Sorriso que revelas no rosto a criança em ti.
A dormência do mal…
Tem borboletas em baixo e águias nas alturas.
São duas, um casal, rodopiam nos ares brincam no circuito imaginário do etéreo.
A vida encheu-se de ar puro e não tarda a revolução dos elementos.
Já dentro acontece, nas entrelinhas da existência.
Já tem quem a intua, está meio marginalizado, incompatibilizou-se por consequência.
Anda nos disfarces mas não é policia, no teatro mas não é actor.
É mais a barriga dum prazer inconfesso.
A solidez do bom senso flutuou para fora de mim.
Não tem estático aqui para que agarre, é assim…
Gelatinoso, informe, mutante, o dia e a noite que assisto vigilada pelas estrelas.
Pela estrela mãe, que encontro pela brecha da clarabóia.
Agarro as orações que desfiz, certezas e disciplinas, alquimias…
Vou de encontro ao abismo que me conserva, sem medo…
Sempre só, rodeado de mil quimeras….
Inconstante e paralisado de amor, …
Frémito viciado de ternuras e enlaces que desprezo….
Tanto como anseio…
Trouxeste-me a luz, claridade à razão.
Das trevas vesti as saudades….
Não mais temi o que abominei
Sempre soube que era um dentro de ti
Apenas mais um nervo palpitante
Que se escoou num murmúrio de vento….
Deixas-me só, saudade, amante…
E as amarras intensificam-se
A eternidade está aqui a um passo
Um passo de gigante
Um gigante de vento…
Um lamento de um ventre…
O azul do teu céu agonia-me de doçuras…
Sempre foste a minha eleição, afinal….
Segue teu caminho como eu sigo o meu…
Quem sabe o que restará no final.
Quando o inicio se desconheceu.
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