terça-feira, junho 10, 2025

A beleza

Aspiração humana, a beleza física atinge em cheio nosso senso estético. Enche os olhos com suas cores e formas. Atrai, desperta desejos. Todos a ambicionamos. Faz parte da natureza humana querer sobressair-se, destacar-se por algo que os demais não têm.

Por isso, estendemos nosso desejo de beleza física para parceiros, filhos, roupas, casa, jardim, objetos. Queremos beleza em tudo, a toda hora. E rejeitamos automaticamente o que consideramos feio.

Mas o que é a beleza física? Um corpo perfeito, um rosto adorável? Cabelos brilhantes? Tudo isso é tão passageiro.

Cuidar do corpo é fundamental, mantê-lo asseado, bem tratado, é dever de todos nós. Porém, cabe-nos prestar atenção para que não transformemos o corpo no centro absoluto de nossas preocupações. 

Uma saudável vaidade não é condenável. Querer estar bem, não afrontar os demais com uma aparência maltratada é o ideal. Quando ocorrem os exageros, podemos criar para nós mesmos muitas dores desnecessárias. E, é de nos perguntarmos, ao final da vida, o que será de nós se focamos toda nossa atenção no corpo?

Não nos tornemos pessoas atormentadas, sem aceitar a própria idade, transformando-a em motivo de infelicidade. Lembremos, igualmente, de cultivar a beleza da alma, essa que permanecerá para todo o sempre. Essa beleza esplêndida, que se manifesta em gestos de amor, em palavras gentis, em paciência, doçura, serenidade. Acreditemos: as atitudes afetuosas são os cremes que retiram a fealdade da alma. São as cirurgias plásticas que restauram a beleza moral. São o nosso mais valioso investimento para o futuro.

Naturalmente, não pensemos que essas conquistas acontecem como um estalar de dedos. Para exercitar a beleza da alma, é necessário mais do que uma simples vontade. É preciso disciplina e perseverançaE, muito importante é ter os olhos voltados para algo desta vida.

Dessa maneira, não nos prendamos demais aos valores materiais. A vida terrena é muito curta para que a tornemos centro único de toda nossa atenção. Procuremos fixar mais amiúde o nosso pensamento em Deus, procurando agir de acordo com as leis criadas por Ele.

Encaremos a vida na Terra somente como uma passagem. Trabalhemos, relacionemo-nos com as pessoas, cultivemos amizades, simpatias, amores. Lancemos sementes de benquerer por onde transitemos. Possivelmente encontraremos algumas dificuldades para viver dessa maneira. Afinal, a sedução da Terra é muito grande. Os prazeres, condições e sensações materiais têm apelos muito fortes. Eles nos atraem, prendem e nos mantêm atados às cadeias das paixões e alegrias passageiras. Assim, os que desejamos cultivar a beleza da alma precisamos estar focados na aquisição dos valores imortais da vida. 

Então, com os olhos postos nas estrelas, conscientes de que a vida é muito mais que a carne do corpo, viveremos com a certeza de que somos parte do imenso plano divino, onde a única beleza que importa é a do Espírito, que vive para todo o sempre.

Pensemos nisso! Foquemos em nossa imortalidade.

domingo, junho 01, 2025

depressa e bem não há quem.


Em toda a actividade humana, não existe melhor e mais preciso instrumento de avaliar um desempenho, senão pela simples observação do seu “timming”, do seu ciclo de manifestação.

A manifestação de um desempenho é transversal às áreas que a circunscrevem e até envolvem, assim serve perfeitamente para a caracterizar.

Na espiral dos acontecimentos existe um padrão que ao repetir-se, ainda que seu actual momento possa e até é desejável, tecer particulares considerações, existe no padrão espiralado dos eventos, que constituem a contagem do tempo, uma sobreposição de ciclos que constituem um padrão.


A percepção destes maravilhosos eventos misteriosos, que a conduta do desempenho humano gera, são mesuráveis pela observação do padrão rítmico de suas sobreposições.


Apesar de suas origens serem indetectáveis no tempo que antecede o observador do desempenho, assim como o seu destino evolutivo, pela singularidade da espiral dos eventos, pelo amor e pela oportunidade, torna-se o ritmo como uma canção cósmica acerca deste próprio desempenho, um testemunho e espécie de assinatura.

