Acerca do confronto de uma ideia pré-concebida baseada em experiencia legitima: Atento por ser muito próximo à razão dos sentimentos, legislei dentro de mim, que certa personagem pela sede das minhas observações, é distante, superficial e materialista. Não querendo carregar o fardo das conclusões acerca desta personagem, não mais insisti em contactos, ficando esta relação supostamente inerte. Numa certa altura cruzamo-nos socialmente, novamente verifiquei que não andava longe do que anteriormente havia conjecturado para com “os meus botões” acerca da personagem em questão.
A certa altura, enquanto eu conversava sentado à mesa, a referida personagem ao passar por detrás da cadeira, faz deslizar a sua mão suavemente por minhas costas, de ombro a ombro, silenciosamente.
E sob esse contacto sem palavras, sob esse silencioso evento, uma babilónia de paredes escuras ruiu dentro de mim, deixando perceber uma luz até então ausente…
De que serve afinal, tudo que se pensa saber acerca de alguém que se julga conhecer, senão pelo encontro da incapacidade de julgar a si mesmo?
Ocorre-me o pensamento, que muito pouco se beneficia na comunicação das palavras se estas não reflectirem o tempo de uma gestação.
De que serve tanta pressa nas conclusões se no final permanecer inconsciente?
São tantas as armadilhas ilusórias do poder pessoal, quantos os obstáculos a uma iniciação espiritual.
Lótus
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