as pessoas comprimidas, pressionadas e espoliadas de
escolha, obrigadas a submeterem-se às regras de um regime social e económico, para
poderem adquirir aquilo que consideram os seus direitos, revoltam-se…
as pessoas revoltadas necessitam de controlo para que comummente
aceite, a anarquia não contamine e prejudique o funcionamento do que as limita, mas permite que manifestem seu
desagrado.
a necessidade de controlo legitima um sistema, que regula e elege os seus próprios elementos que legitimados por esta
necessidade de controlo, constituem uma espécie de anátema social, com regalias próprias e
poderes privilegiados, algo comparável ao que se verifica na religião católica
com sua Cúria Romana no Vaticano, na pele do ser humano, com uma borbulha infecta, ou verruga disforme e incómoda.
então o sistema gera a compressão sobre as pessoas…
para que as pessoas ocorram na manifestação da revolta, para
depois o mesmo sistema por consequência apoderar-se da legitimidade da
repressão dessa revolta e simultaneamente sobre si próprio, recair a auréola de
uma espécie de benfeitor desinteressado, onde regras próprias e adversas são
permitidas e toleradas por todos...
assim as pessoas nem se dão conta, mas na ausência das suas
livre escolhas, na entrega consciente ou preguiçosa que outorgam a outros do
que lhes cabia a si mesmos, liberdades e direitos acabam por justificar e retro-alimentar a existência daquilo que as comprime e em ultima instância daquilo que
tanto se queixam enquanto manifestantes…
(reflexões acerca da psicose-colectiva)