... feliz o homem que conseguir desmontar o que o oculta ...
sexta-feira, maio 30, 2008
quarta-feira, maio 28, 2008
segunda-feira, maio 26, 2008
Saindo do poço
Narra uma lenda chinesa que no fundo de um poço pequeno, mas muito fundo, vivia um sapo. O que ele sabia do mundo era o poço e o pedaço de céu que conseguia ver pela abertura, bem no alto. Certo dia, um outro sapo se abeirou da boca do poço. Por que não desce e vem brincar comigo? É divertido aqui. – Convidou o sapo lá embaixo. O que tem aí? – perguntou o de cima.Tudo: água, correntes subterrâneas, estrelas, a luz e até objetos voadores que vêm do céu.
O sapo da terra suspirou. Amigo, você não sabe nada. Você não tem idéia do que é o mundo. O sapo do poço não gostou daquela observação. Quer dizer que existe um mundo maior do que o meu? Aqui vemos, sentimos e temos tudo o que existe no mundo. Aí é que você se engana, falou o outro. Você só está vendo o mundo a partir da abertura do poço. O mundo aqui fora é enorme. O sapo do poço ficou muito chateado e foi perguntar a seu pai se aquilo era verdade. Haveria um mundo maior lá em cima? O pai confirmou: Sim, havia um outro mundo, com muito mais estrelas do que se podia ver dali debaixo. Por que nunca me disse? – perguntou o sapinho, desapontado. Para quê? O seu destino é aqui embaixo, neste poço. Não há como sair. Eu posso! Eu consigo sair! – falou o sapinho.
E pulou, saltou, se esforçou. O poço era muito fundo, a terra longe demais e ele foi se cansando. Não adianta, filho. – tornou o pai a dizer. Eu tentei a vida toda. Seus avós fizeram o mesmo. Esqueça o mundo lá em cima. Contente-se com o que tem ou vai viver sempre infeliz. Quero sair! Quero ver o mundo lá fora! – chorava o filhote. E passou o resto da vida tentando escapar do poço escuro e frio. O grande mundo lá em cima era o seu sonho.
* * *
Um pobre camponês de apenas 8 anos de idade não se cansava de ouvir esta lenda dos lábios de seu pai. Vivendo a época da revolução cultural na China de Mao Tsé Tung, o menino passava fome, frio e toda sorte de privações. Pai, estamos em um poço? – perguntava.
Depende do ponto de vista. – respondia o pai.
Mais de uma vez o garoto se sentia como o sapo no poço, sem saída. Mas ele enviava mensagens aos Espíritos. Pedia vida longa e felicidade para sua mãe. Pedia pela saúde de seu pai mas, mais que tudo, ele pedia para sair do poço escuro e profundo. Ele sonhava com coisas lindas que não possuía. Pedia comida para sua família. Pedia que o tirassem do poço para que ele pudesse ajudar seus pais e irmãos. Ele pedia, e sonhava, e deixava sua imaginação levá-lo para bem longe. Um dia, a possibilidade mais remota mudou de modo total o curso da sua vida.
Ele foi escolhido entre centenas de camponeses e foi fazer parte de algumas das maiores companhias de balé do Mundo.
Um dia, ele se tornaria amigo do Presidente e da Primeira-dama, de astros do cinema e das pessoas mais influentes dos Estados Unidos.
Seria uma estrela: o último bailarino de Mao Tsé Tung.
Li Cunxin saiu do poço.
* * *
Nunca deixe de sonhar! Nunca abandone seus ideais. Mantenha aquecido o seu coração e vivas as suas esperanças. O amanhã é sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso!
com base no cap. 3 do livro Adeus, China – O último bailarino de Mao, de Li Cunxin, ed. Fundamento
quinta-feira, maio 22, 2008
segunda-feira, maio 19, 2008
Objectiva VS Objectivo
Ocorreu-me o “confronto” entre estas duas palavras para abordar uma simples técnica que pode facilmente ser usada, tanto para a meditação, como para auto-avaliação ou um momento de oração, enfim, para um momento de reflexão sobre uma porção de tela vivencial, tanto acontecida como por acontecer.
Definições:
Objectiva – Faz-me recordar a objectiva de um aparelho fotográfico. Ela é a forma encontrada, de captar uma certa quantidade de imagem que pelo seu conteúdo pode constituir informação, que é reflectida para o interior do aparelho fotográfico a fim de que este a registe em rolo fotográfico e mais recentemente em formato digital, ou seja conteúdo electrónico. A objectiva em questão foca seleccionando os acontecimentos, capta as nuances e os brilhos, as cores e as noções de tridimensionalidade. No entanto, é sobretudo ser o canal condutor de todas estas coisas para o interior do aparelho fotográfico, que lhe dá o maior sentido. Após uma sessão fotográfica, nada fica retido em seu corpo, sendo o aparelho fotográfico com seus componentes mecânicos e electrónicos, que irão armazenar todos os dados anteriormente captados.
