sexta-feira, dezembro 19, 2008

Ele foi aguardado pelo casal por mais de um ano. Considerados portadores de infertilidade, marido e mulher se inscreveram numa fila de adoção. Com seis dias de vida ele chegou. E porque fosse próximo ao Natal, logo foi chamado de Nosso menino do Natal. Logo em seguida, o casal foi surpreendido com dois filhos biológicos. O menino do Natal, contudo, era muito especial. Natal era mesmo com ele. Era ele que se esmerava na decoração da árvore de Natal, que elaborava a lista de presentes, não esquecendo ninguém. Era pura felicidade. Natal era família, era orar e entoar cânticos. No seu 26º Natal, ele se foi, tão inesperadamente quanto chegou. Morreu num acidente de carro, logo depois de estar na casa dos pais e decorar a árvore de Natal. A esposa e a filhinha o aguardavam em casa. Ele nunca voltou. Abalados pelo luto, os pais venderam a casa e se mudaram para outro Estado. Dezessete anos depois, envelhecidos e aposentados, resolveram retornar à sua cidade de origem. Chegaram à cidade e olharam a montanha. Lá estava enterrado seu filho. Lugar que jamais conseguiram visitar. O filho do casal morava em outro Estado. A filha viajava, em função de sua carreira. Então, próximo do Natal, a campainha da porta soou. Era a neta. Nos olhos verdes e no sorriso, via-se o reflexo do menino do Natal, seu pai. Atrás dela vinham a mãe, o padrasto, o meio-irmão de dez anos.Vieram decorar a árvore de Natal e empilhar lindos embrulhos de presentes sob os galhos. Os enfeites eram os mesmos que ele usava. A esposa os havia guardado, com carinho, para a sogra. Depois foi convite para ceia e para comparecerem à igreja. A neta iria cantar um solo. A linda voz de soprano da neta elevou-se, fervorosa e verdadeira, cantando Noite Feliz. E o casal pensou como o pai dela gostaria de viver aquele momento. A ceia, em seguida, foi cheia de alegria. Trinta e cinco pessoas. Muitas crianças pequenas, barulhentas. O casal nem sabia quem era filho de quem. Mas se deu conta de que uma família de verdade nem sempre é formada apelas pelo mesmo sangue e carne. O que importa é o que vem do coração. Se não fosse pelo filho adotado, eles não estariam rodeados por tantos estranhos, que se importavam com eles. Mais tarde, a neta os convidou para irem com ela a um lugar onde costumava ir. Foi em direção às montanhas, ao túmulo do seu pai. Ao lado da lápide, havia uma pedra em formato de coração, meio quebrada, pintada pela filha do casal. Ela escrevera: Ao meu irmão, com amor. Em cima do túmulo, uma guirlanda de Natal, enviada, como todos os anos, pelo outro filho. Então, em meio a um silêncio reconfortante, a jovem soltou a voz, bela como a de seu pai. Ali, nas montanhas, ela cantou Joy to the world. E o eco repetiu diversas vezes. Quando a última nota se ouviu, o casal sentiu, pela primeira vez desde a morte do filho adotado, um sentimento de paz, de continuidade da vida. Era a renovação da fé e da esperança. O real significado do Natal lhes havia sido devolvido. Graças ao menino do Natal...
* * *
A verdadeira família é a que se alicerça em laços de afeto. Não importa se os filhos são gerados pelos pais ou se chegam por vias indiretas. O que verdadeiramente importa é o amor. Esse suplanta o tempo, a morte. Existe sempre.
base no cap. Nosso menino do natal, de Shirley Barksdale

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Ser cristão

Tempos houve em que ser cristão significava ser alguém portador de grande coragem. Alguém que ousava desafiar a autoridade, o poder, a sociedade. Alguém que se importava muito mais em defender os seus princípios, do que a sua própria vida. Alguém para quem amar o Cristo significava ir às últimas conseqüências, doando a vida, sacrificando posição social, os próprios seres amados, se necessário.
Tempo houve em que ser cristão era sinônimo de ser invencível na fé. Se a perseguição se fazia devastadora, cristãos enchiam calabouços e anfiteatros, servindo de pasto às feras. Serenos entregavam-se ao martírio, com a certeza de que como lenho atirado ao fogo, seus exemplos alimentavam a chama do idealismo que iluminaria a Humanidade. A sua fé desafiava o poder vigente que não entendia como podia se enfrentar a morte, entre cânticos de louvor. Buscavam as catacumbas para ali, onde muitos celebravam a morte, celebrarem a vida abundante, falando da imortalidade. Para iluminar os caminhos escuros, na noite avançada, usavam tochas. E não temiam as estradas desertas para chegar ao local do encontro. Nada lhes impedia a manifestação religiosa, na intimidade do coração ou na praça pública. O amor era a sua identificação maior. Quando os pais eram trucidados nos circos, os filhos eram adotados pelas demais famílias cristãs. Se um companheiro era conduzido ao sacrifício, não faltava quem lhe sussurrasse aos ouvidos ou lhe enviasse uma mensagem: Morre em paz. Eu também sou cristão. Tua família encontrará um lar em minha casa. Repartiam o pão, o tecto, o cobertor. Respirava-se o Evangelho. Séculos depois, muitos dos que nos dizemos cristãos mostramos fraqueza nas atitudes e sentimentos mornos. Esquecemo-nos das recomendações de Jesus ao dizer que nosso falar deve ser sim, sim, não, não.
Esquecemo-nos de que o Mestre nos afirmou que seus discípulos seriam conhecidos por muito se amarem. Não nos lembramos das exortações de que o Pai trabalha incessantemente, e nos entregamos ao comodismo dos dias. Por tudo isso, quando o Natal se aproxima outra vez, é um momento especial para uma rogativa Àquele que é O Caminho, A Verdade e A Vida.
* * *
Senhor Jesus! Os que Te desejamos servir, Te rogamos alento para nossas lutas, coragem para nossos atos. Robustece-nos a fé, que ainda é tão tímida. Ampara-nos a vida pela qual tanto tememos. Aumenta nossa esperança de dias melhores no amanhã. Infunde-nos vigor para as batalhas contra nossas próprias paixões. Desejamos estar Contigo e nos sentimos tão distantes. Vem até nós, Senhor Jesus.Temos sede de bonança, de paz, de alegrias. Vem até nós, Amigo Celeste, para que, ouvindo-Te a voz, outra vez, nos possamos decidir por seguir-Te, enfim. Permite, Jesus, que esse Teu Natal seja o nosso momento de decisão, para que o novo ano nos encontre com disposição renovada. E então, os nossos dias se multipliquem em trabalho, progresso e paz. Dias em que, afinal, possamos nos dizer verdadeiros cristãos, Teus irmãos e fiéis seguidores.

quarta-feira, dezembro 03, 2008

rendas da nostalgia

Lágrimas agora foram de saudade nada do que vivi ficou… vivo agora renovado. as imagens que retenho são os factos de outrora, norteiam luminosidades. Tudo o que sou devo a ti, oxalá não mais me manifestará. Sempre totalmente entregue às memórias do maravilhoso que aconteceu, perdendo quase o gosto pelo que acontece, por causa das maravilhas agora recordações, de uma alma fincada para trás no tempo. São memórias que revivem na saudade o eu de então. Sem julgamento ou poder de critério… são apenas e só, onde estive, com quem, como foi, quem fui, quem era… saudades de companheiros de jornada… daqueles que partiram de entre nós mais cedo, que deles fiz, o que seria. Que sendo assim o que serei, agora que em cada pulo o que sei… Olá cheguei onde me esqueceis. Porque de outro modo haveria de ser? Todos sempre brincamos também… com as bolas que se perdem e as que em estrelas se tornaram. Serei sempre fiel ao curso das coisas, tanto que sobre mim podem.

segunda-feira, novembro 17, 2008

quarta-feira, novembro 12, 2008

Os que choram

Naquele junho, nas terras da Palestina, estava calor mais do que nos anos anteriores... O dia longo murchava lentamente, abafado, enquanto o sol, semi-escondido além dos picos altaneiros, incandescia as nuvens vaporosas... A montanha, de suave aclive, terminava em largo platô salpicado de árvores de pequeno porte, que ofereciam, no entanto, abrigo e agasalho, Desde cedo a multidão afluíra para ali, como atraída por fascinante expectativa. Eram galileus da região em redor: pescadores, agricultores, gente simples e sofredora, sobrecarregada e aflita. Ouviram-No e O viram mais de uma vez, e constataram que jamais alguém fizera o que Ele fazia ou falara o que Ele falava... O evangelista Mateus assevera: e Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte... Vestiu-se de poente e recitou os versos encantadores das Bem-aventuranças – a lição definitiva. O consolo supremo. De Seu excelso canto, ouvimos: Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados! O olho é a candeia do corpo, e todos os olhos cintilam. Lágrimas coroam-nos. A figura do Rabi é ouro refletido contra o céu longínquo, muito claro. Todos nós temos lágrimas acumuladas e muitos as temos sem cessar, nas rudes provações, oculta ou publicamente. Longa é a estrada do sofrimento. Rudes e cruéis os dias em que se vive. Espíritos ferreteados pelo desconforto e desassossego, corações despedaçados, enfermidades e expiações... Todos choram e experimentam a paz refazente que advém do pranto. Crêem muitos que o pranto é vergonha, esquecidos do pranto da vergonha. Dizem outros que a lágrima é pequenez que retrata fraqueza e indignidade. A chuva descarrega as nuvens e enriquece a Terra. Lava o lodo e vitaliza o pomar. A lágrima é Presença Divina. Quando alguém chora, a Justiça Divina está abrindo rotas de paz nas províncias do Espírito para o futuro. O pranto, porém, não pode desatrelar os corcéis da rebeldia para as arrancadas da loucura. Não pode conduzir, como enxurrada, as ribanceiras do equilíbrio, qual riacho em tumulto semeando a destruição, esfacelando as searas. Chorar é buscar Deus nas abrasadas regiões da soledade. A sós e junto a Ele. Ignorado por todos e por Ele lembrado. Sofrido em toda parte, escutado pelos Seus ouvidos. O pranto fala o que a boca não se atreve a sussurrar. Alguém chorando está solicitando, aguardando. Por estas palavras:Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados, Jesus aponta a compensação que hão de ter os que sofrem, e a resignação que leva o padecente a bendizer do sofrimento, como prelúdio da cura. Também podem essas palavras ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram contrair. Suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranqüilidade no porvir.
com base no cap 3 do livro Primícias do reino, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco

