"Uma pessoa vai de férias e, no momento de partir, faz uma pequena oração: «Senhor, guarda a minha casa dos ladrões.» É extraordinário! O Senhor deve guardar a casa, e a pessoa, entretanto, irá passear e divertir-se! E se, quando regressar, a casa tiver sido assaltada, é evidente que ela ficará furiosa com o Senhor, por não ter feito bem o seu trabalho. Acreditava essa criatura, verdadeiramente, que o Senhor iria dar-se ao enfado de guardar uma casa enquanto ela estava de férias? Mas como é que os humanos consideram o Senhor?...
Não há que ficar admirado, pois, se, de vez em quando, os espíritos do Alto decidem dar uma lição a um fulano descuidado que toma o Senhor pelo seu porteiro: eles impelem certos patifes a irem assaltar-lhe a casa. Perguntar-me-eis: «Mas, então, não devemos pedir ao Senhor que proteja as nossas casas?» Sim, mas em primeiro lugar deveis pensar que não será Ele próprio que o fará; há que ser mais humilde e pedir-Lhe que envie um dos seus servidores. Em seguida, deveis prometer fazer, vós próprios, alguma coisa: respeitar determinada regra, determinada prescrição. Os humanos são extraordinários! Querem obter tudo sem nada darem em troca. Não, há sempre que dar algo em troca daquilo que se pediu.
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