quinta-feira, abril 21, 2016

Derradeiro dia‏

São vários os poetas, músicos, pensadores a indagar, em suas obras, o que faríamos se hoje fosse nosso último dia de vida.

Reflectem sobre a importância da vida, analisam como valorizamos coisas desnecessárias, como nos iludimos com aquilo que, efectivamente, não nos faz felizes.

Naturalmente, se hoje fosse o último dia de nossa vida, ou se pudéssemos prever nosso derradeiro dia, na existência física, as reflexões seriam bem diferentes para cada um de nós.

Na incerteza de quanto tempo ainda teremos, não nos preocupamos se agimos certo, se valorizamos o que verdadeiramente merece.

Porém, se é incerto o dia que partiremos, temos a certeza de que todos iremos morrer.

Por isso, talvez o melhor seja não nos perguntarmos o que faríamos, se hoje fosse o último dia.

Talvez fosse melhor nos indagarmos como temos nos preparado para quando esse dia chegar.

Isso porque, ao concluir nossa jornada na Terra, ao terminar esta experiência física, a vida continuará.

Todos voltaremos para casa, ao mundo espiritual, de onde viemos quando aqui nascemos.

Conscientes disso, a pergunta mais oportuna a nos fazermos é: Quais os valores que estamos conquistando e que constituirão nossa bagagem ao partir?

Será que retornaremos ao mundo espiritual carregados de débitos morais?

Somos dos que caminhamos na vida prejudicando, traindo, gerando inimizades e dificultando a vida alheia?

Seremos os que usurpam, roubam, corrompem, abortam ideais, desviam vidas?

Oxalá sejamos daqueles que têm juntado em sua intimidade valores nobres e tesouros morais.

Aqueles que atendemos com rectidão de carácter os compromissos familiares, a educação dos filhos, que actuamos como profissionais responsáveis e dedicados, que somos cidadãos cumpridores dos próprios deveres.

Mais do que isso: que sejamos aqueles que empregamos nosso tempo também para o bem ao próximo, para a vivência da solidariedade, agindo de maneira positiva na comunidade.

Assim, melhor do que pensarmos o que faríamos se hoje fosse nosso último dia, é analisar o que temos feito, o que vimos juntando para a viagem de retorno ao nosso verdadeiro lar.

Nenhuma viagem de grande porte ocorre com sucesso sem haver programação e dedicação.

Nosso retorno ao mundo espiritual não deve ser diferente.

Colheremos alegrias ou grande constrangimento, conforme os dias que hoje vivemos.

Nenhuma premiação ou condenação divinas, nenhum destino definitivo. Apenas o encontro com a nossa própria consciência.

Sem a possibilidade de nos escondermos atrás das máscaras e subterfúgios que aqui utilizamos, iremos nos deparar, na continuidade da vida, com a realidade de nosso mundo íntimo.

Portanto, são nos dias do agora, através de nossas atitudes e valores, que construiremos a nossa felicidade futura, ou dias de dificuldade e dor, quando do nosso regresso à Casa do Pai.


Pensemos nisso, hoje, enquanto é tempo. 

terça-feira, abril 05, 2016

Tempo de ação

Estamos no Terceiro Milénio. Pensávamos que este seria um milénio de paz, de tranquilidade.

No entanto, conforme as exortações do Mestre de Nazaré, ouvimos falar de guerras e rumores de guerras.

A orientação é de que não devemos nos perturbar porque forçoso é que assim aconteça. Mas ainda não é o fim.

Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino. E haverá fome e terremotos em vários lugares.

Mas todas essas coisas são o princípio das dores.
Nesse tempo muitos hão de se escandalizar, e trair-se uns aos outros, e mutuamente se odiarão.
Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.

E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.

Relendo os apontamentos do Evangelista Mateus é de nos indagarmos o que foi que não entendemos, ainda.

Por que nos escandalizamos tanto com as atribulações deste século quando tudo foi predito pelo Senhor das estrelas?

Ele nos advertira a fim de que nos preparássemos. Muitos de nós não fizemos a lição.

Contudo, há tempo. Há tempo de nos consciencializarmos que os tempos são chegados. Tempos da grande transformação.

Tempos em que as tribulações chegam, alcançando os indivíduos, as famílias, as nações.

É tempo de accionar o amor e a compreensão.

Entender que nos encontramos à beira de um mundo novo. Mas, como toda reforma, necessita ter derrubados alguns velhos conceitos e posturas inadequadas.

Então, parece que tudo se transforma numa convulsão, exactamente como quando nos propomos à reforma de uma casa: poeira, sujeira, desconforto.

Mas, o resultado final é bom. E teremos uma casa mais confortável, arejada, clara.

Portanto, é tempo de idealizar o futuro mas não deixar de olhar o entorno.

Há muita dor a ser atendida. É tempo de nos darmos as mãos e nos auxiliarmos.

Disso nos dão exemplos algumas nações, recebendo exilados fugitivos da fome, da guerra, da violência.

É tempo de pensarmos mais no todo e menos em nós mesmos. Vivermos os momentos de alegria, com certeza, mas não deixarmos de compartilhar com os deserdados do mundo o pão que se mostra farto em nossa mesa.

É tempo de entendermos que a vida na Terra é passageira. Hoje estamos aqui e o amanhã poderá nos surpreender na Espiritualidade, em outra realidade.

É tempo de accionar o amor e buscar o entendimento com os que nos compartilham a existência. É tempo de utilizar menos a soberba e mais a humildade.

Tempo de vivenciar afectos, estender amizades, fazer o bem que se possa, mesmo que seja um simples sorriso a quem passa, um cumprimento a quem encontramos na fila do mercado...

É tempo de preparar esse mundo novo que nosso coração deseja há tanto tempo.

É tempo de amar. Tempo de aguardar o melhor, mas construir, desde agora, o bom.

E não nos permitamos a turbulência dos sentimentos, ante os problemas que o mundo nos mostra. Logo mais, novos panoramas haverão de se apresentar.

Pensemos nisso e sejamos os promotores de ações positivas para que tudo isso se apresse.

com citações do Evangelho de Mateus, cap. 24, versículos 6ss.

domingo, abril 03, 2016

Em Deus...

Em Deus todos os acontecimentos são oportunidades,


afinal para quem sente sua filiação Divina quem mais importante que Deus, seu Pai