"As tuas
palavras fizeram-me ocorrer a imagem de um disco de vinil a tocar, dos antigos,
33 rotações, e o braço do gira discos pousado sob um ponto da sua superfície, de
conteúdo longuíssimo e espiralado.
Desse ponto de contacto, de onde a leitura magnética se processa, tem um som que se escuta, um que já ficou para trás, e outro que se adivinha, que do ponto de vista da agulha, bem pode ser denominado de futuro.
Desse ponto de contacto, de onde a leitura magnética se processa, tem um som que se escuta, um que já ficou para trás, e outro que se adivinha, que do ponto de vista da agulha, bem pode ser denominado de futuro.
Mas o futuro e o
passado já estão inscritos na face desse disco cósmico em espiral, onde tudo
gravita desde o ponto de nossa consciência.
De um ponto de
leitura magnética da agulha de diamante sob a superfície do disco, é impossível
percepcionar com clareza a linha continua, ininterrupta, que circula em espiral.
Desde o inicio até ao final da passagem da agulha no gira discos, o ponto de
contacto constitui na realidade um fragmento de uma linha para além da sua
própria percepção.
O nosso Criador está na nossa linhagem para além de todas as palavras.
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