sexta-feira, novembro 07, 2008

Para doenças, malefícios, acidentes, contratempos, infortúnios, desavenças... lamento muito. Mas sempre podes dar luta, viver e ter esperança. Evita o veneno do mal querer, ascende cada dia ao melhor de ti, como se fosse o ultimo dia da tua vida. Namastê

quinta-feira, outubro 30, 2008

fraternidade económica

Reflectindo sobre os modelos macro económicos dos principais países do mundo, ocorre-me o seguinte: Pela insociabilidade da economia financeira real, da situação real de todos os seus instrumentos, todos os parâmetros agora postos em causa assim se encontram por justíssima causa. Toda a prática económica e financeira que não postule um elevado padrão moral, através de suas práticas fraudulentas causa a sua inevitável destruição. Isto por que desde logo, envenena todas as outras áreas da vida social que lhe estão sujeitas, desde a área laboral, profissional, comunitária, politica, desportiva, etc… As empresas e as indústrias ao serem sujeitas por necessidade a estas instituições de capital, acabam-lhes afiliadas no estilo por necessidade. Desde logo, o exemplo danoso destas instituições por contágio de estilo, na tecno-burocracia, na política de estratégias de competição cega, aglutinam recursos especulativamente e ao seu redor criam uma barreira de auto protecção, formada pelo deserto de misérias que causam a seus concorrentes directos mais desprotegidos. É esta causadora de tanta revolta social, de tanta migração territorial, de tanta desertificação das áreas tradicionalmente mais identificadoras de um povo, seja através de culturas indígenas, seja através da sua tradição ancestral. (migração para as cidades). Entendo que em nenhum modelo de aglutinação de recursos, onde aconteça o ostracismo social, onde dentro da sua organização e quadros, exista e se sobreponha os interesses do indivíduo aos da comunidade de indivíduos, haja condições para esta ser competitiva e ter futuro. Para praticas comuns, na era moderna, sobre os países mais desenvolvidos não poderá mais ser a função de um trabalhador, alimentar fortunas de uma minoria de indivíduos dentro de uma organização. Não podem ser as empresas, nem as indústrias, nem as instituições financeiras, fazedores de fortunas para uns poucos eleitos, que depois se divertem a especular sem ter em contas as consequências e impactos negativos de sua actuação, sobre todo uma imensidão de pessoas que em nada, mas absolutamente em nada lhe são inferiores, em termos de legitimidade sobre o plano. Pois bem haverá dirigentes e dirigidos, mas numa economia de vanguarda, não mais um será mais que outro, senão os dois como um. Ambos devem ser tratados com igual dignidade e parceria, não devendo existir mais essa coisa de tratantes, chamada de vencimento mínimo e vencimento máximo. Todos os vencimentos devem ser correspondentes com a dignidade do cargo, que lhe será outorgada pelo resultado real do seu trabalho e não pelo resultado virtual ou burocrático da sua atuação. Revolta-me e sei porque o sinto, que enquanto as organizações recorrem ás mais valias entre o grupo de trabalho somente pelas suas habilitações académicas, mais uma vez, a organização trabalha mais para a estatística do que para si mesma. Enfraquece os pilares de sua própria razão de ser. O trabalhador mais humilde, se é tanto necessário quanto o administrador, não deve ser tratado com menor dignidade. Tanto no acesso aos benefícios e lucros da empresa quanto a regalias sociais, senão até mais senão vejamos: Se este não teve uma oportunidade de acesso a uma educação mais abrangente, se não tem uma habitação condigna, se não tem muitas vezes nem o suficiente para a sua própria alimentação... como podem por exemplo, os directores dessa organização, nesse preciso momento, estar a receber aumentos de rendimentos cada vez maiores ou outros benefícios especiais, ou até viaturas novas de última geração e de topo de gama. Não é legítimo, não abona a favor da organização e este trabalhador dificilmente se sentirá inserido de verdade numa sociedade que se quer participativa por parte de todos. Muito pelo contrário, dará origem a mais um trabalhador desacreditado e sem esperança, por este desbaratar de recursos a seus olhos testemunhado enquanto ele, possivelmente com muitos mais anos de casa, é ignorado indignamente. Nenhum trabalhador, sendo sério e justo, gosta de se dirigir para o seu local de trabalho para assistir e vivenciar indignidades, nem que a seu favor seja. “Quando é que os timoneiros deste barco, deixam de lado a garrafa de whisky e o calendário das mulheres nuas, para junto com a tripulação descobrirem as maravilhas deste mar…”

quarta-feira, outubro 22, 2008

Pensamento do dia 22 de outubro

"Quando algumas pessoas se sentem nervosas ou a ponto de perder a paciência, elas saem de casa dizendo que 'vão dar uma volta' ou 'tomar um pouco de ar'. Algo as adverte de que se não saírem logo, a situação se tornará explosiva. Às vezes, basta tomar um copo d'água ou comer uma fruta para mudar o seu estado interior. Sim, saber deslocar-se é uma verdadeira ciência. Quantas vezes vocês se deixam perturbar por coisas sem importância! Seria fácil livrar-se deles deslocando-se; e existem tantos jeitos de se deslocar!
'Deslocar-se' pode ser também lavar as mãos conscientemente, concentrando-se em uma palavra: luz... harmonia... beleza... amor.
Então, passem as suas mãos sobre a cabeça e orelhas, e depois as lavem de novo.
Repitam quantas vezes forem necessárias.
Vocês se sentirão mais leves, pois tudo o que pesava sobre vocês vai embora pelas extremidades dos seus dedos."

impotência

... ás vezes sinto-me abarcado com conhecimentos, que incapaz de reter me tornam momentaneamente o mais impotente de muitos ...

segunda-feira, outubro 20, 2008

3M D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4. 4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0, C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0. C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40; G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R! S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 C4R1NH0. 0 R3570 3 F3170 D3 4R314

quarta-feira, outubro 15, 2008

o caminho do meio ...

Todos os dias ao acordar, não passo directamente de deitado na cama para de pé no chão. Faço as honras e uma iguaria do sentado. Como se não fosse possível passar por cima dessa etapa do acto levantar. Como se fosse imprescindível. Depois, é sempre nessa posição anatómica intermediária, do deitado do sono para o de pé do dia, que algo se pode e deve estabilizar em mim. É o momento em que sentado depois de deitado, me preparo para estar de pé. Parece simples, até banal, mas advém-lhe uma enorme importância. É que sobre esse momento repousa a forma de como eu vou estar de pé esse dia todo. Como se fosse um pré-condicionamento ao dia que se adivinha. Como se a forma dos breves instantes que antecedem o estar de pé, lhe emprestassem seus próprios sentidos. Então se possível, agora cultivo até aos milésimos de segundos desse breve estar, e sobre eles debruço generosa reflexão. Qual foi a qualidade do descanso do meu sono? Como isso irá potencializar ou condicionar o dia que surge com o nascer do sol, sobre a minha vida, nesse qualquer dia de semana… Por vezes é no chuveiro momentos depois, que meditando entre a espuma destrinço neles a mensagem para o meu dia. É que cada breve instante intermediário, é o intermediador mais importante do onde vimos, para onde vamos. A atenção dispensada centrada nesses precisos momentos, contínuos e em qualquer ocasião, é onde as coisas acontecem de verdade; depois de suas intenções e antes mesmo de suas realizações.
Agora

