quarta-feira, setembro 12, 2007

SOLILÓQUIO

À sombra do velho carvalho, sob seu aroma doce e penetrante, as pessoas passam.
Eu em silêncio descanso uma homenagem a seus pés.

Beleza efémera do corpo, da juventude. No entanto um direito a defender que a todos deve assegurar o tempo necessário aos prazeres e às aprendizagens.

Porque associamos tantas vezes a aprendizagem com algum tipo de processo de sofrimento? Porque ensina, por força a evitá-lo, … a absorvê-lo?
Seremos todos como contas de um enorme rosário? Nossos dias desde o inicio de cada um, serão um tipo de prece? Até onde chegaremos?
Que transformações mesmo ao nível físico estão em curso?
Serão estas questões emergentes em catapulta a confirmação de um plano de uma complexidade que nos abarca de forma tão vasta e complexa que ilude os sentidos, que condiciona os comportamentos…
As respostas ficam pra depois, para que agora viva o espaço de meus afectos e quiçá um dia, maiores revelações.
Drama? – ver uma resposta pronta junto de uma questão cega.
Parece ao olhar na praça os humanos e suas máscaras personas, que a vida ironiza de verdade. Não é que conseguiram quase tudo planeado desde a aurora do dia sobre todos os vizinhos e sobre todos os objectos, e sobre si mesmos ainda nem um sopro ao entardecer.
Como se a vida tivesse ideias próprias acerca de nossos destinos e nos contrariasse frequentemente. Tantas contagens e nada sobre nós próprios. Tantas vezes simplesmente... "não encaixa".

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