O perfeito entendimento entre as criaturas ainda é raro no mundo. Os laços de genuína afinidade são tesouros preciosos, a serem carinhosamente mantidos. Entretanto, não é possível conviver apenas com quem partilha das mesmas ideias. Nos mais variados sectores da existência, os atritos por vezes surgem. No recesso do lar, irmãos nem sempre se entendem. Pais e filhos têm ideais diferentes. Esposos frequentemente não encontram um denominador comum na condução dos destinos da família. No sector profissional, também há criaturas com as quais o relacionamento é trabalhoso e difícil. Nessas horas críticas é que se revela o valor individual. O primeiro impulso é o de esperar ser compreendido. As próprias ideias sempre parecem mais acertadas do que as alheias. As soluções que o próprio coração alvitra costumam se afigurar mais justas do que as propostas pelos outros. O outro é que deve entender, perdoar e ceder. Contudo, esse género de expectativa não costuma ser atendido. Se ninguém se dispuser a dar o primeiro passo rumo ao entendimento, um pequeno evento pode tomar proporções desastrosas. Quanto a quem se esforçará mais e melhor pela paz, a maturidade espiritual dos envolvidos é que decide. Em qualquer situação, vigora o princípio de que ninguém pode dar o que não tem. O egoísta, vaidoso e arrogante não consegue exemplificar a humildade e facultar a concórdia. O pervertido não possui condições íntimas de vivenciar a pureza. Tendo essa realidade em mente, procure analisar como você se comporta em situações de confronto. Procura perdoar, compreender e auxiliar? Ou se considera demasiado importante para abdicar de sua posição em favor da paz? Não se trata de ganhar ou de perder, mas de aprender a respeitar opiniões diferentes. Mesmo quando sua posição é visivelmente a melhor, há como lutar por ela sem ofender e humilhar. Se você é cristão, seus deveres perante a humanidade são significativos. Afinal, você precisa ser o sal da Terra e a luz do mundo. Entre o cristão sincero e os erros do mundo trava-se há longo tempo um silencioso combate. Só que esse combate não é sanguinolento, mas se estriba no exemplo e na compaixão. Se o próximo é difícil, cabe-lhe conquistá-lo e gentilmente esclarecê-lo. Quem está mais preparado para as renúncias que a harmonia social exige? O descrente ou o idealista? Ciente disso, torne-se um agente do bem. Se a vida lhe oportuniza ser aquele que serve e luta pela paz, significa que você tem condições para tanto. Não desperdice a oportunidade!
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