terça-feira, setembro 23, 2008

A opção da simplicidade

Muitas pessoas reclamam da correria de suas vidas. Acham que têm compromissos demais e culpam a complexidade do mundo moderno. Entretanto, inúmeras delas multiplicam suas tarefas sem real necessidade.Viver com simplicidade é uma opção que se faz. Muitas das coisas consideradas imprescindíveis à vida, na realidade, são supérfluas. A rigor, enquanto buscam coisas, as criaturas se esquecem da vida em si. Angustiadas por múltiplos compromissos, não refletem sobre sua realidade íntima. Olvidam do que gostam, não pensam no que lhes traz paz, enquanto sufocam em buscas vãs. De que adianta ganhar o mundo e perder-se a si próprio? Se a criatura não tomar cuidado, ter e parecer podem tomar o lugar do ser. Ninguém necessita trocar de carro constantemente, ter incontáveis sapatos, sair todo final de semana. É possível reduzir a própria agitação, conter o consumismo e redescobrir a simplicidade. O simples é aquele que não simula ser o que não é, que não dá demasiada importância a sua imagem, ao que os outros dizem ou pensam dele. A pessoa simples não calcula os resultados de cada gesto, não tem artimanhas e nem segundas intenções. Ela experiencia a alegria de ser, apenas. Não se trata de levar uma vida inconsciente, mas de reencontrar a própria infância. Mas uma infância como virtude, não como estágio da vida. Uma infância que não se angustia com as dúvidas de quem ainda tem tudo por fazer e conhecer. A simplicidade não ignora, apenas aprendeu a valorizar o essencial. Os pequenos prazeres da vida, uma conversa interessante, olhar as estrelas, andar de mãos dadas, tomar sorvete... Tudo isso compõe a simplicidade do existir. Não é necessário ter muito dinheiro ou ser importante para ser feliz. Mas é difícil ter felicidade sem tempo para fazer o que se gosta. Não há nada de errado com o dinheiro ou o sucesso. É bom e importante trabalhar, estudar e aperfeiçoar-se. Progredir sempre é uma necessidade humana. Mas isso não implica viver angustiado, enquanto se tenta dar cabo de infinitas atividades. Se o preço do sucesso for ausência de paz, talvez ele não valha a pena. As coisas sempre ficam para trás, mais cedo ou mais tarde. Mas há tesouros imateriais que jamais se esgotam. As amizades genuínas, um amor cultivado, a serenidade e a paz de espírito são alguns deles. Preste atenção em como você gasta seu tempo. Analise as coisas que valoriza e veja se muitas delas não são apenas um peso desnecessário em sua existência. Experimente desapegar-se dos excessos. Ao optar pela simplicidade, talvez redescubra a alegria de viver.
Pense nisso.

segunda-feira, setembro 22, 2008

"Abrindo as Portas que há Em Nós"

Será que a vida te corre bem? Estás contente com o que fazes? Sentes-te em paz com o mundo ou, pelo contrário com a vida cheia de altos e baixos? Estás insatisfeito com a maneira como vives ou com o trabalho que realizas? Achas difícil harmonizares - te com as almas ao teu redor? Acusas tu as pessoas que te rodeiam, as circunstâncias ou as situações, pelo teu descontentamento e insatisfação? Tens a impressão de que se estivesses algures, tudo correria melhor e poderias estar em paz? Quando estiveres perfeitamente em paz contigo, pouco importará onde estejas, com quem estejas, ou o trabalho vulgar e despretensioso que tu faças. Nada poderá perturbar-te ou desarmonizar - te, porque tu estarás perfeitamente em equilíbrio e harmonia contigo. Em vez de lutares contra as circunstâncias da vida aprende a viver com elas, encontrando no fundo de ti essa paz e essa compreensão interiores.
Eileen Caddy

sexta-feira, setembro 19, 2008

Curiosidades: O alho (Allium sativum) é um vegetal da família Liliacerae, sendo encontrado na forma de raiz. Seu bolbo, vulgarmente conhecido como cabeça, é constituído por vários dentes, os quais são usados como condimento culinário e como medicamento há centenas de anos em todo o mundo. Este emprego na culinária o coloca em vantagem frente a outras ervas de efeito farmacológico conhecido e desejável como o Ginkgo biloba, por exemplo. Antigamente, no Egipto, o alho era usado para tratamento de diarreia e, na Grécia antiga, ele era utilizado como medicamento no tratamento de patologias pulmonares e intestinais. Pesquisas recentes identificaram que o alho possui ainda diversas propriedades dentre as quais se destacam as anti-microbianas, anti-neoplásicas, terapêuticas contra doenças cardiovasculares, imunoestimulatórias e hipoglicemiante. Pasteur relatou, em 1858, a actividade anti-bacteriana do alho que tem sido confirmada por diversos autores até hoje. Em laboratório, mediante diluição em série, o extracto fresco de alho mostrou ser capaz de inibir o crescimento de 14 espécies de bactérias, entre as quais o Stafilococcus aureus, Klebsiella peneumoniae e Escherichia coli, que são bactérias potencialmente maléficas à saúde. Isto ainda se deu, mesmo usando o extracto de alho diluído 128 vezes. Uma solução de 5% preparada com alho fresco desidratado mostrou actividade bactericida contra Salmonella typhimurium. Isto é atribuído à alicina, o componente chave da actividade anti-microbiana que também é responsável pelo odor característico do alho. A actividade anti-microbiana do alho é reduzida com sua fervura pois a alicina é desnaturada durante o processamento térmico. O alho ainda tem se mostrado ser capaz de combater o Helicobacter pylory, a maior causa de dispepsia, câncer gástrico e também de úlceras gástricas e duodenais. Foi observado recentemente que 2g/L de extracto de alho inibe completamente o crescimento do H. pylori. Os autores concluíram que este efeito bactericida pode contribuir para prevenir a formação de câncer gástrico. Esta evidência foi comprovada num estudo epidemiológico efectuado na China, onde foi notado que o risco de câncer gástrico é 13 vezes menor num indivíduo que consome 20g/dia de alho em relação aquele que consome menos que 1g/dia. Em outro estudo, na Itália, foi observada uma correlação negativa entre o consumo de alho e o risco de câncer gástrico (risco relativo = 0,8). O efeito anti-cancerígeno do alho parece estar ligado à estimulação da enzima hepática glutationa S-transferase envolvida em processos de detoxicação de muitos carcinógenos.A seguir, no quadro 1, podemos observar a composição centesimal do alho.
Quadro 1 - "Raio X do Alho"
Energia 140 Kcal
Carboidratos 29,3g
Proteínas 5,3g
Lipídeos 0,2g
Fibras 1,66g
Potássio 400mg
Vitamina B1 0,2 mg
Vitamina B6 3,33mg
Vitamina C 31,1 mg
Ácido fólico 3,1mg
Cálcio 181 mg
Fósforo 150 mg
Ferro 1,7 mg
Cobre 0,26 mg
Zinco 8,83 mg
Selênio 24,9 mg
O que mais se destaca na composição nutricional do alho, são os altos teores dos elementos zinco e selênio, ambos metais antioxidantes. No organismo humano, estes nutrientes estão envolvidos tanto directa como indirectamente no funcionamento do sistema imunológico. Diversos são os estudos que têm identificado baixos níveis sanguíneos tanto de selênio como de zinco, em pacientes portadores de patologias como a AIDS, onde o sistema imunológico encontra-se gravemente debilitado. A prescrição dietoterápica actualmente feita para tais pacientes preconiza o consumo de alho, entre outras coisas. Há estudos que apontam para uma actividade anti-viral do alho. Neste sentido, seu consumo também é indicado para casos de resfriado, gripe e nas viroses em geral. A propriedade imunoestimulatória do alho está, também, relacionada à presença de substâncias encontradas no seu extracto (dialil trisulfito e dialil sulfito) que estimulam a imunidade de uma maneira geral (estimula a proliferação de células T e de citocinas produzidas por macrófagos). Neste sentido, estudos têm demonstrado que o alho actua estimulando tanto a imunidade humoral como a celular. Outro efeito nutracêutico notável do alho esta relacionado aos benefícios cardiovasculares que ele proporciona. O consumo regular de alho reduz o nível do colesterol sérico total, evita a agregação plaquetária e também possui actividade antioxidante, prevenindo arteriosclerose e doenças cardiovasculares. Estudo canadense efectuado com homens moderadamente hipercolesterolêmicos (32 a 68 anos) mostrou que o consumo de 7,2g/dia de extracto de alho durante meio ano reduz em 5,5% a pressão arterial sistólica, em 7,0% o colesterol sérico total e em 4,6% o colesterol de baixa densidade (LDL). A actividade hipocolesterolêmica do alho se deve à inibição de diversos passos enzimáticos da síntese hepática do colesterol e a um acréscimo na excreção de ácido biliar e de esteróis. Os componentes do alho alicina, alinina e S-alil sulfato exibem propriedades que inibem a agregação plaquetária. O efeito em rede de tais propriedades resulta na prevenção da aterosclerose e das doenças cardiovasculares. Na prevenção de doenças, o alho também tem merecido destaque. Recentemente, um estudo epidemiológico efectuado em duas regiões distintas da China, uma que emprega o alho na culinária e outra que não o utiliza, mostrou que a região que usa regularmente o alho tem menores índices de morbidade e de mortalidade em relação a região que não utiliza o alho na alimentação. Se não bastasse todos os benefícios à saúde aqui descritos, o alho ainda possui propriedades hipoglicemiantes. O extracto de alho mediante seu componente sulfóxido S-alilciteína, reduziu significantemente a glicose sanguínea. O mecanismo provável desta actuação se deve, ao menos em parte, ao estímulo à secreção de insulina pelas células ß do pâncreas.
Quadro 2 - Principais benefícios do consumo regular de alho na quantidade mínima de 8g/dia.
Aumenta a longevidade
Reduz os riscos de enfarto
Favorece o bom funcionamento do sistema imunológico
Reduz a glicose sanguínea
Reduz o colesterol LDL (mau colesterol)
Aumenta o colesterol HDL (bom colesterol)
Combate bactérias e vírus
Previne a arteriosclerose
Previne o câncer
Melhora a qualidade de vida
Em resumo, os dados dos estudos apontam para diversos benefícios à saúde derivados do consumo regular do alho. Isto torna o alho uma especiaria extremamente atractiva de ser incluída no cardápio diário não somente pelo seu aroma e sabor, mas também pelos seus benefícios medicinais.
Késia Diego Quintaes - Nutricionista - Mestre em Ciência da Nutrição Doutoranda em Ciência da Nutrição pela FEA/UNICAMP

quarta-feira, setembro 17, 2008

Namastê (http://pt.wikipedia.org/wiki/Namaste)