É assim que se confirma o método e o motivo de todo o desempenho sábio, tomar o seu tempo, e numa aparente lentidão relativamente ao mundo moderno, consegue sobreviver à precipitação dos eventos e seus indesejáveis efeitos.

Assim sobre a exclusividade humana, quando alguém age aceleradamente, precipitadamente, está unicamente a ignorar padrões de si mesmo que consequentemente, terá que repetir até entender as suas sobreposições, de modo a naturalmente integrar ou conscientemente assumir, a sua própria razão de ser.

Em analogia, repare-se o trajecto dos humanos reconhecidamente sábios, tendencialmente desacelerados, como quem deseja saborear uma boa refeição sem pressas. 

São estes humanos assertivos sobre as considerações do seu desempenho e em resultado detentores de uma clarividência a toda a prova. Podem determinar com exactidão os precisos momentos dos eventos, suas implicações múltiplas, onde se desarmonizam, onde se dissipam por cumprimento.

Num mundo manifestado onde o corpo e a alma trocam mimos, estes procedimentos são factores de uma imensa e natural auto-realização.
Porque para a integração de um determinado evento ou momento, não deixam de considerar os eventos ou momentos que os derivam (impulsionam), em espiral sobreposição.


Devagar, em absoluto controle espiral vital que os nutre, evoluem evoluindo à sua passagem.


Todo o afastamento do momento em que tudo acontece a seu tempo, é uma ficção antinatural que não raras vezes se paga caro, senão com a própria asfixia do porvir.

Aquele que em nome do que quer que seja, para o fazer incidir sobre si ou os demais esqueça, ignore ou despreze o padrão que o conduziu até então, está a espetar a faca do anátema em suas próprias costas à traição, enquanto tenta convencer o mundo e a si próprio, de algum tipo de salvação.

sábado, maio 10, 2025

Acerca da cedência do corpo

O homem ainda hoje na sua generalidade não sabe como se há-de relacionar com o seu nascimento e sobretudo, com a sua morte. Por consequência com a sua própria vida também não, e daí se observa por todo o globo terrestre todo o tipo e variedade de desequilíbrios e desarmonias, de comportamento erráticos, de ações danosas e de desrespeito sobre um organismo perfeito, como é o humano e se cometem a toda a hora. Dotado de uma consciência subdesenvolvida, com todo o tipo de formatações a justificar atrocidades, o homem sofre e derrama sofrimento por onde passa. 

É dito que a falta de uma verdadeira visão da sua própria condição humana, o remete muitas vezes à obscuridade, à impotência e pior, à prepotência sobre os demais semelhantes que pisa sem pudor, e explora manipulando, violentando a seu bel prazer, sem segunda hesitação, covardemente e repetidamente, sobre os mais frágeis em sua condição, como as crianças, as mulheres, os doentes, os desafortunados e os idosos. 

Falta-lhe entender a importância de assumir com grandeza de espírito, ou no mínimo com naturalidade, que está de passagem pela existência, e que esta dura breve instante apenas, comparativamente à natureza que nos rodeia a todos. 

Ao homem falta compreender que o seu próprio corpo, contrariamente ao que sem pensar assume, …não é seu, e afinal nem emprestado está. Pois se fosse seu, com ele poderia fazer o que bem entender sem ter que responder por isso, e sabemos que nem nas imperfeitas leis humanas isso é permitido, quanto mais perante as leis do espírito, impossíveis de ocultar ou subjugar. 

Se o corpo não é meu, se tão pouco não me está emprestado, se não o posso devolver como recebi, se não o posso conservar para além de um tempo limitado, que usufruto e desconheço, e que a ciência não consegue tão pouco prever exatamente… que é este corpo que me veste, que sustenta os meus órgãos, músculos e tendões, que permite que me expresse como existência consciente?

Não sei o que é, mas imagino que é cedido pelo universo, para por enquanto eu tenha onde ficar, e se eu caminho num processo continuo, em que este se transforma, pode muito bem ser que, até que esteja construído o meu lar sem corpo, aquele que no fundo será construído pela forma como vivo, este corpo seja um casulo existencial temporário, como se verifica com tantos outros animais na natureza, enquanto se transformam.

E se o nosso corpo é como um processo, com que o Universo nos irá permitir criar um corpo indestrutível a partir das nossas experiências?

