Os atuais jogos Olímpicos são uma reconhecida competição entre os mais dotados atletas de cada uma das nações participantes em determinadas modalidades desportivas, desde a sua origem na antiga Grécia.
Este evento evoluiu sobrevivendo ao passar das gerações, conseguindo o feito de atravessar mais ou menos incólume duas guerras mundiais.
Nos dias de hoje, apesar de manter alguns dos seus critérios originais ou regras de participação, como a idade jovem do atleta, sua quase perfeita compleição física, hoje sua organização é orientada por um comité de formação e ideologia fundamentalmente capitalista, à imagem das principais nações mundiais. Por esse mesmo motivo acabam muitos dos seus eventos contestados por revelações de conspiração às regras da competição justa, utilização de drogas dopantes, influências de pressão sobre atletas e juízes, critérios não imparciais e não raras manifestações populares de indignação.
São conhecidas as muitas irregularidades em modalidades que se repetem ano após ano e sempre exigem novos recordes nacionais e mundiais, quantos deles à custa da integridade física e moral de seus atletas, treinadores e equipes.
Será que este modelo de Jogos Olímpicos está como o nosso modelo civilizacional, caduco, demente e claramente insustentável a um curto prazo?
A esta questão é apontada a seguinte reflexão:
Porque não transformam estes jogos olímpicos oriundos de um modelo bélico do passado, para um modelo fraterno e do futuro?
Porque não se hão-de denominar de Jogos Olímpicos da Humanidade?
Cada nação faria representar seus mais dotados cidadãos, em determinadas modalidades definidas e documentadas num espaço de quatro anos como agora são aliás os jogos, e assim encontrados os eleitos para serem colocados em competição mundial direta, pelas medalhas do mais alto mérito e reconhecimento.
Porque não serem as modalidades a serem avaliadas por um colégio de juízes especializados e de reconhecida idoneidade, por exemplo; feitos registados ao nível da educação, ao nível social, da saúde, da ciência para o desenvolvimento, da caridade desinteressada, do desenvolvimento sustentado, da filantropia; da ecologia e ambiente, dos feitos de heroísmo mesmo o póstumo que também teria direito e muito justamente a homenagem e medalha, etc.
Enfim existem hoje em dia imensas disciplinas que poderiam facilmente reformar o paradigma competitivo entre nações, onde os Jogos Olímpicos recuperassem o seu mais nobre sentido, de unir competindo amigavelmente entre si, as nações do mundo inteiro, nos temas mais essenciais para a própria identidade humana, onde cada nação gostaria saber para sua própria identidade onde param os seus campeões, para lhes seja feita justa homenagem, seguido o exemplo, partilhado o saber.
Imagine-se o efeito pedagógico, económico e social sobre os cidadãos de cada país.
Imagine-se as dinâmicas positivas que um evento desta natureza mediatizado mundialmente geraria na globalidade das nações.
Enquanto a ambição de cada um, de cada povo, de cada nação for seu “umbigo”, seu destino será curto e pequeno.
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