quarta-feira, fevereiro 26, 2025

Nossa dualidade

A psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross, visitando o campo de concentração Majdanek, na Polônia, ficou horrorizada ao lembrar que ali mais de trezentas mil pessoas haviam morrido. Fora uma verdadeira usina de morte de Adolf Hitler. Enquanto percorria os alojamentos sinistros, questionou como era possível tamanha crueldade. Era-lhe difícil compreender como seres humanos podem agir de forma tão criminosa com relação a outros seres humanos, em especial a crianças inocentes. Seus pensamentos foram interrompidos por uma voz calma e segura de uma jovem: Se você tivesse sido criada na Alemanha nazista, também seria capaz de fazer isso.

Elizabeth reagiu dizendo que fora criada por uma boa família e era uma pacifista.

No entanto, antes de deixar a Polônia, ela haveria de passar por momentos perigosos e afligentes.

Caminhando por uma estrada de cascalho, suava de febre. Seu objetivo era retornar à Suíça. Sentia-se fraca. A fome a dominava. Então, ela pareceu vislumbrar a figura de uma menina em uma bicicleta, comendo um sanduíche. E confessa: Por um instante considerei a possibilidade de roubar aquele sanduíche arrancando-o da mão da criança. Nesse impasse, ela revive, em sua mente, as palavras da jovem: Cuidado, há um Hitler dentro de nós!

Ela se assusta, se controla. Logo mais, seria encontrada por uma mulher, conduzida a um hospital e atendida. Mas, esse fato a levaria a escrever, anos mais tarde:

Cada um de nós tem dentro de si um Gandhi e um Hitler. O Gandhi corresponde ao que há de melhor em nós, nosso lado capaz de maior compaixão, enquanto o Hitler corresponde aos nossos aspectos negativos e mesquinhos. Nosso desafio é desenvolver o que há de melhor em nós e nos outros. Aprender as lições de curar nosso Espírito – nossa alma – e de trazer à tona a pessoa que realmente somos.

Gandhi foi muito mais do que um líder político do século XX. Foi um ícone da não violência. Sua maneira de agir ultrapassou fronteiras e continentes, inspirando milhões de pessoas ao redor do mundo. Ele declarou que era incapaz de odiar. Através de uma disciplina baseada na oração, procurava amar a todos. A sua era a filosofia da não violência. Outros líderes, em seus próprios países, se inspiraram nele para lutar pela justiça social e pelos direitos civis.

Tudo isso nos afirma que podemos superar a fera que, eventualmente, resida em nós. Podemos domá-la, dominando nossas más paixões. Quando optarmos pela lei de amor, tão profundamente ensinada pelo Mestre de Nazaré, abandonaremos as lutas contra nossos irmãos. A guerra será banida da Terra, quando entendermos que somos uma única família, num imenso lar, chamado Terra. E tudo que nos compete é nos darmos as mãos, aprendendo a lição do mútuo apoio, para que com rapidez implantemos o reino de paz, de igualdade, que todos desejamos.

Afinal, nosso destino final é a perfeição. Por que não a aceleramos?

Então, depois de uma vida plena de bons exemplos, poderemos deixar esta Terra para dançar em todas as galáxias, como Espíritos libertos. Seres imortais que instalamos em nós o reino de Deus.

terça-feira, fevereiro 25, 2025

Todos temos jeito

A juíza Mindy Glazer e um réu de nome Arthur Booth tiveram um encontro inusitado em um tribunal há cerca de dez anos. O vídeo, que ficou bastante conhecido nas redes sociais, mostra o momento em que o réu, condenado por assalto a dez anos de prisão, já em trajes penitenciários, recebe a condenação em frente à juíza.

Antes de sentenciá-lo ela pergunta: Você cursou o Ensino Médio na Nautilus?

Imediatamente Arthur desaba e começa a chorar.

Ambos haviam se reconhecido. Haviam sido colegas de escola. Ele se desespera, caindo em si, percebendo onde sua vida o havia levado. Não podia acreditar.

A juíza, claramente sensibilizada, olha para todos ao redor e diz: Ele era um garoto excelente. Era um dos melhores jovens no Ensino Médio. Eu costumava jogar futebol com ele e vejam o que aconteceu.

O homem estava transtornado. O remorso chegava com todo seu peso.

Ainda, na despedida, ela pôde lhe dizer: Senhor Booth, espero que o senhor possa mudar a sua vida.

Para quem assiste ao vídeo, a história acaba ali, mostrando como duas pessoas podem tomar caminhos tão distintos. No entanto, ela segue adiante e fica mais bonita.

Arthur não precisou cumprir os dez anos de reclusão. Foi liberado antes por bom comportamento.

No dia de sua saída da prisão, além da família para recebê-lo, teve uma grande surpresa. A juíza Mindy Glazer estava lá aguardando a sua saída e os dois se abraçaram. Entre lágrimas e sorrisos ela lhe diz: Você vai mudar sua vida e vai fazer algo bom por alguém, prometa-me.

Arthur mudou de vida e sempre diz que a juíza foi uma grande inspiração para ele. Ele se tornou gerente de uma empresa farmacêutica no Estado da Flórida e vive bem.