E se este corpo não é mais do que um meio, para evoluir na identificação dos processos, necessários a consciencializar, que se compõe o caminho a percorrer para chegar ao verdadeiro e definitivo lar. 

O lar que encontraremos depois de cessar a utilidade deste corpo, sede das experiências.

Ocorre-me que nenhum homem tem direitos exclusivos sob algo que tão fugazmente possui. E quando procede como se assim fosse, destrói o seu corpo ou o dos outros ignobilmente, como nas guerras e conflitos a exemplo.

O nosso corpo merece todo o respeito e cuidado, pois é como um veículo cedido gentilmente por uns breves instantes, para que tenhamos a oportunidade de pelo seu correto uso, conhecer avenidas e atalhos, vales e desertos, que teremos de percorrer até que chegue finalmente, ao lugar de onde provimos, novamente, mas desta vez recheados de conteúdos e competências, a um dia quiçá, retomar a viajar num novo e outro corpo, para outros e novos destinos, de onde também um dia proviremos.

terça-feira, abril 01, 2025

A meditação, a oração e todos os exercícios espirituais

"O homem possui em si tudo aquilo de que necessita para o seu desenvolvimento, mas ignora que assim é e não o utiliza, procura sempre tudo no exterior. Mas no exterior só pode encontrar meios para agir sobre a matéria, não para agir sobre a sua vida psíquica e obter a paz, a harmonia, a luz. Em rigor, os meios exteriores podem revelar-se eficazes relativamente ao seu corpo físico, mas, em relação a tudo o que respeita à sua vida psíquica, e contrariamente ao que a sociedade materialista quer fazer crer, só encontrará meios em si próprio, na sua alma, no seu espírito.

O discípulo de um Ensinamento Iniciático sabe que Deus, ao criar o homem, o dotou de órgãos da vida espiritual, que são, noutro plano, o equivalente aos seus órgãos físicos. Na maior parte dos seres, estes órgãos foram tão pouco utilizados, que estão como máquinas que já ninguém põe a funcionar há muito tempo: bloqueados, enferrujados, invadidos pelo pó e pelas teias de aranha. O trabalho do discípulo consiste em pô-los novamente a funcionar, e é para isso que servem a meditação, a oração e todos os exercícios espirituais."

segunda-feira, março 10, 2025

Omraam Mikhaël Aïvanhov



"Conheceis a fórmula: 1/∞  → 0 (1 sobre infinito tende para 0). Interpretada simbolicamente, ela significa que o ser humano que quis distanciar-se do Um, Deus, ficou tão disperso na periferia da existência, que se desmembrou completamente, já quase nada resta dele.
Quando se divide o 1 infinitamente, encontra-se a morte. A vida está no 1. Portanto, há que trabalhar, dia após dia, para se ficar mais próximo do 1, que é o próprio Deus. Quando Jesus dizia: «O meu Pai e eu somos um», mostrava que tinha realizado esta grande verdade inerente à unidade: fundiu-se com o Pai, para se tornar um com Ele. Todas as criaturas que não se inspiraram na filosofia da unidade, ensinada por Jesus, acabam por se desmembrar e perdem o sentido da vida.*"

"Sempre que as forças do mal agiram desenfreadamente, houve seres que se ergueram para fazer ouvir a voz da justiça e do bem. Se tais acontecimentos não tivessem surgido, esses seres não teriam tido ocasião de se manifestar de forma tão excecional. Então, somos forçados a concluir que as provações, os inimigos, nos impelem a encontrar em nós recursos que não imaginávamos possuir.
É a oposição que nos obriga a lutar, a fazer esforços e a descobrir onde está o nosso verdadeiro valor. Direis que é difícil. Claro que sim, mas é a única maneira inteligente de ultrapassar os obstáculos. Então, em vez de vos lamentardes e vos revoltardes, dizei: «Obrigado, Senhor! Graças a estas dificuldades, ficarei mais forte, superar-me-ei.» O mal é um aguilhão que impele o homem a trabalhar.*"


"O Senhor envia, aos humanos, Iniciados, sábios, grandes Mestres, para os esclarecerem, para lhes explicarem que há leis que não devem transgredir. Mas os humanos não compreendem, e o Senhor envia seres que tocarão os seus corações, que sofrerão e se sacrificarão por eles. Se esta lição também não for compreendida, não Lhe resta outra coisa senão usar a força, e então envia-lhes pessoas violentas, tiranos, carrascos, que os oprimem e os martirizam. Sim, todos os acontecimentos terríveis que ocorrem no mundo só surgem para dar lições aos seres humanos que não quiseram compreender, nem o ensinamento da sabedoria, nem o do amor."


