terça-feira, junho 22, 1993

Conclusões

Tantas conclusões para tirar se atento te detiveres. Quantos saltos e gritos, para provar a ti mesmo a força da tua vida. Fazer parte de qualquer esperança, tanto privilégio. Quantas pessoas ainda dormem no leito materno?, e quantos de nós já começam sem medo a pensar na vida. Tanta agitação. Este é o mar da vida, que corrente trás, que náufragos leva? Bem certo é o papel de cada um, neste Oceano. Cada um a seu tempo e com o seu indispensável valor. Se estamos todos juntos, é porque nos merecemos. Se sentimos uns mais do que outros, é para que haja equilíbrio. É por este equilíbrio que existem os extremos. A noite e o dia. O forte e o fraco. O objectivo e o subjectivo. O homem e a mulher. O sábio e o estúpido. E quase certo é, que a virtude se encontra no meio-termo. Todo extremo tem seu forte preço. Todo guerreiro deve por consequência ser cauteloso nas suas progressões. Avançar com esforçada paciência, como quem caminha em trilho conhecido, como se o trilha-se pela primeira vez.

terça-feira, maio 04, 1993

caminhos

Já percorri caminhos imensos, mais imensos do que consigo imaginar... continuo à luz desta candeia que teima em não se mostrar. Chega a distracção quando menos se espera e... as conclusões adiam-se prá próxima Era.

domingo, abril 25, 1993

futuro

Á falta de montanhas verdes dentro de mim, procuro viver nas montanhas ao meu redor. Para a sombra dos meus sentimentos procuro o Sol ao meu redor, para que me possa aquecer. Pestanejo perante luz tão brilhante e um forte aroma silvestre inunda todo meu corpo, a minha alma rejubila.
Correrias entre a relva fresca, do alcatrão nem sinal, nem pó. A vida nesse entardecer uma confissão total. Uma meditação surge, da sua atmosfera suspensa surge a contemplação, desse sonho feito lugar puro e suspenso. As vozes dos passarinhos lembram histórias antigas e entendo que o meu futuro está nesse presente.