Objectivo: Continuando com o exemplo anterior, o objectivo diferencia-se como a palavra indica, pela sugestão que transmite do destino final de um dado sentido.
Enquanto uma objectiva permite a captação de determinada imagem, o objectivo é para onde, independentemente da objectiva usada, essa captação será conduzida. È o corpo do aparelho fotográfico, neste exemplo.
Assim sendo, sem mais delonga, começarei por apresentar o objectivo deste exercício com um exemplo aleatório, retirado da infinita possibilidade de usos, donde pode ser empregue esta técnica.
Estou feliz com a minha profissão? Terei ferramentas de avaliação eficazes, que me ajudem a “decifrar” esta questão, levando em conta todas as condicionantes implicadas, do tipo: Estou bem pago? Sou pró-activo? Interajo correctamente com os meus colegas profissionais?
Como se reflectem todos estes dados conjuntamente, sobre a minha vida familiar?
São um desenrolar de questões interligadas que se debatem sobre o indivíduo, que não tarda, se sente congestionado por questões que se apresentam como os tentáculos de um polvo, sem que consiga responder satisfatoriamente a todas em simultâneo.
Como me sinto com a minha profissão? Constitui ela uma objectiva ou um objectivo na minha vida? Basicamente, é a minha profissão um meio ou um fim em minha vida? Aqui reside toda a diferença, dado que dependendo da forma como me sentir em relação a esta questão, estarei a responder a todas as outras questões que dali advém, desmontando assim todo esse cenário inquietante e por vezes até, paralisante. Então vejamos:
Se constitui uma objectiva em minha vida, então entendo a minha profissão como uma forma de interagir com várias dinâmicas não como um fim em si, mas como um meio de obter ou chegar a algo que até posso a dado momento desconhecer. Interiormente inicio a viagem à desmontagem das restantes questões que se apresentaram:
Estarei bem pago? Se não sinto a minha profissão como um objectivo se calhar não estarei a dar o meu máximo, pelo menos, poderei ter que rever em baixa a minha expectativa de renumeração dado que estou a ser retribuído de outra forma, mais como um meio em si, do que como um fim em si. Pelo menos é um princípio chegar a um “beco com saída”.
Sou pró activo? Será razoável exigi-lo? Então se estou a usar a minha profissão numa objectiva não especializada, será que é razoável esperar isso de mim? Não estarei a necessitar de mais razoabilidade e tolerância por mim mesmo?
Interajo correctamente com os meus colegas? Estarei a relacionar-me com eles, dentro deste contexto? Não estarei a derivar ansiedades, ou desfuncionalidades para cima deles e de mim mesmo? Poderei encorpar comportamentos dentro desta esfera de relacionamento mais adequados onde esclarecido, possa apaziguar o ambiente.
Podem certamente estas reflexões ajudar na estabilização e promoção, de um ambiente mais saudável em casa, onde junto dos meus familiares posso encontrar mais disponibilidade para um relacionamento mais fraterno e lúcido.
Se constitui um objectivo. Neste caso em concreto é um pouco mais fácil, pois se identifico a minha profissão actual como um objectivo, então novamente sobre as mesmas questões esperariam-se respostas diferentes que originariam também respostas diferente:
Estarei a trabalhar com a empresa certa? Será este o projecto em que devo investir mais tempo, que me retribui em renumeração o que acho que me é devido. Necessitarei de investir mais em formação? Estarei a funcionar dentro da esfera que me é favorável, no departamento certo? Terei que tentar alguma alteração nos meus hábitos de funcionamento para que possa ser reparado pela positiva, no sentido de granjear algum reconhecimento extra, tanto pelos meus colegas como pelas minhas chefias. Em casa, estarei a exigir o razoável da minha família, será que compreendem minha ambição na empresa? Etc… etc…
Se reparar, em cada questão das muitas colocadas e que ficaram por colocar, sempre podia usar o mesmo: Objectiva ou objectivo? Àquelas questões que não se resolve de imediato, das que advém sempre fica uma porta aberta. Enfim este foi um exemplo dos muitos onde se pode realizar um tal exercício.
Muito bom para os neurónios da modernidade, sujeitos a constante adormecimento e robotização, ao serem assim estimulados activam em sua mobilização a possibilidade de acontecer além da estabilização de uma forma de vida, a promessa real de encontro com algo ainda maior. Um Objectivo
sexta-feira, maio 16, 2008
O amor perante a indignidade
É comum o cristão experimentar a angustiante sensação de que não está à altura da crença que esposa. Ele pensa que não se esforça o bastante para viver o que acredita. Ou que seus esforços não dão os resultados que gostaria. Uma triste dúvida por vezes lhe baila na mente: Será que ele é apenas um hipócrita, enamorado de belos ideais, mas sem colocá-los em prática?