"Todos os seres humanos são visitados, ou pelos espíritos luminosos, ou pelos espíritos tenebrosos, pois é neles que uns e outros encontram o seu alimento. Consoante a direção que toma e o ideal que o anima, o homem atrai entidades celestes ou infernais. Por isso, deve empreender todo um trabalho sobre a sua própria matéria, para atrair os espíritos luminosos e se tornar um receptáculo da Divindade.

Para que o Espírito desça em nós, devemos consagrar-nos ao Céu, dizendo: «Ó Anjos do Céu, Arcanjos e Divindades, servos do Deus Todo-Poderoso e da Mãe Divina, tomai posse de mim e de tudo o que me pertence, para que o Reino de Deus se realize na terra, e a Idade de Ouro entre os humanos.» Enquanto não vos tiverdes consagrado ao Céu, não estareis verdadeiramente determinados, e nem sequer sabereis ao serviço de quem estais. Então, não sereis úteis a ninguém, nem aos outros nem a vós próprios.*"


"Quem governa no homem? Acreditais que o rei é ele mesmo, isto é, o seu Eu divino? De modo algum. Houve outros que tomaram o seu lugar, forças caóticas e obscuras, e ele é como um prisioneiro fechado algures numa pequena masmorra, onde é alimentado com umas côdeas de pão e um pouco de água... Sofre, é infeliz, mas é obrigado a submeter-se a essas forças que nele comandam, e a satisfazê-las.
Compreendei que, na realidade, isto é a anarquia; sim, anarquia interna, que é muito mais grave e perigosa do que a anarquia política ou social. É ela que enche as prisões, as clínicas e os hospitais psiquiátricos. Cabe, pois, a cada um estar consciente, vigilante, para restabelecer em si a autoridade, a realeza do princípio divino."


"O discípulo não deve contar com nada nem com ninguém, nem sequer com os grandes Mestres, com os Anjos, nem com o Senhor, mas apenas com o seu trabalho, pois é graças ao seu trabalho que depois poderá contar com todo o Universo. Um homem que semeou pode contar com o Sol, com a chuva, com o orvalho, pois estes virão fazer com que as sementes germinem e se desenvolvam. Mas se ele nada semeou, não adianta contar com o que quer que seja. É como se quisesse apoiar-se no vazio. De quem é a culpa, então, se não acontecer nada do que ele espera?
Aliás, o Senhor não espera que confiemos assim tanto n’Ele. É precisamente por isso que está escrito: «Procurai o Reino de Deus e a sua Justiça, e tudo o resto vos será dado por acréscimo.» Então, é a vós que cabe começar por fazer algo, para desencadeardes o processo que vos permitirá obter o que desejais."

quarta-feira, fevereiro 26, 2025

Nossa dualidade

A psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross, visitando o campo de concentração Majdanek, na Polônia, ficou horrorizada ao lembrar que ali mais de trezentas mil pessoas haviam morrido. Fora uma verdadeira usina de morte de Adolf Hitler. Enquanto percorria os alojamentos sinistros, questionou como era possível tamanha crueldade. Era-lhe difícil compreender como seres humanos podem agir de forma tão criminosa com relação a outros seres humanos, em especial a crianças inocentes. Seus pensamentos foram interrompidos por uma voz calma e segura de uma jovem: Se você tivesse sido criada na Alemanha nazista, também seria capaz de fazer isso.

Elizabeth reagiu dizendo que fora criada por uma boa família e era uma pacifista.

No entanto, antes de deixar a Polônia, ela haveria de passar por momentos perigosos e afligentes.

Caminhando por uma estrada de cascalho, suava de febre. Seu objetivo era retornar à Suíça. Sentia-se fraca. A fome a dominava. Então, ela pareceu vislumbrar a figura de uma menina em uma bicicleta, comendo um sanduíche. E confessa: Por um instante considerei a possibilidade de roubar aquele sanduíche arrancando-o da mão da criança. Nesse impasse, ela revive, em sua mente, as palavras da jovem: Cuidado, há um Hitler dentro de nós!

