terça-feira, novembro 23, 2010

E se a vida fosse uma canção…


Uma canção que se vai aprendendo desde cedo… que reflecte e acompanha a vida desde o primeiro gemido ao nascer…

Uma canção que evolui equilibrada e harmoniosa, com todas as partes naturais de uma melodia, com compassos, pausas, partes a solo, partes em refrão…

Uma canção que cantando incendeia o peito de sentido, que acende a chama da completa identidade da vida, bela, construtiva e dialogante, com equilibrada melodia.

Uma canção que revê e fortalece o seu carácter, na repetição do refrão. Afinal a parte que melhor se decora…

A parte que todos podem decorar com maior facilidade…
A parte em que acontece uma espécie de resumo união em torno da totalidade de seu conteúdo, como todas as outras canções…

E se a letra a cantar nesse refrão, que se repete como a vida, vezes sem conta, e que une harmoniosamente todas as suas partes, for:
- Perdoa-me, não guardarei ressentimentos, sinto muito perdoa-me, amo-te… HO'OPONOPONO…

Que acontece, ao interpretar esta canção da vida, se negligencia por repetidas vezes o refrão, aquele momento da música que é o elemento melódico mais importante, de união e harmonização das restantes partes …

Rapidamente se conclui que a canção ficará desarmoniosa.

Ao ignorar o refrão, que representa a parte que dá força, que consolida os solos e permite em simultâneo um ponto ideal de encontro para o reconhecimento e adição de mais instrumentos por exemplo, a canção da vida necessariamente se manterá pobre e sem extremidades de comunicação.
É fácil meditar um pouco, como na generalidade das canções, é no refrão que todos memorizam mais rápido, todos cantam a uma só voz e harmonizam naturalmente…
É dos refrãos que se originam as palavras de ordem, os “slogans”, etc.
O refrão está para a canção, como o campo magnético para um íman.

De uma canção linda e harmoniosa, equilibrada e participada, se passará para uma espécie de livro imenso sem capítulos, desequilibradamente, desarmoniosamente e em extremo, mais grave ainda, sem sentido.

Num ser humano, é como se:
- O lado e espaço interior da sua pele fossem um disco de vinil.
- A inteligência e a mente a agulha electromagnética.
- A totalidade do mundo exterior à sua pele, as colunas de som.

Para reproduzir a canção da vida, todo conteúdo de um corpo humano, todos os seus órgãos e suas respectivas funções são necessários.
Para a leitura desta canção impressa nestes órgãos e funções, são necessários os instrumentos da mente bem conduzida, o cultivo da inteligência aliado às boas práticas, às práticas sãs.
Por fim para que se ouça esta maravilhosa melodia, é necessário o plano de ressonância que constitui a pauta onde esta canção se escreve de forma a dar-se a conhecer como experiência.

O refrão desta canção também pode comparar-se a uma pedrinha que caiu no trilho que se percorre muitas vezes. Se o caminhante no seu vai e vem constante pelo trilho, não se verga para a apanhar, não tardará que com o acumular de pedrinhas caídas em suas viagens, erga um verdadeiro muro para tropeçar.

1 comentário:

  1. Nada percebo de criação musical, mas sinto a melodia de um bom refrão
    “Perdoa-me, não guardarei ressentimentos, sinto muito perdoa-me, amo-te… HO'OPONOPONO…”

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