Vi-te brincar com o teu cachorro junto à margem do rio. A cada gesto teu nascia em mim um genuíno sentimento de compreensão por esse momento. Só, verdadeiramente nada procuravas então. Apenas as corridas do teu cachorro atrás de um seixo do rio que atiravas. Depois veio o silêncio em mim. E quando retive em minha mente a recém-chegada imagem dessa ilusão, pude respirar. O mundo parou, e depois em analogia encontrei tanta gente perdida por esse mundo... encontrada na única alma.
Aqueles que agradecem sua individualidade a reconhecem, prezam, estimam, amam e compartilham. Sem guerra, sem ansiedade, apenas por ser assim, … humana com asas de anjo. O amor de viver fez-se assim, tanto numa parede dos Himalaias como numa de uma cidade. Realidades que nunca se parecem juntar, cada uma têm vida própria no campo de suas ilusões. Ai de quem desmonte frágil teia do que é natural, vai de encontro à sua própria perdição. Cada um de nós… com enorme sede de nós. Desde antes do momento de nossa própria concepção.
Quem como tu, procure o senhor… quem como tu eu amo tanto. Por ser anónimo e contido o conteúdo dos teus anseios.
Somos assim como uma criança, um rei… olhamos de dentro do nosso reino… à procura de um bem, que nem nós entendemos. Amamos só e apenas o estar assim, É contra as nossas ansiedades que nos manifestamos lá dentro, escondidos. Queremos ter mais qualidade de vida, e de poesia também. É bom ser simples, ou mesmo simplificar. Num triângulo impensável, fazemos para além…, muito para além das nossas ansiedades um triângulo mágico.
Eu, tu e Deus em nós três. E a grande compensação…, saber que no final,
hás-de ficar tu e Deus, e nós três.

terça-feira, setembro 16, 2008

A Grande Invocação

Do ponto de Luz na Mente de Deus,
Flua luz às mentes dos homens.
Desça a luz sobre a Terra.
Do ponto de Amor no Coração de Deus,
Flua amor aos corações dos homens.
Volte Cristo à Terra.
Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida,
Guie o propósito as pequenas vontades dos homens;
O propósito que os Mestres conhecem e servem.
Do centro a que chamamos a raça dos homens,
Cumpra-se o Plano de Amor e Luz
E feche-se a porta onde mora o mal.
Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.

sexta-feira, setembro 12, 2008

Auto-pseudoautistas... É assim connosco?

Quando desnudadas as razões do que acontece e porquê de uma forma ou prisma transcendente, então a compreensão das coisas é um processo algo doloroso mas efectivo.
É sentido da mesma forma que um alimento, … sustém e transforma, permite e essencializa. Auto-pseudoautista por força das rotinas que deixo instalar, não vivencio que em cada gesto está fortemente matizada e ignorada a genuinidade de sua própria essência, os gestos que o demonstram a personalizam e a atestam, muito para além dos esteriótipos em que costumo aportar.
Que adianta treinar a dissimulação a quem aprendeu a ver com o coração…

sexta-feira, setembro 05, 2008

... 45 primaveras ...

Devo tudo a toda a gente, porque se não fosse toda a gente eu não seria a parte de toda a gente que sou...

terça-feira, setembro 02, 2008

O que fica oculto

Atualmente, todos clamam contra a impunidade. Os meios de comunicação desvendam, sem cessar, variados tipos de ilícito e causa indignação constatar como o processo de punição é moroso e falho. Muitos corruptos encontram brechas no sistema legal e escapam ilesos. Grandes criminosos persistem livres, enquanto lançam mão de incontáveis recursos judiciais. O dinheiro público some sem que ninguém seja responsabilizado. Obras são superfaturadas e os encarregados afirmam total ignorância do ocorrido. Enquanto isso, a sociedade brada indignada e pede providências. Entretanto, a justiça humana reprime apenas as condutas mais escandalosas. O legislador terreno elege alguns dos comportamentos mais deletérios ao convívio social e os proíbe mediante punições. Ainda assim, os responsáveis, não raro, logram burlar as conseqüências legais. Ocorre que, acima e além dos regramentos humanos, pairam soberanos os Códigos Divinos. Eles estabelecem a fraternidade, a pureza, o trabalho e a honestidade como deveres incontornáveis. Para estar em harmonia com o estatuto divino não basta parecer levar uma vida reta. De pouco adianta cumprir ritos ou ofertar ao mundo uma aparência de recato e sobriedade. Inúmeros pequenos gestos implicam violação à lei de harmonia que rege a vida. Os pais que não educam seus filhos violam uma missão sagrada que lhes foi confiada. Ao não dedicar tempo ao burilamento moral de seus rebentos, desdenham a Lei de Trabalho. Conseqüentemente, respondem pelos desvios causados por sua inércia. Cônjuges que se infelicitam, por palavras e gestos, desconsideram o mandamento da fraternidade. Comentários cruéis a respeito do próximo igualmente vibram negativamente perante a Consciência Cósmica. A vivência de tumultuosas paixões, atos que maculam a inocência alheia, o desamparo material ou moral de parentes necessitados ou enfermos...
Muitos são os exemplos de condutas não reprimidas pela legislação humana, mas incompatíveis com a Lei Divina e Natural. Convém refletir sobre isso, sempre que surgir forte o desejo de bradar contra a impunidade do próximo. Ninguém advoga que atos desonestos persistam isentos de conseqüências. A sociedade necessita de regras para que o convívio de seus membros siga harmônico. O desrespeito a essas regras precisa ser reprimido, sob pena de se instaurar a anarquia. Mas, se o equívoco deve ser combatido, isso não pode implicar odiar os equivocados. É preciso medir a própria fraqueza antes de lapidar os outros. As Leis Divinas jamais são enganadas. Embora certas baixezas permaneçam ocultas, ainda assim elas têm conseqüências impostas pelas Leis Divinas. Por ora, a maioria dos habitantes da Terra ainda foge de algum modo de seu dever. Assim, importa lançar um olhar generoso ao próximo, enquanto se cuida de corrigir o próprio comportamento. Urge gradualmente passar a não apenas afetar pureza, mas a vivê-la em plenitude. Se você é a favor da responsabilização pelos atos praticados, veja como age em todos os setores de sua vida. Cuide para que o que fica oculto não o condene perante sua consciência.Você jamais poderá enganá-la.
Pense nisso.

quinta-feira, agosto 28, 2008

Conquistas do Espírito

Ela nasceu no México, em uma cidade chamada São Miguel de Nepantla. Filha de pai basco e de mãe índia, cedo mostrou seus dotes intelectuais e sua rara inteligência. As três anos aprendeu a ler e aos cinco iniciou a escrever versos. Seu sonho era estudar. Por isso, ao saber que existia algo chamado Universidade, onde havia acesso à ciência, ao saber, pediu ao pai que a matriculasse. Mas, aqueles eram tempos em que para a mulher não se abriam tais possibilidades. O mundo intelectual era dos homens. Ela freqüentou, por três anos, a corte do Vice-rei, no intuito de travar contato com cabeças privilegiadas. Não logrou o êxito que idealizava. Por fim, adentrou o convento de São Jerônimo da Conceição. Estudou dogma, direito canônico, medicina, astronomia. Tornou-se pintora miniaturista. Escreveu peças teatrais, poemas, música sacra. Quando foi repreendida, pela ousadia de adentrar o campo científico e cultural, defendeu o direito da mulher de se ilustrar. Considerada a primeira feminista da América Latina, Juana Inés de la Cruz responde aos argumentos pobres com que a agridem, com a sabedoria de quem se aprofundara nas letras e nas ciências. Busca na bíblia e na mitologia os vultos femininos que marcaram época pela sabedoria e competência. Recorda Débora, fazendo leis, a sapiente Rainha de Sabá, Ester, Aspásia Milesia, que ensinou filosofia e retórica. Cita o cântico de Maria, mãe de Jesus, para justificar a sua poesia: A minha alma glorifica o Senhor; e o meu Espírito exulta em Deus meu Salvador. Porque lançou os olhos para a baixeza da Sua escrava; portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada.
* * *
Juana Inés de la Cruz morreu no ano de 1695, durante uma epidemia de peste. Contraiu a enfermidade atendendo as suas irmãs do convento. Seu vulto, até hoje, é venerado no México, como das mais nobres personalidades que viveram na América Latina. Uma mulher no século XVII. Enfrentou os preconceitos de seu tempo. Conviveu com a inveja dos que a desejavam calada, a fim de que a sua inteligência e sabedoria não se evidenciasse. Nada a abateu. Como uma estrela de sublime grandeza, ela brilhou, conquistando intelecto e moral.
* * *
Quando as cores sombrias da adversidade pretenderem toldar o céu da tua vida, pensa que és capaz de as afugentar. E segue sempre. Não te permitas abater pelas críticas tolas, pelos obstáculos que se interponham aos teus sonhos. Persiste e vence.
com base no cap. Juana de Asbaje;no cap. Sóror Juana Inés de La Cruz do livro A veneranda Joanna de Ângelis, ed. Leal e no Evangelho de Lucas,cap. 1, vers. 46 a 48.

