domingo, junho 21, 2015
quinta-feira, junho 18, 2015
+ como Tu...
Estou convencido que assim comecem a surgir entre nós mais como Jesus, que o mundo acelerará de forma irretornável, para um clima crescente de paz, segurança e fraternidade entre os povos.
E não será mais preciso, para alcançar estes patamares de enorme evolução humana e civilizacional, nenhum tipo de suplicio ou enorme sacrifício.
Esse esforço já está cumprido. Assumiu-o voluntariamente o próprio Mestre Jesus enquanto esteve cá entre nós fisicamente, no suplicio e martírio a que foi sujeito apesar de inocente e que resultou na entrega de sua própria vida pela remissão dos nossos pecados seja, pelo carma pesado que teríamos todos ainda que superar, para absorver os profundos conhecimentos das maravilhas do Pai.
Reflexão que aponta para a importância essencial para cada um de nós usar a força da intenção dirigida, do pensamento direccionado, da oração, da meditação, para que estes fluidos benevolentes e curadores sejam um balsamo renovador num mundo presentemente tão acometido de injustiças, incompreensões e intolerâncias.
Orar seja no livre método de cada um, uma responsabilidade para si, para os seus e para aqueles que quando partirmos hão-de vir.
Assim Seja!
quarta-feira, junho 17, 2015
Dia Litúrgico: Quarta-feira da 11ª semana do Tempo Comum
Hoje fui sujeito a uma situação corriqueira.
Numa fila de pessoas para atendimento num estabelecimento comercial uma pessoa com quem tinha estado a conversar sobre banalidades, mas também sobre um certo teor de certo e errado, ao entrar um seu conhecido na recepção aproveitou e mesmo depois de conversar comigo, utilizando-se dum ardiloso impulso, passou à minha frente com ar de grande naturalidade.
Eu não quis levantar escândalo e freei meus impulsos, ainda perplexo pela atitude inesperada daquele que conversando amenamente comigo, estava agora a comportar-se lamentavelmente.
Quase imediatamente outro personagem preparava-se para fazer o mesmo. Não teve hipótese, já que levantei a voz chamando atenção para aqueles que já aguardavam à sua frente para serem atendidos.
Percebi que a primeira personagem enquanto era atendida estava envergonhada do que fizera e ainda que me olhasse tentando conquistar simpatia, eu comportei-me como se ela deixasse de existir, apesar de antes ter estado a falar com ela descontraidamente.
Por essa altura questionava-me se no momento de se retirar, ao cumprimentarmo-nos a iria repreender. Achei que ela tinha entendido e que já bastava, deixando o tema à sua própria consciência, preferindo ignorar o assunto.
O senhor acabou saindo sorrateiramente e eu nem lhe dignei um olhar de reprovação. Apenas o ignorei. Achei que assim ainda lhe tinha poupado uma vergonha porque se viesse despedir-se ia ser repreendido com certeza absoluta.
Resumo da forma como me senti em relação ao assunto mais tarde umas horas:
Em primeiro lugar queria ter uma atitude de tolerância e acabei alimentando uma atitude de orgulho. Depois cuidei que ninguém escutasse em voz alta a falha do senhor em questão e acabei por certificar-me que ele ficasse como que confrontado pela sua imprudência. Afinal tudo que tentei fazer para que não lesasse o meu irmão acabou por ser transformado numa espécie de refinada tortura, para que ele ficasse marcado pela sua falha.
Julgamento, orgulho, Intolerância, soberba... grande fiasco... quando aprenderei????
Mais tarde uma horas, acabo cruzando com a seguinte passagem do evangelho:
Evangelho (Mt 6,1-6.16-18): «Cuidado! não pratiqueis vossa justiça na frente dos outros, só para serdes notados. De outra forma, não recebereis recompensa do vosso Pai que está nos céus. Por isso, quando deres esmola, não mandes tocar a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos outros.
Em verdade vos digo: já receberam sua recompensa. Tu, porém, quando deres esmola, não saiba tua mão esquerda o que faz a direita, de modo que tua esmola fique escondida. E o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa.
»Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de orar nas sinagogas e nas esquinas das praças, em posição de serem vistos pelos outros. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai que está no escondido. E o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa.
»Quando jejuardes, não fiqueis de rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para figurar aos outros que estão jejuando. Em verdade vos digo: já receberam sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os outros não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está no escondido. E o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa».
-não consigo deixar de pensar.... que maravilhosa forma de ver a vida e suas complexas relações... que maravilhosos pensamentos... que nobreza de carácter... cada vez amo e admiro mais este maravilhoso homem, que foi Jesus de Nazaré...
terça-feira, junho 16, 2015
Dia Litúrgico: Terça-feira da 11ª semana do Tempo Comum
Evangelho (Mt 5,43-48): «Ouvistes que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’Ora, eu vos digo: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem!
Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus; pois ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos. Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os publicanos não fazem a mesma coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa?
Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito».
quinta-feira, junho 11, 2015
Quando tudo parece contra nós
Qual seria o destino de toda aquela gente? As oficinas do campo de Auschwitz haviam sido fechadas. Também o barracão trinta e um, com suas quase quinhentas crianças.
O que se haveria de esperar agora? Falava-se de uma selecção que os temidos oficiais da SS realizariam. Dita estava cansada. A esperança parecia fugir de sua alma adolescente como areia fina entre dedos entreabertos.
Seu pai morrera, vítima dos trabalhos forçados, de fome e de enfermidade. Nenhum medicamento lhe fora providenciado, quando a febre começara a devorá-lo e a pneumonia lhe destroçara os pulmões.
Ela nem pudera estar perto dele para assistir seus últimos momentos. Seu corpo fora se juntar ao de tantos outros, que morriam, diariamente, no campo de extermínio.
Sua mãe parecia um farrapo humano, com os ossos rasgando a pele, tal a magreza. Piolhos, pulgas, mau cheiro, fome, muita fome. Ela não aguentava mais.
Vamos rezar. – Convidou Margit, a amiga.
Rezar? Para quem? - Explodiu Dita.
Para quem mais poderia ser senão para Deus?
A raiva tomou conta de Dita. Há muito tempo tudo aquilo estava guardado dentro dela. Como um vulcão, ela expeliu a lava da sua amargura.
Centenas de milhares de judeus rezam a Deus, desde 1939. Ele não escutou ninguém.
Talvez não tenhamos rezado o suficiente, forte o bastante para que ele nos escute.
A amiga procurava os últimos fiapos de esperança, dentro de si, buscando apoio na companheira.
Ora, Margit. Deus sabe de tudo o que fazemos e não sabe que estão matando milhares de inocentes? Não sabe que outros milhares são mantidos como prisioneiros e tratados piores do que cães? Acha mesmo que Ele não sabe?
Embora a revolta que extravasava, Dita demonstrava que tinha certeza absoluta daquele Deus, cuja existência os pais lhe haviam ensinado.
Ele era omnipresente. Omnipotente. Por que não tomava uma atitude? Por que não fazia nada? Acaso os judeus não eram Seus filhos?
Não sei, foi a resposta de Margit. Sei que não se deve questionar Deus. Podemos ir para o inferno.
Não seja ingênua, Margit. Já estamos no inferno.
* * *
Ante as dores superlativas que nos visitam, por vezes, a desesperança nos abraça.
É que quando chega a madrugada, e as dificuldades do dia anterior voltam a nos assaltar, parece-nos que já não existe energia para fardo tão pesado.
É o momento do desespero. A oração parece perder sua força e seu poder.
Deus nos parece alguém distante e insensível. Alguém que talvez passeie pelos jardins do Éden, esquecido dos que padecem.
Jesus, na agonia da cruz, ante as dores que O dilaceravam, legou-nos o mais extraordinário ensino. Enquanto se debatiam os condenados, ao Seu lado, Ele orava ao Pai:
Senhor, concede o Teu perdão. Eles não sabem o que fazem.
Preocupava-se com os Seus irmãos.
E, sentindo se aproximar o momento da morte, rogou:
Senhor, em Tuas mãos entrego meu Espírito.
