Uma canção que se vai aprendendo desde cedo… que reflecte e acompanha a
vida desde o primeiro gemido ao nascer…
Uma canção que evolui equilibrada e harmoniosa, com todas as partes
naturais de uma melodia, com compassos, pausas, partes a solo, partes em refrão…
Uma canção que cantando incendeia o peito de sentido, que acende a
chama da completa identidade da vida, bela, construtiva e dialogante, com equilibrada
melodia.
Uma canção que revê e fortalece o seu carácter, na repetição do refrão.
Afinal a parte que melhor se decora…
A parte que todos podem decorar com maior facilidade…
A parte em que acontece uma espécie de resumo união em torno da totalidade
de seu conteúdo, como todas as outras canções…
E se a letra a cantar nesse refrão, que se repete como a vida, vezes
sem conta, e que une harmoniosamente todas as suas partes, for:
- Perdoa-me, não guardarei ressentimentos, sinto muito perdoa-me, amo-te…
HO'OPONOPONO…
Que acontece, ao interpretar esta canção da vida, se negligencia por
repetidas vezes o refrão, aquele momento da música que é o elemento melódico mais
importante, de união e harmonização das restantes partes …
Rapidamente se conclui que a canção ficará desarmoniosa.
Ao ignorar o refrão, que representa a parte que dá força, que consolida
os solos e permite em simultâneo um ponto ideal de encontro para o
reconhecimento e adição de mais instrumentos por exemplo, a canção da vida necessariamente
se manterá pobre e sem extremidades de comunicação.
É fácil meditar um pouco, como na generalidade das canções, é no refrão
que todos memorizam mais rápido, todos cantam a uma só voz e harmonizam
naturalmente…
É dos refrãos que se originam as palavras de ordem, os “slogans”, etc.
O refrão está para a canção, como o campo magnético para um íman.
De uma canção linda e harmoniosa, equilibrada e participada, se passará
para uma espécie de livro imenso sem capítulos, desequilibradamente, desarmoniosamente
e em extremo, mais grave ainda, sem sentido.
Num ser humano, é como se:
- O lado e espaço interior da sua pele fossem um disco de vinil.
- A inteligência e a mente a agulha electromagnética.
- A totalidade do mundo exterior à sua pele, as colunas de som.
Para reproduzir a canção da vida, todo conteúdo de um corpo humano, todos
os seus órgãos e suas respectivas funções são necessários.
Para a leitura desta canção impressa nestes órgãos e funções, são necessários
os instrumentos da mente bem conduzida, o cultivo da inteligência aliado às
boas práticas, às práticas sãs.
Por fim para que se ouça esta maravilhosa melodia, é necessário o plano
de ressonância que constitui a pauta onde esta canção se escreve de forma a
dar-se a conhecer como experiência.
O refrão desta canção também pode comparar-se a uma pedrinha que caiu
no trilho que se percorre muitas vezes. Se o caminhante no seu vai e vem
constante pelo trilho, não se verga para a apanhar, não tardará que com o
acumular de pedrinhas caídas em suas viagens, erga um verdadeiro muro para
tropeçar.
Nada percebo de criação musical, mas sinto a melodia de um bom refrão
ResponderEliminar“Perdoa-me, não guardarei ressentimentos, sinto muito perdoa-me, amo-te… HO'OPONOPONO…”