domingo, maio 25, 2014

sepultura

Todo o ser humano tem uma natureza, que só ele próprio na generalidade dos casos conhece bem.

Por esse mesmo motivo existe uma incapacidade natural de mentir a si próprio sem dificuldade.



Todo aquele que escolhe, permite e autoriza que a mentira se instale sobre si mesmo, apenas está a enganar-se, a vigarizar-se, a desconsiderar-se, e cabalmente a cavar a sepultura de sua própria riqueza espiritual.

quarta-feira, maio 07, 2014

wu ji

a vida não existe como tu pensas que
ela existe.
vida existe antes de pensares como ela existe.

festa...????

o ser humano dos dias de hoje é tão caricato... 
que para chegar a si mesmo...
teve que o fazer a partir de fora...

sem reparar, sem quase controlar inicia finalmente,
através de uma exposição a que sempre se negou,
através de redes sociais e novas formas de divulgação,
dá-se finalmente a conhecer nos seus mais diversos
estados e forma de intimidade, a si e a sua família

desta vez para o mundo inteiro, algo que anteriormente
havia sido impensável somente para a gentes de sua freguesia,
de sua família inclusive...

finalmente inicia rápido através desta exposição a que se sujeita
transportado pela moda e pelo dá jeito...
a ver-se nos olhos e na boca do mundo imenso de limites desconhecidos...

afinal tudo e tudo, para que finalmente 
se tenha encurralado para olhar de frente.

será que está preparado para a cilada,
que para si próprio preparou de forma impensada?

a ver vamos...

a festa somente agora iniciou...

terça-feira, maio 06, 2014

de um prisma Divino...

a grandeza da humanidade é quando reconhece,
a sua pequenez.

é nesse seu gesto colectivo que parte de gestos individuais, 
que são criadas as condições necessárias para 
reconhecer os mecanismos de transcendência a níveis 
de percepção superiores,

isso é válido para todos os níveis de conhecimento.

segunda-feira, maio 05, 2014

obstáculo ao crescimento...

Tem aquele que se acha grande,
este não tem por onde crescer
não reúne espaço disponível, 
por sua própria forma de entender a vida


Dentre aquele que não se acha grande, 
o que reúne condições para crescer,
o pior que pode acontecer é quando
insiste a ficar atarraxado em sua pequenez...


sexta-feira, maio 02, 2014

Um gesto de amor

Um garoto pobre, com cerca de doze anos de idade, vestido e calçado de forma humilde, adentra a loja e pede ao proprietário que embrulhe para presente um sabonete comum.

É presente para minha mãe, diz com quase orgulho.

O dono da loja ficou comovido diante da singeleza daquele presente. Olhou com piedade para o seu freguês e, sentindo uma grande compaixão, sentiu vontade de ajudá-lo.

Pensou que poderia embrulhar, junto com o sabonete comum, algum artigo mais significativo. Entretanto, ficou indeciso: ora olhava para o garoto, ora para os artigos que tinha em sua loja.

Devia ou não fazer? O coração dizia sim, a mente dizia não.

O garoto, notando a indecisão do homem, pensou que ele estivesse duvidando de sua capacidade de pagar. Colocou a mão no bolso, retirou as moedinhas que dispunha e as colocou sobre o balcão.

O homem ficou ainda mais comovido, quando viu as moedas, de valor tão insignificante. Continuava seu conflito mental. Em sua intimidade concluíra que, se o garoto pudesse, ele compraria algo bem melhor para sua mãe.

Lembrou de sua própria mãe. Fora pobre e muitas vezes, em sua infância e adolescência, também desejara presentear sua mãe. Quando conseguiu emprego, ela já havia partido para o mundo espiritual. 

O garoto, com aquele gesto, estava mexendo nas profundezas do seu sentimento. Do outro lado do balcão, o menino começou a ficar ansioso. Alguma coisa parecia estar errada. Por que o homem não embrulhava logo o sabonete?

Ele já escolhera, pedira para embrulhar e até tinha mostrado as moedas para o pagamento. Por que a demora? Qual o problema?

No campo da emoção, dois sentimentos se entreolhavam: a compaixão do lado do homem, a desconfiança por parte do garoto.

Impaciente, ele perguntou: Moço, está faltando alguma coisa?

Não, respondeu o proprietário da loja, é que de repente me lembrei de minha mãe. Ela morreu quando eu ainda era muito jovem. Sempre quis dar-lhe um presente, mas, desempregado, nunca consegui comprar nada.

Na espontaneidade de seus doze anos, perguntou o menino: Nem um sabonete?

O homem se calou. Refletiu um pouco e desistiu da ideia de melhorar o presente do garoto. Embrulhou o sabonete com o melhor papel que tinha na loja, colocou uma fita e despachou o freguês sem responder mais nada.

A sós, pôs-se a pensar. Como é que ele nunca pensara em dar algo pequeno e simples para sua mãe? Sempre entendera que presente tinha que ser alguma coisa significativa, tanto assim que, minutos antes, sentira piedade da singela compra e pensara em melhorar o presente adquirido.

Comovido, entendeu que naquele dia tinha recebido uma grande lição. Junto com o sabonete do menino, seguia algo muito mais importante e grandioso, o melhor de todos os presentes: o gesto de amor!

*   *   *

Invista no amor. Ele é o mais poderoso meio de tornar as pessoas felizes.

Em qualquer circunstância, em qualquer data especial para determinadas comemorações, o mais importante não é o que se dá, mas como se dá.

Todo presente deve se revestir de sentimento e não deve haver diferença entre homenagens a uma pessoa pobre ou a uma pessoa rica.

A expressão deve ser sempre do afeto. O que se deve dar é o coração a vibrar em amor.

O valor do presente não está no quanto ele vai aumentar o conteúdo das caixas registradoras, mas sim o quanto ele somará na contabilidade do coração.

com base no cap. 20, do livro Novas histórias que ninguém contou, novos conselhos que ninguém deu, de Melcíades José de Brito, ed. DPL. Disponível no livro Momento Espírita, v. 4, ed. FEP.