reflexão à existência humana, alocada ao tempo como comummente definido: Muitas das estrelas que iluminam a atmosfera terrestre, já se desintegraram. A luz que nos ilumina à noite num belo céu estrelado, é composto por inúmeras estrelas extintas, e os focos de sua luz solitária já sem a sua origem, demoram por vezes milhares de anos a chegarem à terra
Uma vida que se origina hoje, uma vida humana, relacionada a sua duração natural biológica é menos que efémera se relacionada com o plano onde se manifesta. Qualquer insignificante pedrinha ou pequeno mineral, detém uma existência incomparavelmente mais longa que qualquer ser vivo neste planeta. Mineral que também tem vida.
Se quisesse fazer o imponderável exercício de comparar uma existência humana com qualquer outro material presente na terra, partindo do principio de um criador ou acidente comum, tendo em conta que por exemplo provavelmente a maioria dos humanos nascidos neste preciso momento, daqui a 100 anos não existem mais, se alargar a bitola comparativa bem poderia sarcasticamente afirmar, que nem transeunte o ser humano se pode considerar.
Poderia reflectir neste assunto e chegar à conclusão que comparativamente o ser humano, ou já nasceu morto ou é mesmo, uma espécie de fantasma. Uma espécie de algo que mediante a ampola cósmica ainda não é, ou já foi noutro lugar.
O que ele valoriza, as suas experiências e memórias, todas elas também comparativamente à idade do cosmos imponderavelmente insignificantes, criaram uma espécie de animal de pseudónimo consciente.
E quanto mais ele se fecha em sua abertura de conhecimentos pequenos, mais ele se identifica por empatia com o que o valorize ou eternize a tudo custo.
Será essa a sua missiva cósmica?
Por ora, apenas pensar na possibilidade de eu ser um fantasma de minhas memórias, já é um reencontro iniciático, sobre aquelas experiências que, já extintas ainda me nutrem para além do meu próprio entendimento.
Como é mínima e meramente possível, conjecturar acerca do que se não experiencía com legitimidade?
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