Ela se assusta, se controla. Logo mais, seria encontrada por uma mulher, conduzida a um hospital e atendida. Mas, esse fato a levaria a escrever, anos mais tarde:

Cada um de nós tem dentro de si um Gandhi e um Hitler. O Gandhi corresponde ao que há de melhor em nós, nosso lado capaz de maior compaixão, enquanto o Hitler corresponde aos nossos aspectos negativos e mesquinhos. Nosso desafio é desenvolver o que há de melhor em nós e nos outros. Aprender as lições de curar nosso Espírito – nossa alma – e de trazer à tona a pessoa que realmente somos.

Gandhi foi muito mais do que um líder político do século XX. Foi um ícone da não violência. Sua maneira de agir ultrapassou fronteiras e continentes, inspirando milhões de pessoas ao redor do mundo. Ele declarou que era incapaz de odiar. Através de uma disciplina baseada na oração, procurava amar a todos. A sua era a filosofia da não violência. Outros líderes, em seus próprios países, se inspiraram nele para lutar pela justiça social e pelos direitos civis.

Tudo isso nos afirma que podemos superar a fera que, eventualmente, resida em nós. Podemos domá-la, dominando nossas más paixões. Quando optarmos pela lei de amor, tão profundamente ensinada pelo Mestre de Nazaré, abandonaremos as lutas contra nossos irmãos. A guerra será banida da Terra, quando entendermos que somos uma única família, num imenso lar, chamado Terra. E tudo que nos compete é nos darmos as mãos, aprendendo a lição do mútuo apoio, para que com rapidez implantemos o reino de paz, de igualdade, que todos desejamos.

Afinal, nosso destino final é a perfeição. Por que não a aceleramos?

Então, depois de uma vida plena de bons exemplos, poderemos deixar esta Terra para dançar em todas as galáxias, como Espíritos libertos. Seres imortais que instalamos em nós o reino de Deus.

terça-feira, fevereiro 25, 2025

Todos temos jeito

A juíza Mindy Glazer e um réu de nome Arthur Booth tiveram um encontro inusitado em um tribunal há cerca de dez anos. O vídeo, que ficou bastante conhecido nas redes sociais, mostra o momento em que o réu, condenado por assalto a dez anos de prisão, já em trajes penitenciários, recebe a condenação em frente à juíza.

Antes de sentenciá-lo ela pergunta: Você cursou o Ensino Médio na Nautilus?

Imediatamente Arthur desaba e começa a chorar.

Ambos haviam se reconhecido. Haviam sido colegas de escola. Ele se desespera, caindo em si, percebendo onde sua vida o havia levado. Não podia acreditar.

A juíza, claramente sensibilizada, olha para todos ao redor e diz: Ele era um garoto excelente. Era um dos melhores jovens no Ensino Médio. Eu costumava jogar futebol com ele e vejam o que aconteceu.

O homem estava transtornado. O remorso chegava com todo seu peso.

Ainda, na despedida, ela pôde lhe dizer: Senhor Booth, espero que o senhor possa mudar a sua vida.

Para quem assiste ao vídeo, a história acaba ali, mostrando como duas pessoas podem tomar caminhos tão distintos. No entanto, ela segue adiante e fica mais bonita.

Arthur não precisou cumprir os dez anos de reclusão. Foi liberado antes por bom comportamento.

No dia de sua saída da prisão, além da família para recebê-lo, teve uma grande surpresa. A juíza Mindy Glazer estava lá aguardando a sua saída e os dois se abraçaram. Entre lágrimas e sorrisos ela lhe diz: Você vai mudar sua vida e vai fazer algo bom por alguém, prometa-me.

Arthur mudou de vida e sempre diz que a juíza foi uma grande inspiração para ele. Ele se tornou gerente de uma empresa farmacêutica no Estado da Flórida e vive bem.

Arthur conta sua história para inspirar outros jovens para não se envolverem com drogas e com o mundo do crime.

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Todos temos jeito.

Jamais nos deixemos abater por pensamentos derrotistas como: Esse aí não tem mais jeito. Fulano se perdeu e não tem mais salvação nesta vida. Ainda nesta existência há como mudar os caminhos e retomar o rumo.

Talvez não consigamos consertar tudo, voltar a como as coisas eram antes dos grandes equívocos. Mas podemos mudar algumas rotas e tentar novos começos. Mesmo depois de velhos, ainda temos jeito. Sempre podemos mudar, aprender algo novo, reinventar a vida.