Arthur conta sua história para inspirar outros jovens para não se envolverem com drogas e com o mundo do crime.

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Todos temos jeito.

Jamais nos deixemos abater por pensamentos derrotistas como: Esse aí não tem mais jeito. Fulano se perdeu e não tem mais salvação nesta vida. Ainda nesta existência há como mudar os caminhos e retomar o rumo.

Talvez não consigamos consertar tudo, voltar a como as coisas eram antes dos grandes equívocos. Mas podemos mudar algumas rotas e tentar novos começos. Mesmo depois de velhos, ainda temos jeito. Sempre podemos mudar, aprender algo novo, reinventar a vida.

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Perdoar

Perdoarmo-nos. Pedir perdão a alguém e nos oferecermos para ajudar de alguma maneira. Podemos ter quebrado algumas louças em pedacinhos e dizer: Não há mais como juntar, não sabemos nem onde estão os pedaços. E mesmo que conseguíssemos, elas nunca ficariam como antes.

Talvez não possamos consertar o quebrado, mas temos chance de aprender a arte da cerâmica e construir novas obras. Para as leis divinas isso também significa consertar, refazer caminhos, reajustar-se. Nunca pensemos que é tarde demais. Não nos deixemos abater pelo pessimismo que teima em nos incutir pensamentos como: O mundo não tem jeito, a Humanidade não tem jeito. Todos temos algum jeito. Agora ou depois. Todos podemos nos consertar.

sábado, fevereiro 08, 2025

Metodologia da Harmonia existencial

Nas atividades que se desenvolvem, existem sempre forças que se ativam pela via da intenção, em certos casos, em atividades de um forte pendor espiritual, ritualista, são criados vínculos invisíveis com forças da natureza, inclusive com entidades de determinadas regiões do astral, que passam a agir de forma muito mais autónoma na pessoa. Isso acontece por meio do compromisso, do vínculo, que a pessoa realiza ritualisticamente a conceder solicitando, uma íntima ligação com essas forças convocadas, basicamente em todas as áreas de sua vida.

Temos então por via destes rituais, acontecimentos que poderiam ser descritos como iniciações, com as forças desses determinados rituais ou energias, que irão perdurar muito para além da realização da cerimónia iniciática em si.

Todas as iniciações interferem de forma intensa junto do candidato, principiando a moldá-lo às suas próprias vertentes energéticas e espirituais. Então o candidato passa, quer o reconheça ou não, a estar sob a alçada dessas energias convocadas no ato batismal da cerimónia ritualística, que o vai incorporar nessa dinâmica especifica, onde forças e entidades, por vezes muito poderosas operam incessantemente para os seus fins.

Será que ponderou o necessário acerca do quanto desta dinâmica poderá estar presente nas fortes e súbitas alterações dos seus estados de saúde? 

E quantos destes acontecimentos se podem estar a multiplicar simultaneamente?

A reflexão constitui um tipo de advertência, para que escolha mais atentamente o seu nível de entrega às diversas atividades em que se possa envolver. 

Acontece por exemplo uma cerimonia Xamânica onde você participa ativamente; é uma iniciação espiritual xamânica poderosa que acontece, que vai estar atuante de forma intensa sobre si, como se fosse uma camada extra de forças energéticas intensas em cima do seu campo vibracional.

Depois acontece por exemplo, encontros de meditação, ou de oração, ou de taças vibracionais tibetanas, ou de Yoga, ou de reiki, de Tai Chi, de cartas de Tarot, etc, cada um com sua própria linguagem, vibração, energia, método, tudo o que os define e diferencia uns dos outros.

E assim vai adicionando camada após camada, outros níveis ao referido campo vibracional que ás tantas, pelo "peso" dos níveis adicionados, começa a sua própria base a ficar pressionada e claro, a base ou fundação não tem clara consciência disso porque não domina o conhecimento e as dinâmicas das camadas em curso, entretanto sobrepostas. 

Pode entretanto estar a misturarem-se camada sobre camada com polaridades energéticas opostas, ou seja que por si só funcionam de uma forma, mas que sobrepostas com outras de diferente dinâmica, causem efeitos contrários, causem efeitos que nem são mensuráveis, quase como os medicamentos quando se misturam, deixa de ser possível perceber o que faz cada um a um dado momento.

Passando para outro exemplo; um atleta que se dedica a uma modalidade, o futebol, depois passa para o andebol, e depois para a esgrima, e, entretanto, o corpo dificilmente permite que se especialize em tão diversas modalidades sem se ressentir e no final, para além das lesões provavelmente não conseguirá especializar-se em nenhuma delas.

Nas coisas espirituais ainda creio ser mais intenso, são muitas as pessoas que ao dedicarem-se a múltiplas atividades espirituais, pelo envolvimento simultâneo com as diferentes egrégoras convocadas, desestabilizam as suas vidas e a sua saúde de forma incrível.

Dinamize os eventos que lhe pareçam importantes, atente, proteja-se e escolha aqueles que serão de facto importantes para o seu momento, sabendo que ficará inevitavelmente ligado a cada um deles e a seus diretos efeitos, e inclusive que todos juntos poderão ser demasiado para a sua saúde, equilíbrio e harmonia.