... férias ...

tenho um sentimento de gratidão por tudo, até pelo que podia ser e não fui, pois não é isso que faz os sonhos?

quarta-feira, julho 30, 2008

Houve momentos, que são os que bem sabes poder considerar a tua herança. Esses que não tem como desatinar da tua alma, são eles que encontras quando te reencontras no passar dos anos. Foram na tua alma, sobretudo momentos quase banais, naturais, normais?!, que mais logo, no seio do reencontro ao envelhecer voltam. E não foram os mais marcantes que ficaram. Ficam aqueles bocaditos simples, que te mostram o que tu és, o que foste, o que sentiste, onde estavas quando feliz. Foram momentos que se tornaram as chaves da tua herança futura. Do teu porvir dentre as cinzas da existência. São esses, mais seus actores, a Fénix o rio e o mar ao longe. Saudade é tanta que perdi de vista. Agora estou aqui bem pois sou o que criei. A água que do desconhecido em mim brota, seca no meu rosto. Diz-me que tudo está ainda por inventar, porque o coração bate em ritmos puros, imensuráveis. Sempre filhos de Deus, amantes do Cristo, amigos do Buda, aspirantes dos anjos grandes, porque dos pequenos fazemos luz.
Tudo que acontece, só cessará de acontecer, assim que tudo esteja cumprido. Vê-se pelas obras, pelos resultados, a razão de todas as aparências existenciais. Ficamos aguardar, a promoção dos corações adormecidos.

Com uma moto igualzinha a esta terminei "oficialmente" a minha relação com estes veículos de duas rodas. Destas que aqui referi porque foram as que comprei, mais por via de empréstimo ou experiência passaram por mim. Do andar de motorizada e moto, fica em minha memória muitos passeios, aventuras, amizades, acidentes espectaculares mas nunca demasiado graves, e muita .... muita saudade e gratidão... daquele tempo em que montar uma moto, era sinal do inicio de uma descoberta de prazeres garantidos... Um abraço grande a todos os motoqueiros e em especial aos que acompanharam o meu crescer: Fredo- Suzuki RG50, Nelo- Casal de 6, Orlando- Casal de 6, Nitos- sachs50 Formula1, Vilarinho- Casal de 6, Puxinha- Maxi Puck, Rui Zuco- Casal de 5, Pedro- FanticMotor 50, Virgilio- Casal 50 de turbina (jurássica),... enfim aos mais que muitos que não recordo de momento, igual e merecido reconhecimento.

a que me passou pelas mãos era na côr preta... linda!!!

tive esta na versão 175

tive uma destas...

depois tive uma destas ... num modelo posterior

segunda-feira, julho 28, 2008

A suavidade consegue esculpir

O Mosteiro na margem do Rio Piedra está cercado por uma linda vegetação, verdadeiro oásis nos campos estéreis daquela parte da Espanha. Ali, o pequeno rio transforma-se numa caudalosa corrente, e se divide em dezenas de cachoeiras. Quem caminha por aquele lugar escuta a música das águas e encontra, de repente, uma gruta, debaixo de uma das quedas d´água. Observando cuidadosamente as pedras gastas pelo tempo, as formas que a natureza cria com paciência, vê-se escrito numa placa, os seguintes versos de Rabindranath Tagore: Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.
* * *
A lição do poeta é de extrema profundidade. Somente com suavidade, paciência e calma, conseguimos esculpir o nosso íntimo, realizando a reforma de nossas almas com o objetivo de encontrar felicidade. Somente com suavidade, paciência e calma, conseguimos esculpir o nosso mundo, realizando sua modificação para melhor. O martelo que destrói está nas críticas cruéis, nas palavras grosseiras que saem de nossas bocas e ferem a auto-estima das pessoas à nossa volta. Enquanto a doçura da água está nos conselhos edificantes, na atenção e paciência com que ouvimos a alguém, nas palavras de estímulo, no elogio animador. O martelo destruidor está no acúmulo da culpa em nosso coração, na auto-exigência desequilibrada, na falta de amor próprio. A docilidade da água está na compreensão de nossas dificuldades, no auto-perdão, e na disposição constante para corrigir os nossos erros. Em nossos dias, na análise de nosso comportamento, de nossas ações, lembremos sempre da delicadeza da água moldando as rochas através dos tempos. Procuremos conquistar a paciência e a tranquilidade, certos de que são virtudes dinâmicas, que nos fazem seres pacíficos. Que as palavras do poeta indiano nos sirvam de guia, de inspiração: Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção.
Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.
* * *
A suavidade, a delicadeza, são o amor expresso nas pequenas coisas, nos gestos aparentemente simples, mas que revelam nossa preocupação com o próximo. com base em Yomaktub.

