sábado, maio 21, 2022

Guerreiro da luz

A noite estava chuvosa e fria na pacata cidadezinha do Interior de uma pequena cidade de qualquer um dos países do nosso mundo civilizado. O ruído dos raios e da chuva forte no telhado acordaram o jovem guerreiro, em meio à madrugada. Sim, ele é um bravo guerreiro pois, ao se dar conta da intensidade da chuva, lembrou-se de que muita gente poderia estar precisando de ajuda. Levantou-se rapidamente e vestiu seu traje de combate. Afinal, ele é um guerreiro. Um guerreiro da luz. É um bombeiro voluntário.

Saiu rapidamente sem se importar com o temporal ameaçador. Uma única disposição o animava: ser útil para quem dele necessitasse. Ao apresentar-se no quartel, ficou sabendo que sua intuição estava certa. Muita gente estava desabrigada. Os combatentes eram poucos para a grande e urgente tarefa. Homens, mulheres e crianças corriam perigo, em meio aos desmoronamentos provocados pela forte enxurrada.

O guerreiro da luz não mediu esforços. Trabalhou até que todos estivessem a salvo. Qual é o nome dele? Não importa. Por que faz isso? Não é por dinheiro, certamente, nem para obter reconhecimento. Ele faz por prazer porque é um guerreiro da luz. É um cidadão consciente da tarefa que lhe cabe na construção de um mundo melhor.

Durante o dia, ele trabalha para garantir o sustento. À noite e nos finais de semana ele é um bombeiro voluntário, sempre pronto para atender a um chamado urgente. Se, eventualmente, uma catástrofe precisa de seus braços fortes durante o dia, ele não hesita. Pede à empresa que o dispense e desconta o dia do seu próprio salário. Sim, porque nem sempre o empresário está disposto a contribuir em casos assim. Mesmo sabendo que um familiar seu pode estar necessitando da ajuda desses anjos voluntários. É assim que esses jovens guerreiros, de vinte e poucos anos, dão utilidade às horas. Mas, isso não é divulgado pelos mídia, porque não dá audiência.

Lamentavelmente, o que dá audiência são as ações dos guerreiros das trevas. Esses poucos jovens que se perdem nos cipoais dos vícios e do crime. Para esses se dispõe de horário nobre e programação ininterrupta.

Por essa razão, vale a pena enaltecer o bem. Enaltecer a ação desses jovens de valor, que dedicam a sua juventude construindo um mundo justo, fraterno e solidário. E são milhares deles no mundo. 💞

Se você quer ser um guerreiro da luz mas se sente incapaz, pense que todo guerreiro da luz começou dando o primeiro passo. Todo guerreiro da luz já ficou com medo de entrar em combate...

Todo guerreiro da luz já traiu e mentiu, no passado. Todo guerreiro da luz já perdeu a fé no futuro... Já trilhou um caminho que não era o seu.

Já sofreu por pequenos disparates... Já achou que não era um guerreiro da luz.

Já falhou em suas obrigações espirituais. Já disse sim quando queria dizer não. Todo guerreiro da luz já se omitiu quando deveria ter falado...

Todo guerreiro da luz já feriu alguém que amava.

Por isso ele é um guerreiro da luz; porque passou por esses desafios e não perdeu a esperança de ser melhor do que era.

Pense nisso!

segunda-feira, maio 09, 2022

Sacrifícios humanos

Sacrifício é a prática de se oferecer aos deuses, como oferenda, animais, seres humanos, colheitas e plantações. Nos registros bíblicos, o primeiro sacrifício foi oferecido pelos irmãos Caim e Abel. A narrativa induz a se acreditar que o sacrifício animal foi mais agradável para a Divindade. Ao tempo de Jesus, eram comuns os sacrifícios de animais, no Templo de Jerusalém.

Na cidade de Creta, foram encontrados vestígios de corpos humanos sacrificados. No mito de Teseu e do Minotauro, evidencia-se que o sacrifício humano era comum. É também um assunto comum nas religiões e mitologia de diversas culturas. Para acalmar a ira dos deuses ou atrair as suas graças, o homem entendeu que deveria lhes ofertar algo. Os sacrifícios ao deus Baal são descritos, ao longo da História, em épocas diferentes. Interessante se observar que quem almeja acalmar a ira dos deuses, ou atrair as suas graças, não oferece a si mesmo. Mas elege a um terceiro como oferenda. Os achados arqueológicos evidenciam que a maioria dos sacrifícios era de jovens ou crianças. Isso nos parece extremamente bárbaro. Desumano. E, no entanto, tudo isso continua ativo, em nossos dias.

Já nos demos conta de quantos jovens escolhemos para a matança indiscriminada? São os melhores, os mais fortes, os mais saudáveis. Todos são enviados para serem sacrificados nos altares de um deus chamado guerra, que estoura em nome do egoísmo, pai de todos os vícios. No Terceiro Milênio, como podemos continuar a nos destruirmos assim? Destruir o nosso futuro, sacrificando nossos jovens? E não são alguns poucos aqui e ali. São centenas, são milhares.

Jovens, que deveriam estar nas universidades, ilustrando suas mentes; jovens que deveriam estar nos institutos de pesquisas, debruçando-se sobre o que há de melhor a ser criado para benefício da Humanidade; jovens que deveriam estar se preparando para a formação de um novo lar; jovens que têm seus corações ansiando por outro que bata ao seu mesmo compasso de ventura e felicidade: são esses que sobem os degraus dos altares erigidos por nós.

Altares de sacrifícios humanos na terra, no mar, no ar. Nossos filhos. Nosso amanhã sendo sacrificado. É tempo do amor verdadeiro prevalecer. E de lutarmos pela conservação da vida dos nossos filhos, dos filhos do nosso vizinho, dos filhos do nosso irmão.

Vibremos pelo fim das guerras individuais, aquelas que começam na nossa intimidade e agridem quem está ao nosso lado.

Vibremos pelo fim dos confrontos bélicos, dizendo aos nossos governantes que o que desejamos é viver numa terra de paz, onde a ordem e o progresso sejam as normas. Que desejamos viver num mundo onde as fronteiras não definam ambições, nem desejo de posse. Nossas crianças desejam crescer sem medo. Nossos jovens desejam lutar pelo diploma universitário, pelo primeiro emprego, pelo serviço à sociedade. O mundo novo deve ser um mundo onde nos estendamos as mãos, nos auxiliemos porque, afinal, nesta Terra, somos uma única e grande família. A família humana, desejando alcançar a angelitude.

Pensemos nisso. Trabalhemos por isso.