Dada a natureza do mundo espiritual, é preferível não penetrar nele do que penetrar sem guia, como algumas pessoas fazem, para sua infelicidade.
Compraram livros onde vêm expostas técnicas de concentração, de meditação e de respiração, e ei-las lançadas em exercícios que acabam por transtorná-las física e psiquicamente.
Sim! Como é possível tantas pessoas, que jamais teriam a ideia de escalar uma montanha sem guia, aventurarem-se sozinhas na exploração do mundo psíquico?
Elas não viram que os perigos de se perderem, de caírem em precipícios ou de ficarem submersas nas avalanches são muito maiores nessas circunstâncias.
É extraordinário!
Elas pensam que podem desembaraçar-se muito bem sozinhas no mundo psíquico!
Por isso há tantos desequilibrados entre os que se dizem espiritualistas.
Vós perguntareis: «Sim, mas como é que se reconhece um verdadeiro Mestre? Existem tantos impostores e charlatães prontos a aproveitar-se da credulidade dos humanos!»
Um verdadeiro Mestre, no sentido espiritual do termo, é um ser que, em primeiro lugar, conhece as verdades essenciais; não o que este filósofo ou aquele pensador escreveram, mas o essencial, segundo a Inteligência Cósmica.
Em segundo lugar, ele deve ter tido a vontade de dominar, submeter e controlar tudo em si próprio, e ter conseguido esse objectivo.
Finalmente, ele só deve servir-se da ciência e do domínio que adquiriu para manifestar todas as qualidades e virtudes do amor desinteressado!
É por esta qualidade – o desinteresse – que reconhecereis um verdadeiro Mestre.
Cada Mestre vem à terra para manifestar mais especificamente uma qualidade: há, pois, Mestres da sabedoria, Mestres do amor, ou da força, ou da pureza… e compete a cada um de vós escolher aquele por quem sentis maior afinidade para o vosso desenvolvimento espiritual.
Mas todos os verdadeiros grandes Mestres têm, obrigatoriamente, esta qualidade comum:
o desinteresse.
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