Saindo dali, Jesus foi para sua própria terra. Seus discípulos o acompanhavam. No sábado, ele começou a ensinar na sinagoga, e muitos dos que o ouviam se admiravam. «De onde lhe vem isso?», diziam.«Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E esses milagres realizados por suas mãos? Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, Joset, Judas e Simão? E suas irmãs não estão aqui connosco?» E ele se tornou para eles uma pedra de tropeço. Jesus, então, dizia-lhes: «Um profeta só não é valorizado na sua própria terra, entre os parentes e na própria casa». E não conseguia fazer ali nenhum milagre, a não ser impor as mãos a uns poucos doentes. Ele se admirava da incredulidade deles. E percorria os povoados da região, ensinando.
quarta-feira, janeiro 31, 2018
quarta-feira, janeiro 03, 2018
Comboio da vida
Numa viagem de comboio
podemos notar uma grande diversidade de situações, ao longo do percurso. A
nossa existência terrena pode ser comparada a uma dessas viagens, mais ou menos
longa.
Primeiro, porque é cheia de
embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns
embarques e grandes tristezas em algumas partidas. Quando nascemos,
entramos no comboio e nos deparamos com algumas pessoas que desejamos que estejam
sempre connosco: são nossos pais. Infelizmente, isso nem sempre é
possível. Em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho,
amizade e companhia insubstituíveis...
Mas isso não impede que
durante a viagem outras pessoas especiais embarquem para seguir connosco: são
nossos irmãos, amigos, amores. Algumas pessoas fazem dessa viagem um
passeio. Outras encontrarão somente tristezas, e algumas circularão pelo trem,
prontas a ajudar a quem precise.
Muitas desembarcam e deixam
saudades eternas.... Outras passam de uma forma que, quando desocupam seu
assento, ninguém percebe.
Curioso é constatar que
alguns passageiros, que nos são caros, se acomodam em vagões distantes do
nosso, o que não impede que, durante o percurso, nos aproximemos deles e os
abracemos, embora jamais possamos seguir juntos, porque haverá alguém ao seu
lado ocupando aquele lugar.
Mas isso não importa, pois,
a viagem é cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas...
O importante é que façamos
nossa viagem da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com os
demais passageiros, vendo em cada um deles o que têm de melhor. Devemos
lembrar que, em algum momento do trajecto, eles poderão fraquejar e,
provavelmente, precisemos entendê-los, porque também fraquejaremos muitas vezes
e, certamente, haverá alguém que nos entenda e atenda.
A grande diferença, afinal,
é que no comboio da vida jamais saberemos em qual estação teremos que descer,
muito menos em que estação desembarcarão nossos amores, nem mesmo aquele que
está sentado ao nosso lado. É possível que quando tivermos que
desembarcar, a saudade venha nos fazer companhia...
Porque não é fácil nos
separar dos amigos, nem deixar que os filhos sigam viagem sozinhos. Com certeza
será triste. No entanto, em algum lugar há uma estação principal para onde
todos seguimos...
E quando chegar a hora do
reencontro teremos grande emoção em poder abraçar nossos amores e matar a
saudade que nos fez companhia por longo tempo...
Que a nossa breve viagem
seja uma grande oportunidade de aprender e ensinar, entender e atender aqueles
que viajam ao nosso lado, porque não foi o acaso que os colocou ali. Que
aprendamos a amar e a servir, compreender e perdoar, pois não sabemos quanto
tempo ainda nos resta até à estação onde teremos que deixar o comboio.
Se nossa viagem não está
acontecendo exactamente como queremos, demos a ela uma nova direcção. Se
é verdade que não podemos mudar de vagão, é possível mudar a situação do nosso
vagão. Observemos a paisagem maravilhosa com que Deus enfeitou todo o
trajecto... Busquemos uma maneira de dar utilidade às horas.
Preocupemo-nos com aqueles que seguem viagem ao nosso lado...
Deixemos de dar importância
às queixas e façamos algo para que a nossa estrada fique marcada com rastros de
luz...
Pensemos nisso... E, boa
viagem!
com base em texto de
autoria de Silvana Duboc, disponível no site www.silvanaduboc.us.
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