sexta-feira, maio 29, 2009
terça-feira, maio 26, 2009
domingo, maio 24, 2009
terça-feira, maio 19, 2009
Uma nova realidade
segunda-feira, maio 18, 2009
Nossa hora
Era um dia como outro qualquer. As malas do casal já estavam prontas desde o dia anterior. Despediram-se do único filho e saíram em viagem para participar das festividades do casamento de uma sobrinha, que residia em Estado vizinho. Tão logo se distanciaram do lar, a esposa pediu ao marido que retornasse, pois gostaria de despedir-se do filho. O marido a fez lembrar que já o haviam feito, mas ela insistiu. Aquela mãe sentia que não voltaria a rever o filho amado, nem iria estreitá-lo num abraço apertado na presente existência. Sentia que aquela viagem era definitiva. De alguma forma ela pressentia isso. O marido, um tanto contrariado, atendeu ao pedido da esposa e voltou. O filho, ao vê-los, pensou que se haviam esquecido de algo. Mas a mãe logo o envolveu num suave abraço maternal, como a dizer-lhe adeus. Como quem se despede sem saber quando voltariam a reencontrar-se novamente.
Seguiram viagem, participaram das festividades, reviram os parentes, e por fim, o retorno.
Antes porém, a esposa pediu ao marido que fizesse uma prece, ao que ele respondeu que já havia orado, que o fato de não abraçarem a mesma religião não o fazia menos crente
Aquela mãe e esposa pressentia que já era hora de fechar a mala e retornar à pátria espiritual.
Alguns meses depois de sua partida, um médium espírita, amigo da família, que a conhecera ainda no corpo, trouxe a notícia de que a havia visto no mundo espiritual, que ela estava bem, feliz por ter deixado na Terra dois homens: o marido e o filho. Feliz não por tê-los deixado, mas por tê-los deixado bem. O filho já moço e o marido bem orientado. Cumprira a sua missão de esposa e mãe.
* * *
Fatos como esse acontecem diariamente. Uns voltam à pátria espiritual pelas portas do túmulo e outros tantos chegam pelas portas do berço. Mas a questão é se estamos preparados, ou se preparamos os nossos entes caros para quando chegar a nossa hora. Que ela chegará, não nos resta dúvida, mas quando chegará não sabemos. É importante que vivamos sempre em harmonia com nossos afectos, para que o remorso não nos dilacere a alma, depois da partida. É preciso que deixemos as nossas coisas sempre em ordem, não esperando a morte, mas com previdência, para que em chegando a nossa hora, não deixemos os nossos em situações difíceis. Será que nós, que temos filhos, temos procurado edificar suas vidas de forma que quando não tiverem mais a nossa presença saibam tomar decisões acertadas?
Ou será que os mantemos em total dependência nossa?
Pensemos nessas e noutras questões, e sejamos de fatos previdentes. Deixemos a nossa mala sempre arrumada para quando chegar a nossa hora, a fim de que evitemos dissabores mais tarde.
* * *
A preocupação com os afectos que ficaram é uma das causas de sofrimento para o Espírito desencarnado. A maioria dos que partem diariamente nunca se preocupou em deixar em dia seus negócios, papéis e as relações de afecto. Por isso sofrem quando se dão conta que é tarde demais. Muitos dariam tudo que lhes fosse possível, pela oportunidade de algumas palavras com os entes caros, com intuito de alertá-los para a realidade que a todos nos aguarda após a aduana do túmulo. Acontece como na Parábola de Lázaro e o Rico, narrada nos Evangelhos. O rico, deparando-se com a realidade após a morte, queria voltar para falar aos familiares para que mudassem o rumo de suas vidas. Mas o Espírito de Abraão disse-lhe que ele tivera tempo para isso, e que seus familiares tinham os Profetas, que os ouvissem portanto.
Pensemos nisso.
sábado, maio 16, 2009
arrepio de amor
segunda-feira, maio 11, 2009
Quem tem condições
sexta-feira, maio 08, 2009
2012
2012
Que representa 2012 para a quantidade de anos vividos, quarenta seis anos dos meus, … significa aceitação pela onda da qual me sinto filho, do turbilhão do qual me sinto irmão, do destino do qual o meu órgão?
2012 não sinto como um dia, na sequela dos seus eventos como apregoam. Sinto como aquele acto de amor nascido no dia da auto-consciência, antes do calendário até bem depois do meio dia.
2012 estava lá. Forrando a parede de meu quarto. Brincando com minha atenção sob o desenrolar dos dias, da minha consciência.
Ele é um norte que se insinua sedutor, amantíssimo só aceite por quem se descobre do véu de Maya. Esteve em boas vindas desde o imemorial de minha preconcepção, esteve nos bons dias do meu vislumbre carnal, em todas as formas dos planos que concebi, dentro e fora e no entre, 2012 esteve antes do calendário, na ara e no refúgio, antes mesmo do plano, na auréola do advento, que é afinal onde estamos nós…
2012 não tem a mínima da importância que os humanos lhe dão, pois a eles se lhe emancipou antes de eles mesmos principiarem a compreender-lhe o curso.
2012 é para o humano incompreensível na sua concepção actual do que é a vida e seu aspecto antropológico. Nas suas referências escassas acerca do domínio do escatológico da alma.
Alegorias são premonições, nos repetidos retratos sob o olhar cúmplice de todos… com as minorias.
2012 é , não vai ser.
O momento em que te escutas assertivo, seja de que maneira for, claro, em perfeita e aceite fusão com tua situação, ambígua pela dinâmica do agir, sempre sob teu controlo, e das estrelas.
2012 não é medo, não é solução fácil, nem receita, nem panaceia, nem bitola, nem nada do que já tenhas experimentado por certo.
2012 assemelha-se a um acto de amor não previsto, a uma anti-estatística, a um contacto, um deslumbre ou um feixe de luz.
2012 já acontece dentro de ti, desde antes de tu planeares dar-lhe alguma atenção. Aconteceu no peito de tua mãe, no amor atractivo de tuas células.
2012 é faz-te pai duma criança em ti, só tu a desejaste, só tu lhe alentas o espírito muitas vezes em segredo… e ela não desejou nunca estar só. Não desejou ser uma marionete de teus caprichos. Ele vibra com a vida própria, a vida que lhe deste.