quinta-feira, julho 24, 2008

Ascendendo "Sobre os Dramas Pessoais" por Kryon

Saudações, meus anjos, Eu Sou KRYON do Serviço Magnético. Não deixa de ser curioso verificar que velhos amigos,velhos conhecidos, grandes Obreiros Estelares, grandes Construtores Planetários, estejam reunidos na sua condição de humanos, reivindicando a capacidade de se afastarem e ganharem uma nova perspectiva sobre os seus dramas pessoais.
Se ainda houvesse alguma dúvida acerca da eficiência do véu, esta seria a prova inequívoca.
Do nosso ponto de vista, não deixa de ser engraçado ver um anjo a solicitar um maior ângulo de visão para os seus dramas pessoais. Mas só deste lado nos apercebemos - ou temos a capacidade de nos aperceber - que vocês são ANJOS.
Devido á presença do véu, evidentemente que essa verdade vos está vedada. Quanto maior é a consciência da origem de um ser, menor é a sua capacidade de gerar dramas pessoais. O drama é evidentemente, um tópico, um atributo, uma característica dessa dimensão na qual vocês passaram muitos milénios, muitas vidas, muitas existências, na qual fizeram muitas experiências de aprendizagem, e da qual, como sabem, estão a sair, porque ganharam um forte potencial de saída. E é claro que os dramas pessoais funcionam como ÂNCORA, COMO PESOS. Ninguém volta ao lar com dramas. Drama é um atributo dessa dimensão. Eu diria que o drama é a consequência da confusão. Clarifiquem a vossa mente, adiram à transparência, co-criem a transparência. .. e acabam-se os dramas. Ponham de lado, de uma vez por todas, a ideia de que precisam seja do que for... e acabam-se os dramas. Caminhem resolutamente em direcção à vossa autonomia ...e acabam-se os dramas. Os dramas geram-se porque alguém "acha que não tem", ou porque alguém "acha que perdeu". Ou não tem uma coisa que julga que precisa, ou deixa de ter uma coisa que julgava que lhe fazia falta. Esta é a raiz do drama pessoal. Muitos Seres Humanos fazem drama "antes de terem" e, depois, fazem drama porque "deixaram de ter". Esse foi, aliás um riquíssimo caminho de aprendizagem: aprenderam através do sofrimento de "não ter", e, depois, voltaram a aprender através do sofrimento de "perder". Porém, não há necessidade de continuar a ser assim. Uma vez que conquistaram o acesso a uma via directa para o Eu Superior individual, evidentemente que ganham progressivamente a capacidade de co-criarem nas vossas vidas o que vos der vontade de ter. E, como evidentemente, por detrás disto está uma considerável lucidez espiritual, é claro que as criações - a manifestação das intenções - têm um carácter, um objectivo e uma amplitude bastante considerável. Ou seja, essas intenções começam a ser, cada vez mais, exclusivamente POSITIVAS - espiritualmente falando, se é que me entendem.
Nenhum mestre utiliza o seu poder de co-criação para criar algo prejudicial para um irmão seu ou para sí mesmo. Assim, o drama pessoal é algo que tem os dias contados, pelo menos para aqueles Humanos que pretendem assumir a sua mestria permanecendo no planeta. Assumir a mestria permanecendo encarnado no planeta, em aprendizagem, significa que é um ser que tem "TUDO EM UM". É um ser que já não sabe se os seus anjos estão dentro ou fora .Sabe, evidentemente, que há algo que o transcende, que, obviamente, há algo que numa perspectiva hierárquica está acima dele (embora esta perspectiva hierárquica precisasse de ser explicada, porque não se trata duma hierarquia no sentido militar, como vocês o conhecem na Terra). Mas no que toca à função que tem de desempenhar, ele está sozinho. Estar sozinho, não significa estar desamparado.
Estar sozinho significa que já tem tudo o que necessita. É uma pessoa que já tem tudo o que necessita, que já integrou, não tem dramas ou não faz dramas, não transforma em drama aquilo que acontece. Perante algo que aconteça, a " resposta dourada" surge de imediato. E ele assume a inteira responsabilidade das consequências dessa resposta que é implementada. Por isso foi dito que os Humanos, hoje estão e ser testados na forma como utilizam o seu poder (o seu poder de criação, evidentemente) . Os Seres Humanos, já foi dito também, estão a ser preparados para construírem outro Universo, e não podem ser soltos nesse Universo enquanto não souberem criar responsavelmente dentro das suas próprias vidas enquanto estão encarnados. Ou seja, não podem ir para o espaço fazer disparates (para o espaço inter-dimensional, entenda-se). Por isso foi dito que os Seres Humanos, hoje são anjos em fase de treino. Estamos aqui a conversar sobre estas coisas, e algo está a ocorrer noutros planos, assim como algo está a acorrer neste plano. Está a ocorrer o que tem de ocorrer para que a vossa intenção seja respeitada, para que, de fato, cada um dos presentes, o leitor do actual momento, possa distanciar-se facilmente dos seus dramas pessoais e discernir claramente o que há a fazer, sem medo. Se tiver que dizer dirá, se tiver que agir agirá, porque aquilo que o faz levantar todos os dias de manhã já não é qualquer objectivo terreno, mas sim o objectivo de se manter nesse planeta manifestando outra condição. Esse é o objectivo último de um Trabalhador da Luz. Um Trabalhador da Luz produz Luz, trabalha a Luz, gera Luz. Desperta e levanta-se para isso, age em conformidade e lapida-se nessa direcção, com esse intuito, sem distracções. E faz as suas escolhas - da sua expressão enquanto Humano - em função desse objectivo. Está na hora de mudar o cartaz do teatro, de deixar de escrever dramas ou de representar dramas, e passar a representar comédias. Já foi dito que um dos atributos da Luz é a alegria. É por isso que quando estão a viver vossos dramas, não conseguem sentir essa alegria. Ou seja, utilizando a vossa linguagem, estão deprimidos. A depressão é a falta da alegria. É por isso que os deprimidos são tristes. É por isso que o cinzento é a cor da depressão. Então, talvez a pergunta seja: Para que são necessários os dramas? Já disse que os dramas foram necessários como motores de aprendizagem. Mas esses motores de aprendizagem funcionavam com a energia da Velha Energia. Esse combustível foi retirado e, portanto, os motores do drama não funcionam com a Nova Energia. A vibração da Nova Energia, da Nova Rede Magnética Planetária, não alimenta os motores dos dramas. Por isso é bastante mais simples que quem esteja a viver um drama, às tantas se aperceba que está a ser ridículo ou que a situação é ridícula. E se conseguir sorrir, de certeza que vai escolher de outra maneira .Portanto, podem ficar descansados, pois fazemos jus à vossa condição de criadores. Manifestaram a intenção de criar essa situação nas vossas vidas, e é isso que vai acontecer. Mas não se esqueçam de que há algo que têm de fazer. NÓS NÃO PODEMOS RESOLVER OS VOSSOS DRAMAS. Se não introduzirem dados novos no processo, o drama não se resolve. Manifestar a intenção de abandonar os dramas significa não perder tempo à procura da solução que têm de implementar, significa ter clareza total do que é preciso fazer e FAZÊ-LO. Aí acaba-se o drama. A lamentação começa a soar mal, inclusivamente até para os ouvidos de quem se lamenta. Então, vocês declararam, co-criaram e, agora basta esperar pelos resultados. Muito obrigado por terem decidido e escolhido nessa direção. Foram atendidos ao mais alto nível, assim como teriam sido atendidos ao mais alto nível se a vossa decisão tivesse sido outra. Cada vez mais nós estamos em vós. As fronteiras estão a esfumar-se. Mas, seja como for, é sempre um prazer enorme estar perante Humanos, com as insígnias de Seres em aprendizagem no planeta Terra. Fiquem em Paz. E assim é. KRYON

terça-feira, julho 22, 2008

meus amores...

De tantas situações, tantas memórias. Hoje relembro-te como quem vejo Fazes então parte de mim como quem faz Perdem-se sentidos para que se ache O caminho insolúvel imperceptível da tua passagem… em mim. Passo a amar como nunca amei A deslocar o que vivi até ao que vivo Entrego-me então ao espaço que surge Como a virgem se entrega a seu príncipe Com receio dor e desejo, na festa Do que finalmente é festejado sem medo Sempre soube afinal que na minha hora Te encontraria em formato de som Aguardando serenamente a cor dos meus passos Como se nunca te tivesse deixado… Nunca estive tão só como nunca estarei Tão longe de ti como nunca estive Já que tuas fantasias sempre foram Afinal o vermelho do meu sangue… Pela irmã e o irmão que foste Pela alma que sedento amo e sempre anseio Bem dentro de mim em sintonia perfeita Ao som do meu coração teu peito É a luz em que me deleito, meu rumo fantástico e tão estreito… Assim é…

quinta-feira, julho 17, 2008

No fundo sempre soube que em cada um de nós, brilha uma luminosidade desconhecida. Algo que se aprende a vivenciar em primeira instancia, mais logo algo que interfere para no final, conduzir para que algo se revele. Vejo assim a minha vida. Vejo em consequência de igual forma a tua vida. É um traço comum que nos escapa muitas vezes, mas está lá, emergente, solicíto e cada vez mais activado... A luminosidade do espírito omnipresente, do catalisador da vida ao seu nível mais elevado enquanto terrestres.

terça-feira, julho 15, 2008

Sobre anjos

A palavra anjo desperta geralmente a idéia da perfeição moral. É, freqüentemente, aplicada a todos os seres, bons e maus, que não pertencem à Humanidade. Diz-se o bom e o mau anjo, o anjo da luz e o anjo das trevas. Na Bíblia encontra-se muito este termo. Às vezes, com o sentido de criaturas humanas exercendo a função de mensageiros, embaixadores, profetas. O uso mais frequente se aplica a criaturas já existentes antes da criação do mundo, mas igualmente criadas por Deus. Distinguem-se do homem pela superioridade da inteligência, sabedoria e poder. Alguns críticos julgam ser influência dos povos vizinhos a Israel, sobretudo a Pérsia, a idéia de anjos substituindo os deuses. É assim que eles aparecem, em descrições bíblicas, falando aos homens na forma e linguagem humana. E são mostrados com graus hierárquicos entre si. Observa-se que, no Novo Testamento, as referências aos anjos são menos frequentes do que no Antigo Testamento. A existência de seres humanos exercendo as funções de mensageiros da Divindade aos homens é admitida como realidade entre religiões não bíblicas, também.
É assim que vemos descrições de anjos no maometismo, nas mitologias gregas e orientais e em algumas formas do budismo. O Corão é extraordinariamente rico em referências aos anjos.
A Doutrina Espírita ensina que os anjos são seres criados como todos os Espíritos. Por já terem percorrido todos os graus e reunirem em si todas as perfeições, se tornaram Espíritos puros. Como existem Espíritos dessa categoria, muito anteriores ao homem, este acreditou que eles haviam sido criados assim, perfeitos.
Entre os anjos, existem aqueles que se dedicam a proteger: são os anjos da guarda. São sempre superiores ao homem. Estão ali para aconselhar, sustentar, ajudar a escalar a montanha escarpada do progresso. São amigos mais firmes e mais devotados do que as mais íntimas ligações que se possam contrair na Terra. Esses seres ali estão por ordem de Deus, que os colocou ao lado dos homens. Ali estão por Seu amor. Cumprem junto aos homens uma bela mas, ao mesmo tempo, penosa missão. Seja nos cárceres, nos hospitais, nos antros do vício, na solidão, eles se encontram ao lado dos seus protegidos. É deles que a nossa alma recebe os mais doces impulsos e ouve os mais sábios conselhos. Eles nos auxiliam nos momentos de crise. Para os que pensam ser impossível os Espíritos verdadeiramente elevados se restringirem a uma tarefa tão laboriosa, e de todos os instantes, é bom lembrar que eles nos influenciam a milhões de léguas de distância. Para eles, o espaço não existe. Podem estar vivendo em outros mundos e conservar a ligação com os seus protegidos. Gozam de faculdades que não podemos compreender. Cada anjo da guarda tem o seu protegido e vela por ele, como um pai vela pelo filho. Sente-se feliz quando o vê no bom caminho, chora quando os seus conselhos são desprezados. O anjo da guarda é ligado ao indivíduo desde o nascimento até a morte. Freqüentemente o segue depois da morte e mesmo através de numerosas existências corpóreas. Para o Espírito imortal, essas existências não são mais do que fases bem curtas da vida.
* * *
Foi Gregório Magno o primeiro a introduzir a concepção da angelologia na teologia cristã no Ocidente. Surgiram assim, além dos anjos e arcanjos, duas outras classes: a dos querubins e serafins, jamais mencionadas em toda a Bíblia como seres angelicais.
No Novo Testamento, os anjos são apresentados como sujeitos a Cristo, o Espírito perfeito. com base nos itens 128 a 130 e 489 a 495 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb e no verbete Anjo, da Enciclopédia Mirador, v. 2, ed.Enclyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.Em 14.07.2008.
Mergulhar na eternidade dos momentos... faz a vida parecer um breve instante...

prende um momento

Saiu pela manhã... uma manhã ensolarada e quente. Seu espaço interior iluminou-se e ao reter um saltito de um grande melro negro e de bico vermelho, reteu um próprio fragmento de existência, de tempo. Mais tarde, ao dar conta de si, já havia retido de igual forma dois fugazes pardais e um veloz voo de uma gorda e pequenina andorinha. Em cada momento que do espaço exterior no seu olhar suspendeu, trouxe para o seu espaço interior em formato instantâneo uma porção de realidade ininterrupta plasmada numa tela e assim, captada uma parcela. Assim como o católico que recebe o santíssimo sacramento da mão do sacerdote, ele recebe um santíssimo fragmento da mão da vida. É quase como se fosse o seu mundo interior um espaço ilimitado a colorir, e a vida cá fora as imensas possibilidades que o irão embelezar.

segunda-feira, julho 14, 2008

Meu Deus ... que é feito de nós?

