sexta-feira, julho 16, 2010

Gratidão


Gratidão sinto pelas árvores, matizes de verdes oscilantes entre a luz e a sombra.

Gratidão pelo vento que parece transportar as partículas de luz, enquanto me trespassa.

Gratidão pela vida, pela ampla extensão de momentos inesperados que consigo vivenciar.

Gratidão pela respiração, o olhar, o aroma e o sentimento de comunhão possível com a natureza.

Assim todo o afazer, é generosamente recompensado.

No próprio cerne do trabalho, do esforço e até do sofrimento, é intrínseca a magnífica e generosa retribuição do que ainda por vezes penoso não consegue ensombrar.

Se ao respirar, junto com a sua experimentação chegam os sentidos, o aroma.

A escolha mantém-se una. Escolho não inspirar um qualquer escape motorizado e ao invés, assumo o ar das árvores e das flores.

Cada um faz as suas escolhas.

No corpo humano em analogia com uma viatura automóvel, a cabeça representa o volante. Esta dirige os movimentos do corpo, as direcções, no sentido que lhe é propicio.

A cabeça é como um painel de instrumentos onde estão todos os comandos e manómetros da vida…, do painel da vida.

A vida é uma experiência possível, não uma certeza inequívoca.

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