seja o que quer que venha a nos suceder, lembremos que no fundo e no final de tudo, está o aprendizado para o amor.

Por isso, a atitude mais sábia que podemos ter perante a vida é a de amar. Amar incondicionalmente.

Pensando dessa forma, Richard Allens escreveu um poema que diz o seguinte:

Quando ames, dá tudo o que tenhas
E quando tenhas chegado ao teu limite, 
dá ainda mais

E esquece a tua dor.

Porque frente à morte, só o amor que tenhamos dado e recebido é que contará. 
Tudo o mais: as vitórias, as lutas, os embates ficarão esquecidos em nossas reflexões.

E conclui o poeta:

E se tenhas amado bem, 
então tudo terá valido a pena.
E o prazer que encontrarás nisso
 durará até o final. 

Porém, se não o tenhas feito, 
a morte sempre te chegará muito rápida, 
e afrontá-la será por demais terrível.

Assim, compreendemos que a única coisa que importa é o amor. Tudo o mais, nossas conquistas, nossos títulos, o dinheiro que temos ou a posição social que desfrutamos, é secundário.

O que fazemos não é importante. A única coisa que importa é como fazemos. E o que realmente importa é que o façamos com amor.

Por isso, antes que a morte nos convide a retornar ao grande lar, antes que nossa jornada de aprendizado aqui se conclua, aproveitemos o tempo e as lições para que o amor comece a ganhar espaço em nosso mundo íntimo.

Aproveitemos os dias valiosos da existência. 

A cada nascer do sol aceitemos o convite ao aprendizado do amor que se renova.

Entendendo a vida por esse prisma, tenhamos a certeza de que as dores amenizarão e as ansiedades repousarão na certeza de que Deus vela por todos, aguardando que as lições do Seu amor se façam em cada um de nós.

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