Tem alturas em que no encontro entre pessoas, até tem esforço pessoal para que seja agradável, tem amabilidade e cordialidade de sobra nos símbolos, e após o reencontro a sós... até este parece uma oferta dos céus.... NADA... não ficou nada.... Tem encontros outros entre as pessoas que, rápidos e quase desajeitados, com diálogos estéreis e moribundos de cordialidade... que os símbolos quase se resumem a uns quantos olhares esquivos... e ao terminarem... céus, não se conseguem esquecer. Mas que brincadeira é esta... do que aprendi ser formação académica sobre a vida, quando a vida dispara em todas as direcções quando menos se espera, sobre qualquer vida académica. Como se fosse possível mesmo, serem duas entidades separadas, quando sabemos que tal não é possível, perante a unicidade da vida. Então... a unicidade da vida é mais complexa que os códigos inventados para nos fazermos compreender e comunicar... Nunca me senti tão só... Tão dependente... Não interessa tanto o que penso quanto a origem do meu pensar se é minha pertença. O mais espantoso... é que a aprendizagem é de graça. É um gratuito que surfa de skate sobre uma onda de dor nesse magnifico mar infinito que é a vida.

terça-feira, julho 08, 2008

Quando perdoas

Quando perdoas, podes ver as coisas de uma forma diferente. Teu coração contenta e toma a frente, dando-te um novo momento, onde passas a conhecer a abundância daquilo que foi feito para viver em amor, em gentileza, em compreensão, em crescimento. Sê gentil para contigo e para com os teus. Todas as coisas são passíveis de mudanças... Onde os ventos podem ser frescos e suaves, onde as águas podem ser límpidas e mansas, onde o aconchego e a serenidade alcançam o teu presente. Quando não carregas dentro de ti o fruto amargo da arrogância, ajudando aqueles que de ti necessitam, vens a saber o que é o amor. Lembra-te: aquele que erra, aquele que não consegue amar, aquele que sofre e nenhuma luz pode ver, aquele que pouco ou nada te pode oferecer, é o que mais precisa do teu amor. Um amor milagroso, que tem o poder de transformar e fazer crescer flores em pedras brutas. Permite que, como tu, ele possa conhecer o milagre de ser livre e abençoado por Deus.

sábado, junho 28, 2008

O que te faz melhor

Narra-se que Leonardo Boff, num intervalo de uma conversa de mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, perguntou ao Dalai Lama: Santidade, qual a melhor religião?
O teólogo confessa que esperava que ele dissesse: É o budismo tibetano. Ou são as religiões orientais, muito mais antigas que o cristianismo.
O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, olhou seu inquiridor bem nos olhos, desconcertando-o um pouco, como se soubesse da certa dose de malícia na pergunta, e afirmou: A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus. É aquela que te faz melhor. Para quem sabe sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, Boff voltou a perguntar: O que me faz melhor?
Aquilo que te faz mais compassivo; aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião...
Boff confessa que calou, maravilhado, e até os dias de hoje ainda rumina a resposta recebida, sábia e irrefutável.
O Dalai Lama foi ao cerne da questão: a religião deve nos ser útil para a vida, como promotora de melhorias em nossa alma. Não haverá religião mais certa, mais errada, mas sim aquela que é mais adequada para as necessidades deste ou daquele povo, desta ou daquela pessoa. Se ela estiver promovendo o Espírito, impulsionando-o à evolução moral e estabelecendo este laço fundamental da criatura com o Criador – independente do nome que este leve – ela será uma ótima religião.
Ao contrário, se ela prega o sectarismo, a intolerância e a violência, é óbvio que ainda não cumpre adequadamente sua missão como religião.
O eminente Codificador do Espiritismo, Allan Kardec, quando analisou esta questão, recebeu a seguinte resposta dos Espíritos de luz: Toda crença é respeitável quando sincera, e conduz à prática do bem. As crenças censuráveis são as que conduzem ao mal. Desta forma, fica claro mais uma vez que a religião, por buscar nos aproximar de Deus, deve, da mesma forma, nos aproximar do bem, e da sua prática cotidiana. Nenhum ritual, sacrifício, nenhuma prática externa será proveitosa, se não nos fizer melhores.
Deveríamos empreender nossos esforços na vida para nos tornarmos melhores.
Investir em tudo aquilo que nos faz mais compreensivos, mais sensíveis, mais amorosos, mais responsáveis.
A melhor Doutrina é a que melhor satisfaz ao coração e à razão, e que mais elementos tem para conduzir o homem ao bem.
* * *
Gandhi afirmava que uma vida sem religião é como um barco sem leme.
Certamente todos precisamos de um instrumento que nos dirija.
Assim, procuremos aquela religião que nos fale à alma, que nos console e que nos promova como Espíritos imortais que somos.
Transmitamos às nossas crianças, desde cedo, esta importância de manter contato com o Criador, e de praticar o bem, acima de tudo. (com base no item 838 de O livro dos espíritos, no item 302 de O livro dos médiuns, ambos de Allan Kardec, ed. Feb e no livro Espiritualidade, um caminho de transformação,de Leonardo Boff, ed. Sextante.

sábado, junho 14, 2008

REI KI

Dia da minha iniciação no 1º Grau de Rei Ki, de Mikao Usui. A mestre, a MAdelina, a estrela da sorte.

sexta-feira, junho 13, 2008

Três imperativos

Em uma conhecida passagem evangélica, Jesus afirma: Pedi e recebereis, buscai e achareis, batei e se abrirá.Pedir, buscar e bater são os três imperativos da recomendação do Cristo. O problema consiste em aplicar sabiamente esses comandos. A existência humana nem sempre é tranqüila. Freqüentemente não é fácil identificar a conduta correta. Perante os reclamos e os valores do mundo, a fronteira entre o certo e o errado se esfumaça. Os convites mundanos são muito sedutores e se apresentam como algo razoável. Negá-los, às vezes, parece uma insensata submissão a hábitos demasiado rígidos. Fica-se entre o dever e a vontade.Nesse embate, a razão não raro se impressiona com os exemplos alheios e apresenta o dever como conduta antiquada. Surge a idéia de que, se todos fazem algo, isso deve ser normal. O problema é que ninguém nasce na Terra para seguir exemplos desvirtuados e viver exóticas fantasias.Todos os homens são Espíritos e sua morada natural é no Plano Espiritual.Quando aqui renascem é para cumprir programas de superação de velhos vícios e desenvolvimento de variadas virtudes. A finalidade do existir terreno é a transcendência, jamais a adoção de comportamento mais apropriado aos animais irracionais. Embora as conveniências mundanas figurem determinados hábitos como aceitáveis, nem por isso eles deixam de comprometer espiritualmente quem os adota. Os exemplos de condutas desvirtuadas são os mais diversos. Tem-se a vivência sexual apartada de vínculos afetivos e de uma proposta de vida em comum. Há também a desonestidade de qualquer ordem, a indiferença perante os miseráveis, o abandono moral ou material de pais idosos ou enfermos. Embora se tente justificar com novos valores, com a correria da vida moderna, não há argumento que converta atos levianos e indignos em conduta louvável. Nesse emaranhado de lutas e dúvidas, convém refletir sobre os três imperativos da exortação do Cristo. É preciso aprender a pedir caminhos de libertação da antiga cadeia de maus hábitos. É necessário desejar com força a saída do escuro círculo no qual a maioria das criaturas perde a visão dos interesses eternos. Após pedir com correção, impõe-se o buscar. O ato de buscar constitui um esforço seletivo.O mundo segue pleno de solicitações inferiores, mas urge localizar a ação digna e libertadora. Muitos perseguem miragens perigosas, como mariposas que se apaixonam pela claridade de um incêndio. Convém aprender a buscar o bem legítimo, o desejo de ser melhor, de superar-se, de transcender. Estabelecido o roteiro edificante, chega o momento de bater à porta da edificação. Bater tem o sentido de esforço metódico e contínuo. Sem persistência, é difícil transformar as experiências humanas em fatores de libertação para a eternidade. Não basta, pois, pedir sem rumo, procurar sem análise e agir sem objetivo elevado. Urge pedir ao Pai Celestial a libertação do passado de equívocos. Mas também é preciso buscar atividades nobres e nelas localizar o próprio esforço de redenção.Pedir, buscar e bater. Esses três verbos contêm um roteiro de libertação, com destino a vivências sublimes. É necessário apenas bem utilizá-los.
Pense nisso.
com base no cap. CIX, do livro Pão nosso, do Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb