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Perdoar

Perdoarmo-nos. Pedir perdão a alguém e nos oferecermos para ajudar de alguma maneira. Podemos ter quebrado algumas louças em pedacinhos e dizer: Não há mais como juntar, não sabemos nem onde estão os pedaços. E mesmo que conseguíssemos, elas nunca ficariam como antes.

Talvez não possamos consertar o quebrado, mas temos chance de aprender a arte da cerâmica e construir novas obras. Para as leis divinas isso também significa consertar, refazer caminhos, reajustar-se. Nunca pensemos que é tarde demais. Não nos deixemos abater pelo pessimismo que teima em nos incutir pensamentos como: O mundo não tem jeito, a Humanidade não tem jeito. Todos temos algum jeito. Agora ou depois. Todos podemos nos consertar.

sábado, fevereiro 08, 2025

Metodologia da Harmonia existencial

Nas atividades que se desenvolvem, existem sempre forças que se ativam pela via da intenção, em certos casos, em atividades de um forte pendor espiritual, ritualista, são criados vínculos invisíveis com forças da natureza, inclusive com entidades de determinadas regiões do astral, que passam a agir de forma muito mais autónoma na pessoa. Isso acontece por meio do compromisso, do vínculo, que a pessoa realiza ritualisticamente a conceder solicitando, uma íntima ligação com essas forças convocadas, basicamente em todas as áreas de sua vida.

Temos então por via destes rituais, acontecimentos que poderiam ser descritos como iniciações, com as forças desses determinados rituais ou energias, que irão perdurar muito para além da realização da cerimónia iniciática em si.

Todas as iniciações interferem de forma intensa junto do candidato, principiando a moldá-lo às suas próprias vertentes energéticas e espirituais. Então o candidato passa, quer o reconheça ou não, a estar sob a alçada dessas energias convocadas no ato batismal da cerimónia ritualística, que o vai incorporar nessa dinâmica especifica, onde forças e entidades, por vezes muito poderosas operam incessantemente para os seus fins.

Será que ponderou o necessário acerca do quanto desta dinâmica poderá estar presente nas fortes e súbitas alterações dos seus estados de saúde? 

E quantos destes acontecimentos se podem estar a multiplicar simultaneamente?

A reflexão constitui um tipo de advertência, para que escolha mais atentamente o seu nível de entrega às diversas atividades em que se possa envolver. 

Acontece por exemplo uma cerimonia Xamânica onde você participa ativamente; é uma iniciação espiritual xamânica poderosa que acontece, que vai estar atuante de forma intensa sobre si, como se fosse uma camada extra de forças energéticas intensas em cima do seu campo vibracional.

Depois acontece por exemplo, encontros de meditação, ou de oração, ou de taças vibracionais tibetanas, ou de Yoga, ou de reiki, de Tai Chi, de cartas de Tarot, etc, cada um com sua própria linguagem, vibração, energia, método, tudo o que os define e diferencia uns dos outros.

E assim vai adicionando camada após camada, outros níveis ao referido campo vibracional que ás tantas, pelo "peso" dos níveis adicionados, começa a sua própria base a ficar pressionada e claro, a base ou fundação não tem clara consciência disso porque não domina o conhecimento e as dinâmicas das camadas em curso, entretanto sobrepostas. 

Pode entretanto estar a misturarem-se camada sobre camada com polaridades energéticas opostas, ou seja que por si só funcionam de uma forma, mas que sobrepostas com outras de diferente dinâmica, causem efeitos contrários, causem efeitos que nem são mensuráveis, quase como os medicamentos quando se misturam, deixa de ser possível perceber o que faz cada um a um dado momento.

Passando para outro exemplo; um atleta que se dedica a uma modalidade, o futebol, depois passa para o andebol, e depois para a esgrima, e, entretanto, o corpo dificilmente permite que se especialize em tão diversas modalidades sem se ressentir e no final, para além das lesões provavelmente não conseguirá especializar-se em nenhuma delas.

Nas coisas espirituais ainda creio ser mais intenso, são muitas as pessoas que ao dedicarem-se a múltiplas atividades espirituais, pelo envolvimento simultâneo com as diferentes egrégoras convocadas, desestabilizam as suas vidas e a sua saúde de forma incrível.

