Os dons não são bens adquiridos
dispensados de atenção.
Então o que é um dom?
Um dom é algo de que se dispõe naturalmente
e sem esforço algum, comparativamente à maioria dos seus semelhantes, sendo que
quanto mais difícil é de encontrar semelhante dom em seus semelhantes, mais raro
e único se torna esse dom em seu portador.
Um dom pode em muitas vezes ser
replicado com maior ou menor sucesso tecnicamente, por meio de muito estudo,
dedicação e entrega, sendo que em sua essência, o portador não é e nunca será efectivamente um portador nato desse dom, mas antes um estudante aplicado que consegue por
seu mérito replicar por assim dizer, as principais características desse dom.
Um dom não é algo necessariamente
vitalício.
No ser humano muitas vezes é um
facilitador de uma certa qualidade ou capacidade, sendo que simbologicamente se
assemelha a uma semente que poderá ou não ser germinada pela intenção
consciente ou não do seu portador.
Também se dá o caso de muitos
dons, ao não serem realizados em sua potencialidade, pela intenção nula ou
falta de reconhecimento do portador, se dissipam ou perdem atributos ao longo
do tempo ou trajecto do portador.
Um dom muitas vezes é uma referência
de origem, uma facilidade de reconhecimento das áreas certas para que o
portador se desenvolva e aprimore tecnicamente, para com a ferramenta do saber
consiga através de sua dedicação reforçar e fazer brilhar o que afinal já
trazia dentro de si latente. Poder-se ia dizer que é uma espécie de alma gémea
do ser, já que se catalisa dentro da mesma essência, do mesmo ADN; gerar através de
uma capacidade ou afinação acima da média, por vezes sobre-humana, o sentimento de realização.
Um dom também é um testemunho de
Deus, de sua presença e do mundo sobrenatural, um meio de comunicação utilizado pela realização, entre o
plano humano e o transcendental.
Para que seja permanentemente activado este dom natural, pressupõe um constante e crescente reconhecimento do seu portador.
Por ser naturalmente sobre-humano
e de origem transcendental, necessita o seu portador de o compreender e debruçar-se sobre sua especifica linguagem, seja a da esperança, seja
a da fé, seja a da consciência do Divino, seja a da transitoriedade dos fenómenos e da
vida no próprio plano.
Resumindo, ninguém é embaixador
de um País sem que queira e estude as particularidades, os costumes, a língua e
a história desse País. Querer não basta para encontrar e sim para buscar.
É necessário atrair o objectivo de nosso foco, com um coração desprendido e apaixonado.
Num dom e seus atributos, sua intensidade é proporcional à presença de Deus no seu portador.
Um portador conscientemente desenvolvido,
é um melhor candidato a embaixador de Deus.
Deus representa-se em quem bem
entender e nunca pelas características de um portador. Só Deus conhece os seus
Divinos planos e reconhece as suas Divinas motivações, sendo que o portador, é
como um instrumento de Deus, que pode pela sua parte, falar a linguagem de Deus
mais ou menos afinado, pelo que é a gestão do seu equilíbrio da sua responsabilidade.
Tu existes.
O dom existe
Deus realiza através
de Ti
A obra de Deus
manifesta-se
Nesta pirâmide, se Tu não
reconheceres os teus próprios processos de existência, tudo mais não se
realiza. Nessa medida a consciência de Tua existência em tudo que tu fazes, é a
iniciativa ou iniciação necessária a que tudo mais se possa desenvolver (reconhecer) e por consequência
no aumento da intensidade de teus próprios dons a presença de Deus e a sua obra
manifestada.
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