As crianças têm sonhos. Sem limites. Elas são princesas, super-heróis. Sonham salvar o mundo de toda maldade. Acreditam-se com poderes infinitos. Sonham alcançar as nuvens, fazer todo mundo feliz, ter muito dinheiro para distribuir brinquedos para todas as crianças. Mas elas crescem e se tornam adultas. E, quase sempre, esquecem dos seus sonhos. Desencantam-se ao contato com a realidade. Ou talvez encontrem tantos adultos desencantados que isso as faz acreditar que não podem concretizar os seus sonhos.
A pequena Jean, na terceira classe, era um exemplo típico. Filha de piloto, sonhava voar. Certo dia, numa uma redação, ela colocou todo seu coração e revelou: Quero ser piloto de avião, ver as nuvens, saltar de paraquedas. A sua nota foi zero porque, segundo sua professora, as profissões que ela listara não eram para mulheres. Jean foi massacrada, no decorrer dos anos seguintes, pela negatividade de vários adultos. Garotas não podem ser pilotos de avião. Não são suficientemente inteligentes para isso. Ela desistiu.
No último ano do ensino médio, a professora de inglês pediu que os alunos escrevessem sobre o que estariam fazendo dentro de dez anos. Jean descartou piloto, aeromoça, esposa. E escreveu: empregada de mesa. Afinal, pensou, aquilo ela seria capaz de fazer. Duas semanas depois, a professora colocou a folha com a resposta de cada um dos alunos, virada para baixo, na frente de cada um deles.
Agora, pediu que escrevessem o que cada um faria se tivessem acesso às melhores escolas, a dinheiro ilimitado, a habilidades ilimitadas. Quando terminaram, lecionou: Tenho um segredo para todos vocês. Vocês têm acesso a boas escolas. Se não correrem para concretizar os seus sonhos, ninguém o fará por vocês. Vocês têm muita potencialidade. Não deixem de utilizá-la.
Jean ficou animada e, ao mesmo tempo, amedrontada. Depois da aula, foi falar com a professora e lhe segredou seu desejo de ser piloto. Então, seja! – Foi o que ouviu.
E Jean resolveu perseguir o seu sonho. Foram dez anos de trabalho duro, encarando oposições, hostilidades, rejeição, humilhação. Tornou-se piloto particular. Conseguiu graduação para transportar carga e pilotar aviões de passageiros. Mas não recebia promoção por ser mulher. Não desistiu. Ela pulverizou plantações, pulou de paraquedas centenas de vezes.
Em 1978, Jean Harper foi uma das três primeiras mulheres a serem aceitas como piloto pela United Airlines. Tornou-se piloto de Boeing 737 na mesma empresa aérea. Tudo, graças ao poder de duas palavras positivas.
Estude, persevere, conquiste. Utilize a força de sua fé. Acredite e invista no seu potencial. Lembre: você pode ser o que quiser, se desejar o bastante e não perder o foco do seu ideal. Seja a sua meta tocar as estrelas. Vá em frente!
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