domingo, maio 06, 2007
Dia da Mãe
Uma Mãe chora, a dor lancinante da angústia.
e o seu choro fere e pela frente purifica,
as gangrenas do dia a dia, inesperado…
Uma Mãe encarquilha-se no peso dos
anos como um caracol, para acomodar melhor o jugo de seus
filhos, seus cadilhos, sua feroz libertação.
Uma Mãe rasga o peito em sangue vivo, em sangue tão vivo!
como a luz, que os seus filhos como vampiros,
disputam entre si, entre gritos violentos, de inconsciência.
Uma Mãe desespera nas marés, não tanto pelas ondas que trás,
mas pelas que leva.
Como disse o meu irmão:
Uma Mãe é um Sol, de um brilho Divino, onde dependentes
gravitam mil planetas e estrelas, cheios de vida!
Mãe que disforma o seu ser graciosamente, para
albergar em seu ventre, um novo ser, um novo mundo.
E tantas Mães são um único Pai!...
…Mamã!...
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