O modelo cristão é bastante elevado. Trata-se da figura do Cristo, sublime sob todos os aspectos. Embora em constante contato com seres ignorantes e transviados, preservou Sua pureza. Ensinou, curou e exemplificou as mais excelsas virtudes. Submetido às maiores violências, perdoou imediatamente. Rigorosamente paciente com os simples e ignorantes, soube usar de energia ao tratar com os poderosos e os sábios de coração vazio. Jesus alterou a História e os valores da Humanidade. Com ele, a palavra amor ganhou uma nova acepção. Não mais se tratava apenas de erotismo ou de amizade, conforme o legado dos filósofos gregos.Tinha-se doação incondicional, sem qualquer expectativa de retorno. Surgiu a concepção de que o semelhante deve ser amado apenas porque existe, independentemente de seus valores e de seus atos. Aí reside um fator de dificuldade para uma boa parte dos cristãos. A figura de Jesus cintila em Suas perfeições. O relato de Seus feitos provoca um intenso desejo de segui-Lo, de imitar-Lhe a conduta. Mas para isso é preciso desenvolver um amor desinteressado e abrangente. Entretanto, a Humanidade parece tão lamentável e suscita tão pouca simpatia!
Pessoas genuinamente boas são raras no Mundo. Já os desonestos são tão abundantes e ardilosos! As notícias sobre políticos corruptos não colocam o coração humano em disposição amorosa. Os criminosos sempre estão a conseguir um modo de sair da cadeia. Vê-se por todo lado a esperteza, a desonestidade e o egoísmo. Parece que todo mundo está à cata de vantagens e de privilégios. Fala-se mais em greves do que em serviços eficientemente prestados. Amar uma Humanidade assim parece uma tarefa bem difícil, quase impossível ...
Entretanto, Jesus é o Modelo e conviveu com homens ainda mais rudes e os amou. Um fator importante a considerar é que cada qual recebe conforme suas obras. À Justiça Divina preside a harmonia universal. Não é necessário gastar tempo com atitudes de revolta e inconformismo. As leis humanas são falhas e freqüentemente são burladas. Mas as Leis Divinas são incorruptíveis e infalíveis.Todo ato, seja digno ou indigno, tem naturais e automáticas repercussões. Assim, os que se permitem viver no mal devem apenas ser lamentados. Eles estão semeando dores em seus destinos.
Conforme afirmou o Mestre na cruz, eles não sabem o que fazem.
Ciente dessa realidade, não deixe que a miséria moral alheia seja um obstáculo à sua piedade e ao seu amor. Mesmo que você não consiga fazê-lo com perfeição, esforce-se em amar seu semelhante. Os ignorantes e indignos são apenas os mais necessitados de compreensão e auxílio. Pense nisso.
sexta-feira, maio 09, 2008
Uma chance a ti mesmo
Apenas uma chance para que possas respirar devagar, suavemente, para assim descobrir quão imensa é a vida que reside dentro de ti.
Dá uma oportunidade para que a tua visão interior encontre as cores que te compõem,
Para então ensinar-te a colorir a tela que ainda permanece em branco por pensares que não és capaz de dar-te o arco-íris.
Apenas um instante para aquietar-te e sentir o silêncio que em ti habita, onde todas as perguntas se calam, pois as respostas, todas, estão ali na tua entrega a ti mesmo.
Teus passos, um a um, vão compondo o teu percurso e depende de ti fazer deste caminho algo digno do ser humano que tu és.
Vem com tua força e não com tua fraqueza.
Vem com tua alegria e não com tua tristeza.
Vem com tua luz e não com a tua escuridão.
Alimenta o que te fortalece frente o tempo que te é dado.
Vê, depende de ti estar em conexão com a vida, o teu amor maior.
Portanto, dá uma chance para que possas, ao menos, ter um vislumbre do que é estar bem, estar em equilíbrio, estar preenchido, estar pleno, cheio de clareza, de luz.
O tempo está passando e se acreditas que o teu destino já foi moldado por outras mãos que não as tuas, realmente estás perdendo tempo, muito tempo...
Alcança para ti o que teu ser sente saudade.
Alcança para ti o que teu ser reconhece como sendo o seu lar, sua morada.
Pois, está, definitivamente, dentro de ti tudo que necessitas para sentir paz...
Paz e gratidão...
Porque, o que te é dado dia a dia, não é pouco e nunca será.
Sê feliz.
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