Nenhuma revolta. Nenhum desespero. Fortaleza na prece.
Aprendamos com o Modelo e Guia, porque, nesta Terra de tanta intranquilidade, tudo se finda.
Só o Espírito é eterno, indestrutível.
Pensemos nisso.
com base no cap. Julho de 1944, do livro A bibliotecária de Auschwitz, de Antonio G. Iturbe, ed. AGIR.
quarta-feira, junho 10, 2015
sábado, junho 06, 2015
sexta-feira, junho 05, 2015
Harmonizando sentimentos
Carlos tinha uma irmã. Toda vez que saía, ele precisava levá-la junto.
E Terry, no conceito do irmão, não era uma boa companheira para as brincadeiras. No jogo de bola, vivia deixando a bola cair.
No jogo de pique, ficava correndo à toa, parecendo folha que o vento carrega de um lado a outro. Enfim, ela não entendia as regras e fazia tudo errado.
Antes do Natal, ele foi ao Shopping Center para comprar um presente para a avó. Como sempre, Terry foi a tiracolo.
E como sempre, atrapalhou. Carlos se sentiu obrigado a comprar uma boneca boba, só porque ela não parava de dizer: linda, linda. E não queria sair daquele balcão.
De mau humor, quando Terry pediu para ir ao banheiro, ele simplesmente apontou a porta, ao fundo do corredor, e a deixou ir sozinha.
Ele a viu tropeçar duas vezes nos degraus. Ela estava toda alvoroçada por estar indo sozinha a um lugar.
Cansado de esperar, depois de dez minutos, considerando a irmã a pessoa mais lerda do mundo, foi procurá-la.
Mas ela tinha desaparecido. Estava perdida. Ele começou a subir e descer escadas. Andou por todos os corredores. Perguntou a pessoas. Nada!
O remorso começou a tomar conta dele. O que diriam seus pais? Com certeza, pensariam que ele fizera de propósito, para ver-se livre dela de uma vez por todas.
E se não a encontrasse nunca mais? Começou a lembrar do cartão de aniversário que ela lhe dera. Sua mãe lera vários cartões e ela escolhera um que dizia: Para o meu querido irmão.
Recordou de quantas vezes Terry enxugava a louça, no lugar dele, porque ela gostava.
Lembrou de como ela conseguia fazer o bebezinho rir, quando ele ficava irritado, por causa dos primeiros dentinhos.
Começou a chorar. E se alguém a estivesse maltratando? E se ela estivesse sozinha e apavorada?
Foi andando mais depressa. As lágrimas escorrendo pelo rosto.
E quase caiu em cima de Terry. Ela estava sentada no chão, com um garotinho no colo. A mãe dele fazia compras e logo elogiou o jeito dela para lidar com bebés.
Carlos teve vontade de gritar com a irmã, bater nela! Queria que ela soubesse o quanto ele tinha ficado assustado com a ideia de perdê-la.
Mas não fez nada disso. Somente deu-lhe um grande e apertado abraço.
Tomou-a pela mão e foram para casa. E descobriu que amava muito aquela irmã. Que ela era importante para a sua vida.
Hoje, ele tem um trato com sua mãe: Metade das vezes que sai para brincar com os amigos, ele vai com Terry. A outra metade, vai sozinho.
E toda vez que ela sai com ele, Carlos a leva com a maior boa vontade.
Este ano, quando Terry fez aniversário, Carlos lhe comprou um cartão com os dizeres: Para uma irmã maravilhosa.
E era de coração.
* * *
Ante as limitações de um filho, aprende a observar os demais. Na tua maturidade de pai ou mãe, auxilia-os a se entenderem e se amarem.
Explica ao saudável das carências do outro. Mas não lhe carregue os ombros com a incumbência total de atender ao irmão.
Lembra que, por vezes, ele mesmo pode estar se sentindo preterido pelas tantas atenções que o outro desperta.
Ajuda-o para que se amem, cresçam e conquistem louros da vida, juntos.
com base no livro Minha irmã é diferente, de Betty Ren Wright, ed. Ática.
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