Em toda a
actividade humana, não existe melhor e mais preciso instrumento de avaliar um
desempenho, senão pela simples observação do seu “timming”, do seu ciclo de
manifestação.
A manifestação
de um desempenho é transversal às áreas que a circunscrevem e até envolvem,
assim serve perfeitamente para a caracterizar.
Na espiral
dos acontecimentos existe um padrão que ao repetir-se, ainda que seu actual
momento possa e até é desejável, tecer particulares considerações, existe no
padrão espiralado dos eventos, que constituem a contagem do tempo, uma
sobreposição de ciclos que constituem um padrão.
A percepção
destes maravilhosos eventos misteriosos, que a conduta do desempenho humano
gera, são mesuráveis pela observação do padrão rítmico de suas sobreposições.
Apesar de suas origens serem indetectáveis no tempo que antecede o observador do desempenho, assim como o seu destino evolutivo, pela singularidade da espiral dos eventos, pelo amor e pela oportunidade, torna-se o ritmo como uma canção cósmica acerca deste próprio desempenho, um testemunho e espécie de assinatura.
É assim que
se confirma o método e o motivo de todo o desempenho sábio, tomar o seu tempo,
e numa aparente lentidão relativamente ao mundo moderno, consegue sobreviver à
precipitação dos eventos e seus indesejáveis efeitos.
Assim sobre
a exclusividade humana, quando alguém age aceleradamente, precipitadamente,
está unicamente a ignorar padrões de si mesmo que consequentemente, terá que
repetir até entender as suas sobreposições, de modo a naturalmente integrar ou
conscientemente assumir, a sua própria razão de ser.
Em analogia,
repare-se o trajecto dos humanos reconhecidamente sábios, tendencialmente
desacelerados, como quem deseja saborear uma boa refeição sem pressas.
São
estes humanos assertivos sobre as considerações do seu desempenho e em
resultado detentores de uma clarividência a toda a prova. Podem determinar com
exactidão os precisos momentos dos eventos, suas implicações múltiplas, onde se
desarmonizam, onde se dissipam por cumprimento.
Num mundo manifestado
onde o corpo e a alma trocam mimos, estes procedimentos são factores de uma imensa
e natural auto-realização.
Porque para
a integração de um determinado evento ou momento, não deixam de considerar os
eventos ou momentos que os derivam (impulsionam), em espiral sobreposição.
Todo o
afastamento do momento em que tudo acontece a seu tempo, é uma ficção
antinatural que não raras vezes se paga caro, senão com a própria asfixia do
porvir.
Aquele que
em nome do que quer que seja, para o fazer incidir sobre si ou os demais esqueça, ignore
ou despreze o padrão que o conduziu até então, está a espetar a faca do anátema
em suas próprias costas à traição, enquanto tenta convencer o mundo e a si próprio, de algum
tipo de salvação.
Duas são as forças que estabilizam e impulsionam as espirais:
ResponderEliminar- A Mecânica, pelo esforço e superação dos corpos - espirais terrestres
- A Subtil, pela sublimação consciencial (amor) – espirais celestes
O que as diferencia é o grau de aprendizado.
Em ambas, a única avaliação deve ser a AUTO-AVALIAÇÃO.
A integração que a auto-avaliação pressupõe, elimina por completo a separação destas duas referidas forças, uma vez que a mecânica não se realiza sem a subtil e o inverso também é verdade.
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