sexta-feira, maio 30, 2008

segunda-feira, maio 26, 2008

Saindo do poço

Narra uma lenda chinesa que no fundo de um poço pequeno, mas muito fundo, vivia um sapo. O que ele sabia do mundo era o poço e o pedaço de céu que conseguia ver pela abertura, bem no alto. Certo dia, um outro sapo se abeirou da boca do poço. Por que não desce e vem brincar comigo? É divertido aqui. – Convidou o sapo lá embaixo. O que tem aí? – perguntou o de cima.Tudo: água, correntes subterrâneas, estrelas, a luz e até objetos voadores que vêm do céu.
O sapo da terra suspirou. Amigo, você não sabe nada. Você não tem idéia do que é o mundo. O sapo do poço não gostou daquela observação. Quer dizer que existe um mundo maior do que o meu? Aqui vemos, sentimos e temos tudo o que existe no mundo. Aí é que você se engana, falou o outro. Você só está vendo o mundo a partir da abertura do poço. O mundo aqui fora é enorme. O sapo do poço ficou muito chateado e foi perguntar a seu pai se aquilo era verdade. Haveria um mundo maior lá em cima? O pai confirmou: Sim, havia um outro mundo, com muito mais estrelas do que se podia ver dali debaixo. Por que nunca me disse? – perguntou o sapinho, desapontado. Para quê? O seu destino é aqui embaixo, neste poço. Não há como sair. Eu posso! Eu consigo sair! – falou o sapinho.
E pulou, saltou, se esforçou. O poço era muito fundo, a terra longe demais e ele foi se cansando. Não adianta, filho. – tornou o pai a dizer. Eu tentei a vida toda. Seus avós fizeram o mesmo. Esqueça o mundo lá em cima. Contente-se com o que tem ou vai viver sempre infeliz. Quero sair! Quero ver o mundo lá fora! – chorava o filhote. E passou o resto da vida tentando escapar do poço escuro e frio. O grande mundo lá em cima era o seu sonho.
* * *
Um pobre camponês de apenas 8 anos de idade não se cansava de ouvir esta lenda dos lábios de seu pai. Vivendo a época da revolução cultural na China de Mao Tsé Tung, o menino passava fome, frio e toda sorte de privações. Pai, estamos em um poço? – perguntava.
Depende do ponto de vista. – respondia o pai.
Mais de uma vez o garoto se sentia como o sapo no poço, sem saída. Mas ele enviava mensagens aos Espíritos. Pedia vida longa e felicidade para sua mãe. Pedia pela saúde de seu pai mas, mais que tudo, ele pedia para sair do poço escuro e profundo. Ele sonhava com coisas lindas que não possuía. Pedia comida para sua família. Pedia que o tirassem do poço para que ele pudesse ajudar seus pais e irmãos. Ele pedia, e sonhava, e deixava sua imaginação levá-lo para bem longe. Um dia, a possibilidade mais remota mudou de modo total o curso da sua vida.
Ele foi escolhido entre centenas de camponeses e foi fazer parte de algumas das maiores companhias de balé do Mundo.
Um dia, ele se tornaria amigo do Presidente e da Primeira-dama, de astros do cinema e das pessoas mais influentes dos Estados Unidos.
Seria uma estrela: o último bailarino de Mao Tsé Tung.
Li Cunxin saiu do poço.
* * *
Nunca deixe de sonhar! Nunca abandone seus ideais. Mantenha aquecido o seu coração e vivas as suas esperanças. O amanhã é sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso!
com base no cap. 3 do livro Adeus, China – O último bailarino de Mao, de Li Cunxin, ed. Fundamento

segunda-feira, maio 19, 2008

Objectiva VS Objectivo

Ocorreu-me o “confronto” entre estas duas palavras para abordar uma simples técnica que pode facilmente ser usada, tanto para a meditação, como para auto-avaliação ou um momento de oração, enfim, para um momento de reflexão sobre uma porção de tela vivencial, tanto acontecida como por acontecer. Definições: Objectiva – Faz-me recordar a objectiva de um aparelho fotográfico. Ela é a forma encontrada, de captar uma certa quantidade de imagem que pelo seu conteúdo pode constituir informação, que é reflectida para o interior do aparelho fotográfico a fim de que este a registe em rolo fotográfico e mais recentemente em formato digital, ou seja conteúdo electrónico. A objectiva em questão foca seleccionando os acontecimentos, capta as nuances e os brilhos, as cores e as noções de tridimensionalidade. No entanto, é sobretudo ser o canal condutor de todas estas coisas para o interior do aparelho fotográfico, que lhe dá o maior sentido. Após uma sessão fotográfica, nada fica retido em seu corpo, sendo o aparelho fotográfico com seus componentes mecânicos e electrónicos, que irão armazenar todos os dados anteriormente captados. Objectivo: Continuando com o exemplo anterior, o objectivo diferencia-se como a palavra indica, pela sugestão que transmite do destino final de um dado sentido. Enquanto uma objectiva permite a captação de determinada imagem, o objectivo é para onde, independentemente da objectiva usada, essa captação será conduzida. È o corpo do aparelho fotográfico, neste exemplo. Assim sendo, sem mais delonga, começarei por apresentar o objectivo deste exercício com um exemplo aleatório, retirado da infinita possibilidade de usos, donde pode ser empregue esta técnica. Estou feliz com a minha profissão? Terei ferramentas de avaliação eficazes, que me ajudem a “decifrar” esta questão, levando em conta todas as condicionantes implicadas, do tipo: Estou bem pago? Sou pró-activo? Interajo correctamente com os meus colegas profissionais?
Como se reflectem todos estes dados conjuntamente, sobre a minha vida familiar?
São um desenrolar de questões interligadas que se debatem sobre o indivíduo, que não tarda, se sente congestionado por questões que se apresentam como os tentáculos de um polvo, sem que consiga responder satisfatoriamente a todas em simultâneo.
Como me sinto com a minha profissão? Constitui ela uma objectiva ou um objectivo na minha vida? Basicamente, é a minha profissão um meio ou um fim em minha vida? Aqui reside toda a diferença, dado que dependendo da forma como me sentir em relação a esta questão, estarei a responder a todas as outras questões que dali advém, desmontando assim todo esse cenário inquietante e por vezes até, paralisante. Então vejamos: Se constitui uma objectiva em minha vida, então entendo a minha profissão como uma forma de interagir com várias dinâmicas não como um fim em si, mas como um meio de obter ou chegar a algo que até posso a dado momento desconhecer. Interiormente inicio a viagem à desmontagem das restantes questões que se apresentaram:
Estarei bem pago? Se não sinto a minha profissão como um objectivo se calhar não estarei a dar o meu máximo, pelo menos, poderei ter que rever em baixa a minha expectativa de renumeração dado que estou a ser retribuído de outra forma, mais como um meio em si, do que como um fim em si. Pelo menos é um princípio chegar a um “beco com saída”. Sou pró activo? Será razoável exigi-lo? Então se estou a usar a minha profissão numa objectiva não especializada, será que é razoável esperar isso de mim? Não estarei a necessitar de mais razoabilidade e tolerância por mim mesmo? Interajo correctamente com os meus colegas? Estarei a relacionar-me com eles, dentro deste contexto? Não estarei a derivar ansiedades, ou desfuncionalidades para cima deles e de mim mesmo? Poderei encorpar comportamentos dentro desta esfera de relacionamento mais adequados onde esclarecido, possa apaziguar o ambiente. Podem certamente estas reflexões ajudar na estabilização e promoção, de um ambiente mais saudável em casa, onde junto dos meus familiares posso encontrar mais disponibilidade para um relacionamento mais fraterno e lúcido. Se constitui um objectivo. Neste caso em concreto é um pouco mais fácil, pois se identifico a minha profissão actual como um objectivo, então novamente sobre as mesmas questões esperariam-se respostas diferentes que originariam também respostas diferente:
Estarei a trabalhar com a empresa certa? Será este o projecto em que devo investir mais tempo, que me retribui em renumeração o que acho que me é devido. Necessitarei de investir mais em formação? Estarei a funcionar dentro da esfera que me é favorável, no departamento certo? Terei que tentar alguma alteração nos meus hábitos de funcionamento para que possa ser reparado pela positiva, no sentido de granjear algum reconhecimento extra, tanto pelos meus colegas como pelas minhas chefias. Em casa, estarei a exigir o razoável da minha família, será que compreendem minha ambição na empresa? Etc… etc… Se reparar, em cada questão das muitas colocadas e que ficaram por colocar, sempre podia usar o mesmo: Objectiva ou objectivo? Àquelas questões que não se resolve de imediato, das que advém sempre fica uma porta aberta. Enfim este foi um exemplo dos muitos onde se pode realizar um tal exercício. Muito bom para os neurónios da modernidade, sujeitos a constante adormecimento e robotização, ao serem assim estimulados activam em sua mobilização a possibilidade de acontecer além da estabilização de uma forma de vida, a promessa real de encontro com algo ainda maior. Um Objectivo