sexta-feira, maio 08, 2009

2012

2012

Que representa 2012 para a quantidade de anos vividos, quarenta seis anos dos meus, … significa aceitação pela onda da qual me sinto filho, do turbilhão do qual me sinto irmão, do destino do qual o meu órgão?

2012 não sinto como um dia, na sequela dos seus eventos como apregoam. Sinto como aquele acto de amor nascido no dia da auto-consciência, antes do calendário até bem depois do meio dia.

2012 estava lá. Forrando a parede de meu quarto. Brincando com minha atenção sob o desenrolar dos dias, da minha consciência.

Ele é um norte que se insinua sedutor, amantíssimo só aceite por quem se descobre do véu de Maya. Esteve em boas vindas desde o imemorial de minha preconcepção, esteve nos bons dias do meu vislumbre carnal, em todas as formas dos planos que concebi, dentro e fora e no entre, 2012 esteve antes do calendário, na ara e no refúgio, antes mesmo do plano, na auréola do advento, que é afinal onde estamos nós…

2012 não tem a mínima da importância que os humanos lhe dão, pois a eles se lhe emancipou antes de eles mesmos principiarem a compreender-lhe o curso.

2012 é para o humano incompreensível na sua concepção actual do que é a vida e seu aspecto antropológico. Nas suas referências escassas acerca do domínio do escatológico da alma.

Alegorias são premonições, nos repetidos retratos sob o olhar cúmplice de todos… com as minorias.

2012 é , não vai ser.

O momento em que te escutas assertivo, seja de que maneira for, claro, em perfeita e aceite fusão com tua situação, ambígua pela dinâmica do agir, sempre sob teu controlo, e das estrelas.

2012 não é medo, não é solução fácil, nem receita, nem panaceia, nem bitola, nem nada do que já tenhas experimentado por certo.

2012 assemelha-se a um acto de amor não previsto, a uma anti-estatística, a um contacto, um deslumbre ou um feixe de luz.

2012 já acontece dentro de ti, desde antes de tu planeares dar-lhe alguma atenção. Aconteceu no peito de tua mãe, no amor atractivo de tuas células.

2012 é faz-te pai duma criança em ti, só tu a desejaste, só tu lhe alentas o espírito muitas vezes em segredo… e ela não desejou nunca estar só. Não desejou ser uma marionete de teus caprichos. Ele vibra com a vida própria, a vida que lhe deste.

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