Quem estimou desde cedo, acarinhou reconhecendo e alimentando o conceito, do luzeiro, que se recorde sempre, da razão essencial…
Ninguém deseja ser luzeiro sem lhe sentir a necessidade.
Em sua vida, em muito semelhante à via do TAO dos orientais, são impressas faculdades notáveis, que devem ser desconsideradas como um fim, em verdade são unicamente um meio pelo qual os luzeiros cumprem seu destino, rumo a um fim que desconhecem.
O luzeiro cedo percebe que é de seu sofrimento doado em sacrifício de amor que advém a bem aventurança para o seu semelhante. É um processo dificilmente compreensível, mais para ser vivenciado que para estabelecimento de tratado.
Um luzeiro muitas vezes sente-se uma “usina” de energias contrárias e é deste sofrimento resignado e actuante que gera a luz, o seu mistério.
Ninguém é luzeiro porque quer, mas porque necessita.
O luzeiro actua condicionando sem benefício próprio as energias, em si as atenções convergem, mesmo aquelas do que está voltado de costas. É um verdadeiro receptáculo de toda a expressão individual… onde esta encontra sua sequência. Para ele, o processo não é agradável, apenas natural.
O porteiro da luz, sabe no seu intimo sua origem, seu mistério, sua derradeira ultimação. Pode contestar suas escolhas tantas vezes quantas conseguir aguentar.
O luzeiro é um original fecundo de todos os originais dispersos, pela malha das existências imemoriais. Apenas trás no peito, a promessa continua de serviço consigo, onde vive o sonho.
Quem necessitar ser um luzeiro, tem na epiderme da alma gravada, a lembrança ardente de cada existência, cada momento e no desencontro químico do seu plano actual, ao vivenciar na livre escolha seu conteúdo, sua erudição, arde por dentro e chispa, carma cosmos e atraí, sob as sombras derrama seu sacrifício, sob o plano sua luz.
Um luzeiro é um perfeito candidato a um Avatar. Alguém que se dissolve voluntariamente no conhecimento infinito e absoluto, de uma forma irresistível, temerária mas muito orientadora.
Um luzeiro sofre, porque arde de prazer.
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