A vida quotidiana não é senão uma sucessão de tarefas que é necessário realizar; todos os dias é preciso ir trabalhar, todos os dias há que pensar na família, na mulher ou no marido, nos filhos, nos pais, etc. Por toda a parte há problemas a resolver, novas situações a enfrentar, e muitas vezes é difícil. Mas não se deve fugir a esses esforços. Sejam quais forem as tarefas de que o destino vos encarregou, deveis incumbir-vos delas o melhor possível. Se as descurais com o pretexto de que são fastidiosas ou indignas de vós, parais na vossa evolução e, de qualquer maneira, sereis obrigados a voltar para as assumir até ao fim. Então, constatareis como é difícil ter de retomar uma tarefa que se imaginava ter completado.
Quem julga que pode escapar às suas obrigações para levar uma vida mais fácil, mais agradável, não conhece as severas leis que regem o destino. Se estamos na terra, a sofrer e a debater-nos no meio de tantas dificuldades, é precisamente porque devemos recomeçar a nossa tarefa. Enviaram-nos à terra para repararmos certas coisas, para nos mostrarem que não sabemos trabalhar e precisamos de aprender a fazê-lo. Se não aceitarmos isso, seremos enviados de novo e as nossas falhas tornar-se-ão cada vez mais difíceis de corrigir.
Dir-me-eis: «Mas há momentos em que a situação fica insustentável, não se consegue suportar mais, fica-se esmagado.» Sim, eu compreendo. Então, ide tomar ar por uns momentos e depois voltai para enfrentar a situação.
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