Dinamize os eventos que lhe pareçam importantes, atente, proteja-se e escolha aqueles que serão de facto importantes para o seu momento, sabendo que ficará inevitavelmente ligado a cada um deles e a seus diretos efeitos, e inclusive que todos juntos poderão ser demasiado para a sua saúde, equilíbrio e harmonia.

quinta-feira, janeiro 30, 2025

Petição pela ativista dos direitos humanos Pakhshan Azizi

Pakhshan Azizi 

Ela passou anos apoiando mulheres e crianças em campos de refugiados na Síria, e dedicou sua vida a um trabalho humanitário pacífico e aos direitos humanos.

Agora pode ser condenada à morte por enforcamento.

Agentes da inteligência iraniana sumiram com a ativista curda Pakhshan Azizi, mantendo-a presa em uma cela solitária por meses e sob tortura. Pakhshan conseguiu enviar uma mensagem no ano passado, falando sobre os “interrogatórios” que viveu. Ela relata que foi enforcada diversas vezes e que chegou a ser enterrada a 10 metros do chão. O horror é inimaginável. Agora, depois de um julgamento suspeito, o Irã condenou Pakhshan à morte.

Ainda dá tempo de salvá-la!

sexta-feira, janeiro 17, 2025

Você não é seu corpo

Já aconteceu de você se olhar no espelho e não se reconhecer?

Teve dificuldade em aceitar aquela imagem refletida, muitas vezes castigada pelas marcas dos longos anos de vida ou por cicatrizes que o tempo desenhou?

Não se preocupe, não se trata de um desequilíbrio ou transtorno. Não, você simplesmente pode estar estranhando o fato de que por dentro, você é uma pessoa e por fora, no mundo tangível, o mundo das formas, é outra. Essa é uma das consequências de estarmos encarnados, vestindo um corpo material, que nos serve durante um tempo para cumprirmos determinados objetivos, mas que se deteriora, que tem vida útil. Importante sempre lembrar que você não é seu corpo. Você se utiliza dele para estar aqui, para agir no mundo. Ele é importantíssimo, fundamental, mas, é apenas uma roupa. Procure não se identificar demais com ele. Assim, quando os traços da velhice se apresentarem, inevitáveis, entenda que é o corpo que está colhendo os frutos do tempo, não é você, Espírito Imortal, que está perdendo a vitalidade. Entenda que quando os músculos não responderem mais com o mesmo vigor dos tempos de juventude, e tudo parecer mais lento, não é você, alma Imortal, que está ficando para trás. É apenas o veículo corporal, que tem ciclo marcado com ascensão, ápice e queda. Você, a essência verdadeira, não necessita perder o ânimo, a vitalidade, as forças. Pelo contrário. Quanto mais experiência ganha a alma, mais vigor moral, mais pujança de vontade ela pode ter e demonstrar.

O que acontece é que, ainda muito ligados à matéria, misturamos as coisas.

Se não temos mais beleza, não podemos ser felizes, não podemos mais ser aceitos pelos padrões do mundo exterior. Se pensarmos dessa forma, murchamos com o corpo. Envelhecemos a alma. Se não podemos mais realizar certas atividades, que exigiam energia explosiva, altas cargas de resistência física, então não servimos mais, não somos bons o suficiente... 

Esse mundo cruel, de valores cruéis, fomos nós mesmos que criamos. Vejamos quantos tipos de energia existem. Quantos tipos de trabalho e força criativa podemos encontrar em a natureza. Por que apenas os jovens e impetuosos devem ser cultuados? É porque nossos valores estão doentes, estão trocados. Não vivemos como Espíritos que vestem corpos, mas como corpos que, vez ou outra, lembram que têm uma essência Imortal...

Você não é seu corpo. Lembre sempre disso, embora deva respeitá-lo e cuidar dessa máquina fabulosa para que ela lhe proporcione tudo que pode lhe dar. A imagem no espelho é uma das máscaras que vestimos. É uma casca. O seu eu verdadeiro está em algum lugar, entre o fundo do seu olhar e o invisível, o intocável. Não se deixe impressionar em demasia pelas marcas do corpo. Não se deixe desestimular pelas limitações que ele pode apresentar. Limitações essas que foram escolhidas e necessárias para essa sua fase de provas e expiações. Não se julgue pelo corpo. Não deixe que o corpo seja uma barreira. Você é mais do que ele. Somos muito mais do que ele.